Pesadelo

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Simón PVO

Aquelas pessoas entrando e saindo daquele quarto.
O som do aparelho que perturbava meus ouvidos.
O desespero que abitava em mim.
Os rostos preocupados daquelas pessoas vestidas de branco.
Meu peito se apertando e doendo pelo medo de perde-la.
Meu rosto gelado e pálido.
O suor frio escorrendo em minha nuca.
E a imagem dela ali dentro, que eu tinha por uma grande janela a minha frente.
Aquelas varias pessoas a sua volta, meu desespero só aumentava.
E aquele sentimento, aquele terrível sentimento, aquele que nos domina e nos machuca, que nos faz pensar, sentir e fazer coisas ruins.
Medo. O medo é uma arma poderosa, e o pior sentimento que existe.
Minha respiração descompensou ao ver aquela cortina branca tampar minha visão naquele janela.
Não podia ve-la, não conseguia.
5 minutos após, o homem alto e de idade saio por aquela porta com uma expressão nada agradável, o que fazia meu peito se apertar.
Olhei de relance para Luna, que mordia os lábios nervosa.
Nina estava abraçada a Gaston preocupada.
Voltei meu olhar para o Senhor a minha frente e ele balançou a cabeça negativamente.

Dr.Raul; Tentamos de tudo, mas sinto muito, ela não sobreviveu.

Simón; NÃO NÃO, ELA NÃO PODE!!

Dr.Raul; Lamento...-sai-

Simón; Não, não, não, não, ela não pode morrer, a minha loirinha não...-me sentei no chão, me permitindo chorar- E-eu quero ela, ela não pode morrer, n-não pode -disse gaguejando- EU QUERO MINHA LOIRINHA -disse batendo com os punhos nas paredes com toda a força-

(...)

Abri meus olhos assustado.
Estava em choque.
Mas uma vez.
Novamente o mesmo pesadelo.
É sempre o mesmo.
Meu medo.
Meu maior medo.
Perder minha loirinha.
Não posso perde-la, ela é a coisa mais importante que tenho.
Já fazem 3 semanas.
3 longas semanas.
Ela continua lá, deitada naquela cama.
Com os olhos fechados.
Sua pele branca como neve.
A pela fria.
Os lábios sem cor, sem vida.
Não era a minha loirinha de sempre.
Radiante, brilhante, sorridente.
Com seus cachos loiros brilhantes soltos.
Com aqueles olhos azuis que me deixavam louco.
Sinto saudade dela, tanta saudade.
Saudade de seu sorriso.
De seus olhos.
Sua voz.
Ah sua voz...sua linda voz.
Aquela que eu poderia ficar o dia inteiro, ou até mesmo uma semana inteira ouvindo.
Aquela voz de anjo.
Aquele anjo...
Meu anjo!
Eu quero tanto ela de volta.
Sem ela não sou nada.
Ela é minha.
Eu sou dela.
Minha vida sem ela? Não é completa!

(...)

Simón; Como ela está doutor?

Dr.Raul; Na mesma Simón, mas continuamos com esperança.
Estamos fazendo tudo que é possível para ela melhorar, fique calmo, vamos trazer a sua loira de volta -sorri-

Simón; Posso ve-la?

Dr.Raul; Mas é claro. Me siga! -saimos-

Simón; -Avistei minha loirinha deitada naquela cama, como já era costume agora.
Suas delicadas mãos pousadas em sua barriga.
Seus olhos fechados.
E fios ligados ao seu corpo.
Meu aproximei de sua cama-

Dr.Raul; O deixarei sozinho.-sai-

Simón; -toquei sua pele branca, deslizando meu dedo pelo seu rosto. Acariciei seus fios loiros, passei meus dedos por cima de seus lábios, que saudade de seus lábios.
Não vou me perdoar nunca se acontecer algo com ela, ela só está aqui por minha causa.
Se eu não tivesse brigado com ela, se eu tivesse a escutado, ela não estaria aqui.
Estaria comigo, ao meu lado, e eu iria poder dizer que a amo, iria poder beija-la.
Dormir abraçado a ela.
O que eu mais quero agora é ver aquele sorriso mais lindo do mundo e aqueles olhos mais brilhantes que eu já vi, de novo.

Luna PVO

Não acredito que o Matteo foi capaz de fazer aquilo com a Âmbar.
Ele virou outra pessoa.
Nesse momento estou indo tirar satisfações com ele.
Aonde? Na delegacia.

Policial; Vocês tem 5 minutos.

Luna; -o policial fechou a porta e eu encarei Matteo. Estava sentando, com os na mesa, sua expressão era de raiva. Era outro Matteo.-

Matteo; O que quer?

Luna; O que eu quero? Onde você estava com a cabeça?

Matteo; Não quero sermões!

Luna; O que você fez com o Matteo que eu conheço?

Matteo; Eu sou o Matteo que você conhece, que todos conhecem, nunca fui diferente!

Luna; Matteo, como você pôde?

Matteo; Não me arrependo de nada.

Luna; VOCÊ QUASE MATOU A ÂMBAR!

Matteo; E ERA PRA ELA TER MORRIDO! Ela não passa de uma vadia!

Luna; Você se tornou um monstro!

Matteo; ESSE É QUEM EU SOU, SEMPRE FUI E SEMPRE SEREI ASSIM. NÃO MUDARIA POR VOCÊ. EU NUNCA TE AMEI. VOCÊ SÓ FOI UM PASSATEMPO.

Luna; Sabe o que eu penso?

Matteo; Diga.

Luna; Em como fui capaz de amar você um dia. -sai dali com as lágrimas caindo em meu rosto-

Continua...
(Sorry se foi pequeno, estou muito ocupada)

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