Prólogo

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Doce Lembrança

A leve brisa sobrando, o cheio do mar e o barulho das ondas batendo de encontro as pedras, a muito tempo lhe dava uma sensação de paz e tranquilidade. Isso é o que Bela adorava sentir quando ia em suas férias da escola, para a ilha privada da família de Luca na Itália. O mês de Julho era o mais esperado, pois sabia que sairia das regras rígidas do colégio interno de Londres e viveria dias de liberdade em Palermo na Itália. Tinha acabado de chegar e nem mesmo entrará em casa, tinha corrido para a praia, tirado as sandálias e colocado os pés na areia morna. Seus pais á tinham mandado para um prestigiado colégio interno em Londres, sabia que não era por maldade, mas odiava aquele lugar. Porém prometeu aos pais que se comportaria bem, se todos os anos, na suas férias ela pudesse ir para a ilha dos Rossi.Obvio que sua mãe desconfiava que seu bom comportamento não tinha só haver com vir para a ilha, mas sim por ficar perto de Luca, sua primeira e única paixão infantil. Luca é o homem mais bonito que Isabela já tinha visto, seu colégio é unicamente para meninas, por isso não tem muita convivência com meninos de sua idade. Conhecia Luca desde pequena, ele e seu irmãos, Charlie, eram amigos a muito tempo, estudaram juntos e atualmente frequentavam a mesma faculdade. Bela fechou os olhos e se lembrou da primeira vez que viu Luca, com seus 10 anos, tinha ficado encantada pelo belo menino de 15 anos com a pele cor de oliva, olhos da mesma cor do mel mais doce e cabelos tão negros como a noite de Palermo. O tinha devotado e vivia ao seu redor, procurando participar das brincadeiras ou passeios que ele e seu irmão faziam. Seu irmão não gostava da tão criada devoção que Bela sentia por Luca, por isso sempre vivia à deixando de lado. Em um domingo ensolarado, Charlie e Luca estavam arrumando um barco para irem pescar no mar, Bela ao observar de longe correu na mesma hora alcançá-los. Isabela lembrava até hoje da reação nada receptiva de Charlie, que havia lhe empurrado para longe, fazendo Bela cair de bumbum na areia fofa. Luca com seu olhar doce se aproximou, ajudou ela a se levantar e limpou todos os grãos de areia de sua roupa e lhe disse com uma voz macia e carinhosa:

━━ Mi Bela, você não pode ir com a gente hoje, iremos longe e você não sabe nadar, se lembra da última vez que você caiu na água? -Disse tocando de leve a ponta do seu nariz- Vamos fazer assim, quando voltarmos, irei lhe ensinar a nadar e assim você poderá ir conosco na próxima pescaria, combinado?   

━━ Combinado! -Disse bela lhe abraçando o pescoço e depositando um beijo em sua bochecha.


Com isso Bela abriu um sorriso e aceitou a sugestão de bom grado, ficou de pé na areia acenando para Luca. E foi assim que se passaram os dias, Bela acordava cedo e corria para o fundo da casa de praia só para ver Luca em pé perto da piscina vestindo uma bermuda. Até seu medo de agua havia passado após algumas aulas de natação junto de Luca, pois ficar ao seu lado era tudo o que Bela queria. O mês estava chegando ao fim e com isso as férias de Bela também. Em seu último dia na ilha ela se deparou com Luca e Charlie vestidos para sair, ouviu escondida a conversa dos dois, de que eles iriam para uma festa em uma boate da cidade e lá iriam encontrar umas meninas. Apesar da sua pouca idade, Bela sentiu um aperto no peito e ao ver que Luca a viu saiu correndo para fora, indo direto para o lugar que lhe dava a sensação de paz, a praia. Luca a encontrou lá, sentada na areia, limpando os olhos com o dorso da mão, fungava e suspirava. Ele sentou ao seu lado e fitando o mar calmo lhe falo:

━━ Bela, sei que amanha você voltará para casa, também não gosto de nos despedirmos, mas lembre-se de que em Dezembro nos veremos de novo, para as festas de final de ano. Por isso não fique triste -Se voltou para lhe observar o rosto molhado e vermelho- Não faça isso comigo mi Bela, odeio lhe ver triste. -Segurou seu rosto entre as grandes mãos e limpou uma lagrima com a ponta do dedo, observando aquele olhar azul igual ao mar que lhe encantava. – Prometa-me que não irá chorar mais.

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