Capítulo Nove

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- Eu não acredito que essa é uma possibilidade válida. - Levanto sobressaltada deixando a inquietação e a impotência tomarem conta de mim. - Tem mais alguma coisa que possa deixar essa situação ainda pior?

A minha vontade é de gritar, quebrar tudo o que for possível e arrebentar a cara daquele nojento.

- Eu fui violada, perdi o meu emprego, tranquei a faculdade e posso estar...assim. - Encaro meu reflexo no espelho da parede e automaticamente sinto completa agonia da minha barriga que sequer teve alguma mudança, só pela simples hipótese de estar grávida.

- Você trancou? - É a única coisa que ele diz.

- Tranquei, não quero ter que sair de casa, já é um inferno suficiente aqui dentro não preciso passar por mais um lá fora. - Respondo na defensiva, pronta para sair correndo caso ele decida se impor ou sei lá.

- Eu sinto muito que tudo isso esteja acontecendo Cris, eu sei o quanto você amava a faculdade, seu emprego, as aulas de pintura e todo o resto. - Concordo em silêncio tentando esconder o choro que não consigo mais evitar. - Mas não esquece que estou aqui, ok? Para o que você precisar. - Ele caminha lentamente até mim, observando todos os meus movimentos tentando ler se irei correr dele outra vez ou se deixarei que se aproxime.

- Eu sei, obrigada meu bem. - Deixo que ele se aproxime e me desfaço em seus braços, deixando com que ele sustente todo o peso do meu corpo, já que não tenho mais forças para me manter em pé.

- Posso acordar mais cedo e comprar o teste se quiser, podemos fazer antes que eu saia pro trabalho. 

- Vamos arrancar logo esse maldito band-aid.

(...)

- Pronta? - Johnny pergunta antes de me entregar a sacola.

- Nem um pouco. - Seguro a sacola com força e entro no banheiro. Chegou a hora de saber a verdade. Saber se estou ou não esperando um filho daquele crápula.

Seguro o teste com força, sem vontade alguma de fazer xixi nesse maldito potinho.

Eu não quero saber.

Deixo a caixa em cima da pia e a encaro de longe, como se ela fosse uma cobra prestes a dar o bote.

Eu preciso saber.

Me aproximo com pressa e a abro a caixa rapidamente, respiro fundo algumas vezes, ainda achando uma péssima ideia fazer essa porcaria.

Eu preciso ter a certeza que tem algo crescendo dentro de mim, mas não saber se eu tenho. É complexo e complicado, é uma necessidade saber a verdade mas o medo me paralisa, enquanto não tiver uma confirmação eu não estou com um filho dele dentro de mim.

As lágrimas começam a deixar a minha visão turva e é uma luta maior ainda não deixa-las cair, deixaria tudo pior.

- Eu fiz. - Anuncio para Johnny antes de abrir a porta e saio correndo do banheiro, não quero estar ali quando o resultado sair.

- Já saiu o resultado? - Mesmo desesperada sorrio com sua impaciência.

- Não, leva alguns minutos, não sei quantos, 5 ou 10. Sei lá. Tá lá em cima da pia. - Sento na cama e tento ignorar a existência daquele teste pelos 10 longos minutos que se passaram.

- Cris...- Johnny me chama com o teste na mão. - Deu... positivo.

Olhei pra ele assustada, sentindo meus olhos marejados, e o mundo inteiro desabando em cima de mim.

- Olha direito, não pode ser. - Aponto nervosa pro teste, reforçando que era para ele olhar novamente. Sinto minha respiração começar a falhar, fazendo meu coração acelerar logo em seguida.

Grávida do Meu Cunhado (HIATUS)Onde histórias criam vida. Descubra agora