XII

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Arrone narrando:

Era meia noite quando recebi uma ligação.

Ligação on

— Alô Arrone. — Era a mãe da Beatriz e ela parecia estar a chorar.

— Você está bem?— Perguntei-lhe.

— É a Beatriz. — Ela chorava.— Venha aqui em casa por favor? Preciso da sua ajuda.

Ligação off

Ela não me deu tempo para responder, fiquei preocupado.
Abri o meu guarda roupa, vesti o que encontrei a minha frente não me preocupando com a combinação.

Corri até a garagem, usei o remoto para abrir o portão dei partida no carro. Mal conseguia pensar direito, nem sei o que aconteceu com a minha pequena. Será que ela contou tudo para a mãe? Do nosso caso? Será que ela descobriu que eu estava com a mãe?

Eu sou um louco. Como me deixei levar com a Manuela?
Eu sou burro, isso eu sou um burro. Isso martelava na minha mente.

Cheguei lá, parei em frente a porta e respirei fundo, que seja o que Deus quiser vou assumir a Beatriz porque e dela que eu gosto.
Bati a porta e a Manuela atendeu.

Ela tirou lágrimas.
— O que aconteceu? É verdade o que ela falou eu assumo.

— Me ajuda. — Ela estava desesperada, me puxou em direção ao banheiro onde a Beatriz estava desacordada naquele chão gelado e estava sangrando.
Coloquei ela no colo, corri em direção ao carro e a Manuela abriu a porta do mesmo.

Entramos no carro e dei partida, aquilo parecia ser tudo em câmara lenta.

— O que aconteceu? Porquê não chamou uma ambulância? Você está louca? Será que não tem coração? —Berrei.

— Você acha que eu não fiz isso? Eu sou mãe, só te liguei porque estava desesperada e não chegou a ambulância. — Respirou fundo. — Eu não sei o que aconteceu, eu acordei para ir ao banheiro e a encontrei assim.

Depois que ela falou é quando percebi que falei besteira.

— Desculpa.

Pensei muito na causa da tamanha hemorragia.
Muita coisa veio em minha mente até que...

Flashback on:

—Ah oi, você está bem? — Falei assim que abri a porta e vi a Beatriz mas não podia a deixar entrar.

— Eu estou grávida Arrone. — Falou mas me parecia mais uma das suas brincadeiras.

— Amor, quem é?— Falou a Manuela que estava dentro de casa.

A Beatriz saiu correndo dali, quis a seguir mas não podia.

Flashback off.

Só pode, ela sofreu um aborto.

— Você falou a cerca de nós dois para ela?

— Falei sim. — Respondeu ela.

— Merda. — Bati o volante.

Foi justamente por isso, meu Deus eu não posso perder a minha pequena.

Olhei para o banco de trás ela continuava desacordada, e sangrando.

A culpa é minha, toda minha.

Chegamos no hospital, e abri a porta tirei ela do carro entrei no mesmo e vieram os médicos com uma maca e a colocaram na mesma.

Eles desapareceram naquele corredor todo limpo e só o silêncio tomava conta do local.

— São parentes da paciente?— Perguntou o doutor.

— Sim, eu sou a mãe.

— Venha comigo senhora para o preenchimento dos dados do paciente.

Eles saíram de onde eu estava.
Eu me culpo por tudo.

Minutos depois a Manuela volta, lhe dei um abraço e sentamos no sofá.
Ela acabou dormindo no meu ombro. O tempo foi passando e o doutor apareceu.

—Familiares da Beatriz de Albuquerque?

— Aqui. — Respondi e acordei a Manuela.

— Bom eu não tenho boas notícias.

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Oi meus amores! Esse foi o capitulo mais difícil.

O que acham a Beatriz vai sobreviver ou não?

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⏰ Última atualização: Jul 17, 2019 ⏰

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