II

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- Er... Eu...

- Eu não tenho o tempo todo. - Falei perdendo a paciência.

- Desculpa, mas eu tenho uma proposta de trabalho para si.

- Eu estudo e é de manhã.

- Eu sei disso, é para seres minha assistente pessoal. - Senti um frio na barriga.

- Complicou tudo, isso quer dizer que...

- A sua saída da faculdade vais directamente para a empresa.

No momento em que acho que estou me esquecendo dele, aí ele me aparece com essa proposta.
Estou a precisar, mas é tanta coisa que...

- Bia, você está aqui. - Pegou no meu ombro agitou-me um pouco, para que eu voltasse ao mundo real.

- Sim, estou. - Falei. - É quanto eu ganho por isso?

- Eu pensei que você fosse diferente da sua mãe. - Admito que minha mãe é interesseira.

- Você quer que eu trabalhe de borla?

- Eu não falei isso. - Me olhou e sorriu. - Estou sem muito tempo, aparece amanhã no meu escritório.

- Está bem.

Me deu um beijo na bochecha o que me fez sentir bem o seu cheiro muito suave e doce, e saiu em direcção ao carro e eu fui para casa da Ana.

Entrei, comprimentei aos pais que estavam na sala e fui directo para o quarto dela.

- Olha esse vestido. - Era vestido muito lindo. - Não é legal?

- Ele é lindo. - Analisei. - Mas não combina com a ocasião.

- Falou a estilista. - Zuou. - Me ajuda, por favor.

- A estelista foi embora. - Dramatizei abrindo a porta. - Tchau.

- Não faz isso. - Correu ao meu encontro, mas eu já estava na sala. - Beatriz, não vá por favor.

- O que se passa aqui? - Perguntou o senhor Augusto pai da Ana.

- Pai, ela quer acabar com a nossa amizade. - Me olhou, quase chorando. - O senhor acha justo?

- Não falei em acabar com amizade. - Me aproximei dela. - Você me zuou.

- Era uma piada, desculpa.

- Vocês as duas se fossem irmãs eu sofreria. - Falou a mãe dela.

-Porquê? - Falamos em uníssono.

- Com essa idade ainda brigam por amizade.

- Eu acho mãe, que somos amigas porque a senhora não nos aguentaria como irmãs. - Todos rimos, ela falou verdades até lhe perdoei.

- Vamos para o quarto maninha? - Perguntei.

- Está vendo amor, se elas fossem irmãs estariam se chamando assim. - Falou o pai da Ana.

- Podemos fazer um agora. - Falou a mãe.

- Nós já vamos adiantando. - Fomos para o quarto.

-Você não me contou nada sobre o seu " ex padrasto e o dono do seu coração". - Essa miúda é louca.

- Ele me fez uma proposta de trabalho, e como assistente pessoal dele. - Sorrimos.

- Está vendo sua parva, ele também gosta de ti. - Falou se empolgando.

- Nada haver, acho que ele sabe o que estou a passar.

- Não faz drama para mim. - Me olhou seriamente. - É você aceitou nem?

- Não. - Falei seco.

- De que você está a espera? - Perguntou. - Dele chamar qualquer vadia e você ficar sofrendo pelos teus erros, me poupe.

- Você sabe que eu não lhe mereço. - Me analisei. - Sou uma desorganizada, não tenho o mesmo nível com o dele, só não sou solitária porque tenho a ti. - Lhe dei um abraço.

- Mas pense bem, você gosta dele.

- É, eu sei.

- Não terminei, por isso não me corte. - Ordenou. - Você vai trabalhar com ele sim, quem sabe não dá certo.

Assim que ela terminou de falar meu celular tocou, era o Agnaldo.

Ligação on:

- Oi amor. - Falei.

- Meu amor, está tudo bem?

- Estou sim e você?

- Também estou bem.

- Bom saber, o que contas de especial?

- De especial nada, mas tenho um assunto urgente por resolver.

- E?

- Posso falar pessoalmente com você agora?

- É tão urgente assim?

- É sim.

- OK, então venha me buscar em casa da Ana.

- Está bem.

Ligação off.

- O Agnaldo está vindo me buscar, então é melhor escolher uma roupa para você agora.

Ficamos escolhendo a roupa e ela preferiu um vestido rosa sem muitos detalhes mas lindo.
Escutamos som de buzina provavelmente era o Agnaldo.

Despedi os pais da Ana e saímos.

- Oi Cunha's. - Falou Ana referindo-se ao Agnaldo.

- Olá, tudo bem?

- Estou bem e você?

- Hello, eu estou aqui. - Falei, pois estava sentindo-me excluída.

- Meu amor desculpa. - Me deu um selinho.

- Ciumenta. - Murmurou Ana e todos rimos.

- Nada haver sua louca.

- Adeus pombinhos. - Despediu Ana. - E... Beatriz pense no que te falei. - Falou referindo-se ao Arrone.

Entramos no carro e partimos.
O clima estava chato e ele não falou nada até chegarmos a casa dele.

- Bom, o que tens para me falar.-Falei. - Estou com muita fome. - Falei caminhando em direção a cozinha, ele vive sozinho.

- É assim, nós estamos juntos faz tempo. - Parei para escutar melhor. - E eu gosto muito de ti, mas...

- Mas o que?

=====❤️♥️

Continua.

Então, o que é que se passa com o Agnaldo?

Ele quer terminar?

Que mistério.

o pai do meu irmão Onde histórias criam vida. Descubra agora