Sofrendo em silêncio

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"–Posso parecer ser forte,
mas o sorriso que esbolço no rosto nem sempre é verdadeiro,
na maioria das vezes, estou quebrada e você não percebe"

Âmbar PVO

Acordei da manhã seguinte com as batidas soando em minha porta.
Olhei para o relógio ao meu lado...ótimo, atrasada.
Me levantei rapidamente e ouvi a voz de Amanda, apenas disse que já descia e entrei no banheiro tomando um banho rápido e refrescante, e logo em seguida me sequei e me troquei colocando o uniforme do Black, penteei meus cabelos e os deixei solto como sempre, abri a porta e me retirei do quarto já com a mochila nas costas.
Desci rapidamente vendo que minha madrinha não estava mais na mesa, apenas peguei uma maçã e fui para o carro entrando sem falar com ninguém.
Percebi o olhar de Luna sobre mim.

Âmbar; Perdeu algo Luna?

Luna; N-não.

Âmbar; -voltei a olhar para a janela observando os locais que passavam rapidamente pela velocidade do carro, Tino obviamente não queria que chegássemos atrasadas, e isso era minha culpa, nunca me atrasei, não sei o que está acontecendo comigo.
O carro parou e Tino logo em seguida abriu a porta e saiu da frente liberando o caminho para minha passada.
Sai e entrei no Black indo direto para minha sala.
Não venho falando muito com Delfi, e nem ela me procurou mais, com toda certeza Jazmin botou algo em sua cabeça.

(...)

Âmbar; -As aulas passaram bem rápido, na verdade não consegui prestar atenção em nada da aula, fui chamada atenção 2 vezes por ficar no "mundo da lua".
Sai do Black e fiquei caminhando pelo jardim do colégio, era atrás do Black e não passava ninguém ali praticamente, gostava de vir aqui para pensar.
Enquanto pensava nas coisas que estavam acontecendo comigo, senti alguém me puxar me segurando pelos pulsos.
Levantei o olhar e encarei a pessoa a minha frente, Mattteo.
Mw assustei, ele estava apertando meus braços e me encarava irritado- Ai, está me machucando.

Matteo; E quem disse que eu ligo? -apertei mais seus pulsos-

Âmbar; M-Matteo o que houve? P-por que está fazendo isso?

Matteo; Eu não quero que chegue perto de mim e nem da Luna! Está me ouvindo?

Âmbar; Do que você está f-falando? -meus pulsos ardiam, ele apertava tão forte que prendia o sangue e queimava.-

Matteo; Do que eu estou falando? Luna me disse que você e Simón estavam bem próximos, e me disse que aquele namoro era falso, não quero que atrapalhe meu relacionamento com a Luna!

Âmbar; E-está me machucando -meus olhos se encheram e ficaram embaçados pelas lágrimas, ele riu sarcástico-

Matteo; Ahhhh, faça-me um favor Âmbar, vai vir com esse teatrinho de chorar? Você não vale nada!

Âmbar; M-me solta p-por favor...

Matteo; NÃO! Eu só vou te soltar quando eu acabar de falar o que tenho pea dizer.
Sabe qual o seu problema? Inveja!
Você tem inveja do meu relacionamento com a Luna por que você nunca terá um igual, porque ninguém nunca vai amar uma garota arrogante e mimada.
Ninguém nunca vai querer chegar perto de você, as pessoas a sua volta só sentem NOJO, NOJO de você! Assim como eu!
Você é só algo insignificante nesse mundo, você não merecia nem estar viva, ninguém ama você, você não tem pai e nem mãe, a sua madrinha não gosta de você, você não tem nenhum amigo, por que não se mata logo? Ninguém vai sentir sua falta! -a soltei a jogando no chão e sai-

Âmbar; -Eu não tinha palavras. Era como se uma faca cortasse meu coração em pedacinhos e joga-se fora, doía lá dentro, meu coração apertava e queimava.
Um nó tinha se formado em minha garganta, meus pulsos estavam muito, muito vermelhos mesmo, ficará roxo, mas isso é o menos importante, tudo que Matteo tinha dito, doeu completamente meu coração, meu rosto já estava alagado por lágrimas, mas tudo que ele tinha dito, no fundo, era verdade.
A possibilidade de me matar está rodando em minha mente, afjnal, ninguém vai sentir minha falta mesmo, como Simón disse.
Não conseguia levantar da grama, minhas pernas não tinham força, minha mente estava a mil.
As palavras de Matteo me perseguiam, "você não merecia estar nem viva, ninguém ama você, você não tem pai nem mãe, a sua madrinha não gosta de você". Eu estava intacta, jogada naquele gramado verde, as lagrimas que alagavam meu rosto, minhas pernas estavam bambas, mas o pior de tudo era meu coração, que doía sempre.
Tomei coragem e me levantei, o jardim ainda parecia vazio, acho que quase todos tinham ido embora, me apressei para sair dali, sem olhar para trás, ou para qualquer lado que você veja um alguem, algum Aluno.
O carro estava parado na entrada do colégio, entrei no carro e joguei os cabelos frente do rosto
Luna entrou no carro e primeiramente percebi que a mesma me encarou, não olhei para seu rosto, tentei evitar que olhares, ela poderia perceber meus olhos vermelhos e lacrimejados, a vontade de voltar a chorar era grande, ao lembrar das palavras de Matteo, mas me segurei.
Ao chegar na mansão, não esperei Tino abrir a porta, eu mesma abri e sai rapidamente, entrando na mansão, subi correndo as escadas entrando em meu quarto e batendo a porta, me joguei na cama e afundei meu rosto no travesseiro permitindo chorar.

Continua...

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