Capítulo Cinco

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Sorrio sem acreditar, apoio minha cabeça no ombro de Johnny, tentando controlar minha risada. Esse filho da puta não disse isso. Em um movimento rápido afasto os braços do moreno de minha cintura e corro em direção ao loiro filho da puta, e desfiro um tapa em seu rosto, que fez minha mão doer.

- Sai da minha casa. - Empurro ele para fora. - Se você tem um pingo de amor a sua vida de merda, vai embora da minha casa, antes que eu faça uma besteira, que eu não vou me arrepender.

- João, vai embora cara. - Seu irmão pede com calma, parando ao nosso lado na porta. - Você já fez uma desgraça enorme, não obrigue minha namorada a fazer uma também. Vaza. - Passa a mão pela minha cintura e me puxa para si.

- Ok. - Suspira. - Eu vou agora. - Passa a mão no pescoço limpando o sangue. - Mas eu vou voltar. - Da um passo a frente e aproxima o rosto do meu. - E você vai pagar caro pelo que fez. - Sorri de lado e umedece os lábios. - E o meu irmãozinho não vai estar aqui para te proteger. - Agora é a minha vez de sorrir, rio ainda mais da confusão que se forma em seu rosto.

- A única pessoa que foi protegida aqui foi você. - Ele afasta na defensiva. - Se Johnny não me segurasse, você não estaria mais respirando. - Cruzo os braços e sorrio sem mostrar dos dentes. - E eu juro que se continuar vendo essa sua cara feia, não vai ser por muito tempo. - Fico séria e arqueio a sobrancelha o olhando de baixo a cima.

Bato a porta em sua cara e passo a chave, fico olhando pro nada até voltar a raciocinar o que aconteceu.

- O que deu em mim? - Pergunto surpresa olhando pro meu namorado.

- Se você não sabe, imagina eu. - Sua expressão também estava incrédula.

- Tem tanto ódio dentro de mim que se você não tivesse me segurado, eu ia cortar a garganta dele fora. - Limpo o suor das mãos na minha blusa e vou pro sofá.

- Eu sei disso. - Senta ao meu lado e coloca a mão na minha coxa.

- Se ele voltar aqui. - Viro para conseguir olha-lo. - Você me segurando ou não, eu mato ele. - Ele segura minhas mãos que estavam trêmulas e sorri fraco.

- Você não vai precisar matar ninguém, maluquinha. - Me puxa para um abraço desengonçado e beija o topo da minha cabeça.

- Esse dia está parecendo que tem 80 horas. - Suspiro cansada. - Pelo amor de Deus, o universo meteu 5 dias em um só. Tenho psicológico pra isso não. - Johnny ri e tira o celular do bolso.

- São oito e meia agora. - Me afasto pra olhar o celular.

- Não são nem nove da noite? - Pergunto pasma. - Eu perdi qualquer resquício de fome ou de qualquer outra coisa com essa situação, então vou tomar um banho pra relaxar. - Dou um tapinha em sua perna e levanto.

- Vou fazer um Toddy e levar umas bolachas pro quarto, pra caso cê acorde com fome. - Me dá um selinho rápido e vai pra cozinha.

- Obrigada meu amor. - Vou pro banheiro aqui de baixo mesmo e tomo um banho demorado. - Eu tô com uma cólica. - Reclamo ao sair do banheiro e ver Johnny deitado no sofá.

- Mas a sua menstruação não acabou a pouco tempo? - Pergunta confuso e faço que sim.

- Acabou antes da festa, fazem 4 dias. - Sento no braço do sofá e seco o cabelo na toalha. - Não sei por que estou sentindo.

- Quer que eu pegue um remédio? - Aponta pra cozinha e nego sorrindo.

- Da pra aguentar. Vamos dormir? Você acorda cedo amanhã. - Estendo a mão para ele.

- Não vai trabalhar? - Questiona colocando um pacote de bolacha em baixo do braço, pegando o copo de Toddy e em seguida batendo a mão na minha, com uma força desnecessária.

Grávida do Meu Cunhado (HIATUS)Onde histórias criam vida. Descubra agora