.O garoto do 207.

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Eu fico olhado do lado de fora do prédio para ele entrando no carro.

"Eu te ligo quanto pousar."– disse me mandando um beijo.

Caminho cabisbaixo até o elevador, um dos seguranças de Sávio ficou do lado de fora do elevador. Digito a minúscula senha para o apartamento de Sávio.

"Olá."

Me assusto ao ouvir aquela voz.

"Misericórdia! Jesus Cristo. Que susto!"– digo pondo a mão na barriga.

Olho para o rapaz do meu lado, ele usava uma óculos de grau, seu cabelo partido para direita, um sorriso no rosto.

"Não quis te assustar. Me chamou Mikey Kedley, me mudei pro prédio a duas semanas. E você deve ser... Sr. Johan."

Aceito receber o sobrenome de Sávio, apesar de não ser casado com ele, morávamos juntos.

O garoto demostrava felicidade e alegria no rosto. Ele segurava uma caixa nas mãos e usava uma bolsa nas costas.
Me recomponho do susto.

"Sou Alec, prazer."– digo respirando fundo.

"Nossa você mora na cobertura. Nunca fui em uma, nem em festas da escola, as meninas nunca me chamam para ir. Moro com minha avó no apartamento 207, meus países deixaram com ela quando eu tinha dez anos. Quer conhecer meu apartamento?"– perguntou sorrindo de orelha a orelha.

"Não posso, tenho que trabalhar... Talvez mais tarde."– digo dando um sorriso amarelo.

O elevador para em um andar. O garoto sai do quadrado e me olha do lado de fora.
E serra o cenho.

Minha respiração ofegante aumenta um pouco mais. Que tensão o menino me causou, um enorme desconforto.

***

Estico meus pés sobre a mesa de minha sala. Elena não parava de falar como tinha sido sua viagem a Mônaco.

"... Comprei presentes para você e para o aniversário de Sávio..."

"Quando é o aniversário dele?"

Me dei conta de que nunca havíamos conversado sobre isso, Sávio nunca me falou sobre seu aniversário.

"Nesse domingo, ele não te disse? Que estranho, bom tomara que ele goste de gravatas."

"Ele já tem muitas!"

"Não como essas, com estrelas brilhante e paetês vermelhos."

Dou uma risada.

"Tenho certeza de que ele irá gosta..."– digo rindo só de pensar em sua reação.

O telefone da editora toca, era Ambar.

"Elena, nos falamos mais tarde. Quando ele tiver chegado em Nova York eu te ligo."

Ela desliga e eu atendo Ambar.

"Sr. Clarie, tem um homem aqui te esperando, posso mandá-lo entrar?"

Sim, porque não. Ela trás o homen até a porta de minha sala, me ajeito na cadeira e espero a presença do homem me intimidar.

"Sr. Clarie, esse é Mikey Kedley..."

Reconheço o rosto imediatamente, como aquele garoto me achou?

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