Tudo indicava que aquele seria apenas mais um dia de trabalho. O hospital estava tranquilo, nenhuma emergência registrada, até que....
-Não existe nenhum médico nessa porra?!
Um grito ecoou pelos corredores.
-Senhor. – A enfermeira na recepção tentava acalma-lo e entender o que acontecia.
-Não, eu quero a merda de um médico. AGORA.
Ouvindo a gritaria a medica de plantão aparece.
-O que houve?
Ela não precisou de nenhuma informação. Atrás do homem que gritava, sentado em um banco rodeado de seguranças, um homem pálido sujando o chão de sangue. Ela fez menção a se aproximar, mas o homem que grita se colocou na frente.
-Quem você pensa que é?! -Ele exclama.
-Eu sou médica e ele precisa de assistência. Agora se você me der licença- Ela tenta mais uma vez chegar ao homem, mas de novo é impedida.
-Você não vai tocar nele. – Homem diz de forma ríspida. -Você não é qualificada para isso.
-Posso até não ser qualificada, mas agora sou a única pessoa disponível. Se você não deixar eu levar esse paciente, pode ter certeza que ele irá morrer. -Ela diz de forma firme.
O homem a analisa por alguns instantes antes de voltar o olhar para o banco ensanguentado. Ele faz um gesto e os seguranças se afastam, ele olha para a medica e diz em um tom baixo e ameaçador
-Se algo acontecer com ele você morre.
...
A cirurgia foi complicadíssima e durou horas, mas finalmente a médica aparece na sala de espera.
-Um tiro perfurou o rim dele. -Ela começa deixando o homem pasmo. -O outro se alojou próximo ao pulmão, ele perdeu muito sangue, sofreu uma parada cardíaca e....
O homem não a deixa terminar e a prensa na parede apertando seu pescoço. Um segurança do hospital presente na sala se aproxima, mas a medica faz um sinal para que ele não aja.
-Eu disse que se algo acontecesse com ele você ia morrer -Ele disse ferozmente.
-Você devia ser mais paciente- Ela diz com dificuldade. – A cirurgia foi um sucesso e seu amigo está estável.
Ele solta a médica que respira aliviada.
-Me leve até ele. – O homem exige.
-Não. -A médica responde.
-Como?!
-Você não pode vê-lo. Ele está em observação.
-Eu não ligo.
-Mas eu sim. Ele precisa de paz e sossego para se recuperar e duvido que você vá dar isso a ele.
-Eu...
-Ele é meu paciente e minha palavra é a final. Você não poderá vê-lo e ponto.
O homem se silencia. Ele estava chocado, ninguém nunca havia falado com ele daquele jeito.
A médica se vira para ir embora, mas para.
-Acho que você vá querer isso.
Ela se aproxima novamente e o homem por reflexo estende a mão. Tirando do jaleco a médica entrega duas balas de arma.
...
O som dos bipes eram presentes no quarto. A médica estava em pé ao lado do leito do paciente fazendo algumas anotações, quando
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A Médica e o Mafioso
Fiksi PenggemarUma médica responsável Um mafioso inconsequente Um policial determinado O que poderia dar errado?!