- Eu não acredito que essa é uma possibilidade válida. - Levanto sobressaltada deixando a inquietação e a impotência tomarem conta de mim. - Tem mais alguma coisa que possa deixar essa situação ainda pior?
A minha vontade é de gritar, quebrar tudo o que for possível e arrebentar a cara daquele nojento.
- Eu fui violada, perdi o meu emprego, tranquei a faculdade e posso estar...assim. - Encaro meu reflexo no espelho da parede e automaticamente sinto completa agonia da minha barriga que sequer teve alguma mudança, só pela simples hipótese de estar grávida.
- Você trancou? - É a única coisa que ele diz.
- Tranquei, não quero ter que sair de casa, já é um inferno suficiente aqui dentro não preciso passar por mais um lá fora. - Respondo na defensiva, pronta para sair correndo caso ele decida se impor ou sei lá.
- Eu sinto muito que tudo isso esteja acontecendo Cris, eu sei o quanto você amava a faculdade, seu emprego, as aulas de pintura e todo o resto. - Concordo em silêncio tentando esconder o choro que não consigo mais evitar. - Mas não esquece que estou aqui, ok? Para o que você precisar. - Ele caminha lentamente até mim, observando todos os meus movimentos tentando ler se irei correr dele outra vez ou se deixarei que se aproxime.
- Eu sei, obrigada meu bem. - Deixo que ele se aproxime e me desfaço em seus braços, deixando com que ele sustente todo o peso do meu corpo, já que não tenho mais forças para me manter em pé.
- Posso acordar mais cedo e comprar o teste se quiser, podemos fazer antes que eu saia pro trabalho.
- Vamos arrancar logo esse maldito band-aid.
(...)
- Pronta? - Johnny pergunta antes de me entregar a sacola.
- Nem um pouco. - Seguro a sacola com força e entro no banheiro. Chegou a hora de saber a verdade. Saber se estou ou não esperando um filho daquele crápula.
Seguro o teste com força, sem vontade alguma de fazer xixi nesse maldito potinho.
Eu não quero saber.
Deixo a caixa em cima da pia e a encaro de longe, como se ela fosse uma cobra prestes a dar o bote.
Eu preciso saber.
Me aproximo com pressa e a abro a caixa rapidamente, respiro fundo algumas vezes, ainda achando uma péssima ideia fazer essa porcaria.
Eu preciso ter a certeza que tem algo crescendo dentro de mim, mas não saber se eu tenho. É complexo e complicado, é uma necessidade saber a verdade mas o medo me paralisa, enquanto não tiver uma confirmação eu não estou com um filho dele dentro de mim.
As lágrimas começam a deixar a minha visão turva e é uma luta maior ainda não deixa-las cair, deixaria tudo pior.
- Eu fiz. - Anuncio para Johnny antes de abrir a porta e saio correndo do banheiro, não quero estar ali quando o resultado sair.
- Já saiu o resultado? - Mesmo desesperada sorrio com sua impaciência.
- Não, leva alguns minutos, não sei quantos, 5 ou 10. Sei lá. Tá lá em cima da pia. - Sento na cama e tento ignorar a existência daquele teste pelos 10 longos minutos que se passaram.
- Cris...- Johnny me chama com o teste na mão. - Deu... positivo.
Olhei pra ele assustada, sentindo meus olhos marejados, e o mundo inteiro desabando em cima de mim.
- Olha direito, não pode ser. - Aponto nervosa pro teste, reforçando que era para ele olhar novamente. Sinto minha respiração começar a falhar, fazendo meu coração acelerar logo em seguida.
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Grávida do Meu Cunhado (HIATUS)
Roman d'amour(+18 essa história contém gatilhos de abuso sexual) E se te contassem que aquela seria a sua vez, que aquele seria o seu dia, o momento que sua vida seria dividida entre o "antes" e o "depois" de ser abusada, você ainda iria? Uma festa badalada val...