Se estou tão pequena no vasto infinito,
Um sopro esquecido na curva do mar,
Será que Ele nota meu pranto restrito,
Ou deixo no vento meu eco apagar?As árvores murmuram, mas não me respondem,
A lua me olha, mas nunca me diz,
E eu, tão sozinha, espero que ao longe
Um sussurro divino me faça feliz.Caminho entre sombras, sem ter um abrigo,
O outono desfolha memórias no chão,
Será que sou vista? Será que há abrigo?
Ou sou só um vulto na escuridão?Se Deus me escuta, então por que o mundo
Parece tão frio, tão triste e sem cor?
Será que sou breve demais, tão sem fundo,
Que Ele se esquece do meu dissabor?Mas se ainda há estrelas, e elas persistem,
Talvez – só talvez – Ele olhe por mim...
E quem sabe, um dia, quando as dores partirem,
Eu sinta Seu toque me olhando, enfim.
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Quando o Silêncio Fala
PoetryEram apenas frases aleatórias que escrevi na adolescência e agora se tornaram textos e poemas. Nesse livros escrevo sobre meus pensamentos e sentimentos mais profundos, aqueles que deixei trancados dentro de mim por muito tempo. São apenas desabafos...