Até poderia imaginar que estava sonhando se tudo não parecesse tão real. Conversou com Namjoon de sexta para sábado até as três da manhã, e acordou com o balançar carinhoso de sua mãe em seu corpo.
Ficou surpreso com o ato e levantou na hora, fazia tempo que não era acordado assim. Sua mãe acariciou seus cabelos e deixou um leve selar em sua testa.
―Bom dia, bebê. ―A mulher falou.
―Bom dia. ― Meio atordoado, se levantou e foi até o banheiro para fazer sua higiene, sendo seguido até lá. ―O que foi? Você está estranha hoje.
―Só estou agindo como uma mãe.
Jin parou de escovar os dentes para olhar para sua progenitora, arqueou as sobrancelhas e começou a lavar seu rosto, ignorando-a completamente. Gostaria que as palavras que saíram de sua boca fossem verdadeiras, mas não eram, sabia que não.
―Eu e seu pai queremos conversar com você. ― Aí estava. Observou as costas da mulher, que estava saindo do banheiro. Suspirou.
Lembrou-se das vezes nas quais o banheiro era a maior vítima de um ataque furioso de Jin versuságua. O lugar ficava completamente molhado, e uma consequência disso era sua mãe furiosa, indo levar toalhas para que tudo fosse secado. Sentia saudade, mas era realista, sabia que nada voltaria a ser como era antigamente.
Terminou de se arrumar e vestiu uma roupa simples para poder encontrar seus pais.
―O que querem? ― Perguntou aos pais que estavam sentados no sofá somente o esperando.
―Vamos terminar o casamento. ― Seu pai jogou a bomba, recebendo um olhar repreensivo da mulher.
―Era só isso que vocês queriam falar? ― Os adultos concordaram de cabeça baixa, envergonhados demais para olharem nos olhos do filho. ―Ok então. Tchau.
Pegou as chaves do carro e saiu de casa sem se importar em ver a reação dos pais. No momento ele precisava sair, precisava de ar. Poderia fazer alguma andança como no livro Por Lugares Incríveis que ganhou de RM, ou talvez dirigisse até um deserto para observar as estrelas como em Aristóteles e Dante.
Porém, apesar de todas suas vontades, seguiu para a maior delas: desvendar as pistas. Por isso procurou por Rua9 no GPS, curtindo a curta viagem, escutando o motor do carro e seus pequenos soluços de choro.
Estacionou de frente do local, uma antiga loja de música. O letreiro neon estava quase caindo, as janelas de vidro cobertas por papel, a tinta desbotada. Desceu do carro com cuidado e foi até a porta, que tinha uma plaquinha de "fechado".
Era só o que faltava para o seu dia ficar pior. Nem poderia conversar com Namjoon, já que ele iria ficar ocupado o dia inteiro. Quando ia voltar, desistindo de seus planos, um carro vermelho acabava de estacionar.
Observou a mulher sair do carro e bater a porta, quase a quebrando. Quando ela percebeu sua presença, deixou a carranca de lado e abriu um sorriso amistoso, se aproximando do Kim.
―Kim Seokjin, eu estava louca para finalmente te conhecer. ― Ela o abraçou e Jin retribuiu minimamente a desconhecida. ―Me desculpe, meu nome é Amber.
―Sou o Jin, mas acho que você já sabe disso. ― Sorriu para a garota.
―Você deve estar aqui por causa do meu bebê, certo? ― Referiu-se a espelunca a sua frente.
―Imagino que sim.
―Vem, vem, vou abrir o Jack. ― Foi puxado para o lado dela enquanto Amber abria a porta.
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The Pink Sketchbook ✪ Namjin
FanficJin perde o seu caderno de desenhos e Namjoon lhe da dicas de como encontrá-lo