Capítulo III

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O Hotel Stell Down ficava em uma área privilegiada da cidade onde somente os ricos e famosos ficavam hospedados. Bela olhou para o imponente edifício e ficou pensando qual as chances de conseguir ir para a cobertura de Luca sem ser barrada no caminho. Um homem de terno lhe abriu a porta de vidro da entrada e com um gesto cortes lhe indicou o interior para que entra-se. Suas pernas estavam bambas, a primeira etapa foi concluída com sucesso. Havia uma recepção toda feita em mármore preto, era tudo muito brilhante e belo. No final do hall havia dois elevadores, aparentemente vazios no momento. Bela se colocou a andar, rezando mentalmente para que parece-se invisível aos olhos de todos ali. Cada passo era uma agonia, a todo momento Bela sentia que alguém viria ao seu encontro e lhe mandaria sair dali. Suas roupas não era para aquele local, com certeza todos olhavam e se perguntavam quem era e o que fazia ali. Ao chegar na frente do elevador Bela prende a respiração, o elevador está em movimento de descida, o outro está muito longe, vários andares a cima, a única opção era esperar esse que já vinha. As portas se abriram e de dentro um homem com uniforme de camareiro tenta manobrar seu carinho para sair do elevador e dar passagem a Bela. Felizmente não era algum segurança ou até mesmo o próprio Luca. Já dentro do elevador Bela solta um profundo suspiro, finalmente estava salvo dentro daquela caixa de metal, não podia negar que tinha uma certa agonia de usar elevadores. Suas mãos estavam suando, seria pela subida ou por saber que em questão de segundos estaria frente a frente com Luca após tantos anos. Qual seria a reação dele? Se ele não quisera lhe receber em seu escritório, provavelmente ficaria bem irritado por Bela ter vindo até sua cobertura pessoal. A subida pareceu infinita, o sonoro apito do elevador indicando que havia chegado ao andar desejado a tiro de seus devaneios. Bela nem sentia mais os movimentos de suas pernas, estava tremendo de ansiedade e um pouco de medo. Um carpete vermelho ornamentava um longo corredor cheio de quadros e obras de arte nas paredes. No final do corredor uma única porta se mostrava. Bela respirou fundo e avançou pelo corredor até ficar de cara com a maciça porta de madeira. Era só apertar o pequeno botão da campainha, então porque não conseguia, porque seu braço parecia tão pesado. Precisava se acalmar ou acabaria desmaiando na frente de Luca e isso não era o que Bela queria. Se conseguira nos 3 meses atrás cuidar de tudo sobre o funeral de Charlie sem desmaiar ou chorar, conseguiria enfrentar Luca sem preocupação. Havia esperado encontra-lo no enterro de seu irmão, porém ele não comparecerá, apenas mandara um cartão com suas condolências. Mas ficará sabendo que ele foi visitar o tumulo de Charlie alguns dias depois, Bela havia encontrado um buque de rosas brancas, as preferidas de Charlie. Queria que Luca fosse no funeral para poder abraçar e chorar com ele a dor da sua perda, porém ele era diferente do garoto de antigamente, era um homem de negócios muito ocupado. Antes que sua ansiedade tomasse conta de todo o seu ser, Bela tocou o pequeno botão que ficava logo ao lado da porta e ouviu um pequeno sino tocar no interior da suíte.

Os segundos de espera pareciam horas, até escutar um som de chave sendo destrancada e a pesada porta ser aberta aos poucos. Seu coração estava quase saindo pela boca, iria ficar frente a frente com Luca. Porém não era Luca que abrira a porta mas sim a bela ruiva que havia sido fotografada colada a ele, ela vestia apenas uma camiseta branca que ia até o meio das suas coxas, seu cabelo estava todo desgrenhado.

━━ Pois não? – A ruiva perguntou com um olhar interrogativo no rosto.

Bela se sentiu murchar por dentro, abaixando levemente a cabeça, um tremor passou por seu corpo e seu coração falhou uma batida. Ao erguer novamente a cabeça, Bela viu que a ruiva olhava fixamente para ela como que exigindo uma resposta a sua pergunta.

━━ Me chamo Isabela, Isabela Mitchell. Sou uma velha amiga de Luca e preciso muito falar com ele, poderia avisar que eu estou aqui? – Será que eles estavam em algum relacionamento sério? Sentiu uma pontada de ciúmes lhe abater, mas não podia perder o foco, precisava se manter firme no proposito para que fora lá.

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