o pai do meu irmão

X

— Amor, quem é? — Uma voz feminina soou dentro da casa.

Saí dali sem olhar para trás.
Eu sou burra mesmo, eu me deixei iludir, ele brincou com os meus sentimentos.

Ele tem outra isso martelava em minha mente, esperei o ônibus eu só chorava.
Eu só espero que ele um dia também aprenda a amar.

Chorei e muito acabei caindo no sono.
Acordo com o meu irmãozinho dando-me beijinhos.

—Acorda bela adormecida o teu príncipe chegou.  — Só ele para me fazer rir mesmo.

Brinquei um pouco com ele, caminhei até a cozinha para beber água.

— Oi mãe.

— Olá, você estava chorando?

— Não mãe, só não me sinto bem. — Menti.

— Ok.

— O que você está preparando o aroma é agradável.

— Lasanha do jeitinho que você gosta. — Piscou para mim. — O Agnaldo chega daqui a dois dias nem?

— Pois é.

— O que pretendes fazer para ele?

— Era antes de pensar nisso, mas sei lá eu não sei o que você sugere?

— Ah minha filha, vá recebê-lo no aeroporto, depois leve-o para jantar depois você o dá uma noite daquelas. — Rimos, que mãe doida eu tenho.

— Ele vai chegar enquanto eu estiver no trabalho mãe.

— Não te preocupes que tua mãe aqui cuida disso.

— Como assim dona Manuela?

— Eu fiz as pazes com o Arrone, tipo eu voltei com ele e hoje tivemos uma tarde daquelas.

— Não percebi? — Ainda estou baralhada.

— Nós voltamos, e essa tarde eu estive em casa dele e até terminamos na cama.

O que? Então era a minha mãe que estava lá? Ele está a brincar com os sentimentos de nós duas. Eu não acredito.

Senti um enjoo, corri para o banheiro e minha mãe me seguiu.

Ajoelhei em frente a pia e lancei e ela segurava o meu cabelo.

— Minha filha temos que ir ao médico, isso pode ser grave.

— Não precisa mãe, eu estou bem.

— Tem certeza?

— Claro, não te preocupes. — Eu não posso lhe contar que estou grávida. — Então vamos falar da tua felicidade mãe, estão juntos a quanto tempo?

— Digamos a duas semanas, mas hoje aconteceu tudo percebes?

Burra, burra, burra. Você acha mesmo que ele queria algo sério?

— Fico feliz por ti mãe.