Capítulo 2

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Finn Pov
Acordei cedo e ajudei meus pais a arrumarem o resto das coisas que ainda faltavam. Essa casa é bem maior que a nossa antiga casa, não foi difícil colocar tudo no lugar. Quando terminamos tudo nós estávamos exaustos. Eu, meus pais e minha irmãzinha nos jogamos no sofá recuperando o fôlego.
- Bom trabalho pessoal! – meu pai disse exaurido.
- Finalmente terminamos tudo, agora eu vou precisar de ajuda para o almoço – minha mãe disse cansada.
- Não precisa se preocupar amor, vamos pedir alguma coisa no restaurante – meu pai disse tranquilo.
- Assim é melhor – eu disse rindo.
- Gostou da casa, filho? – meu pai perguntou desconfiado.
- Sim, aqui é bem legal – eu disse tranquilo.
- E você está gostando? – perguntei a minha irmãzinha brincando com ela.
- Eu estou amando – ela disse risonha.
- Que bom que vocês estão gostando – meu pai disse abraçando a gente.
- Filho hoje nós vamos jantar com os vizinhos, não esqueça – minha mãe disse chamando minha atenção.
- Não vou esquecer, mãe. Pode deixar – eu disse suspirando.
- Ontem você demorou a chegar daquele parque – minha mãe disse curiosa.
- É eu me diverti mais do que eu imaginava – eu disse ressabiado.
- Você se divertiu sozinho? – meu pai disse malicioso.
- Vocês dois hein! – eu disse revirando os olhos.
(...)
Passei a tarde toda ouvindo música e pensando no jantar. Mandei umas mensagens para a Sadie, estava morrendo de saudades dela.
Millie
Oi amiga!
Sadie
Oi Millie! Como estão as coisas?
Millie
Está indo tudo bem, uma pena você não estar aqui.
Sadie
Também estou morrendo de saudades, mas aqui não é tão ruim. Acho que vou me adaptar rápido.
Millie
Que bom que você está gostando. Os novos vizinhos chegaram ontem.
Sadie
E aí, eles são legais?
Millie
Ainda não conheço eles, quer dizer conheço o filho deles, mas isso é outra história.
Sadie
Conta tudo fiquei interessada.
Millie
Ontem eu fui ao parque e esbarrei em um garoto. A gente conversou a tarde toda e ele se ofereceu para me acompanhar até em casa. Quando eu cheguei aqui descobri que ele era o novo vizinho. Que coincidência.
Sadie
Ele é fato?
Millie
Ele é bonitinho, achei ele bem fofo.
Sadie
Mal saí e você já arranjou alguém para ocupar meu lugar.
Millie
Não é assim.
Sadie
Estou brincando amiga, sei que você me ama. Vou ter que sair amiga, depois a gente se fala. Beijos.
Millie
Beijos.
(...)
O tempo passou rápido e logo chegou a hora do jantar. Coloquei um vestido preto bonito, mas casual e fui para a sala de estar esperar pela família do Finn. Não demorou muito e eles chegaram.
- Olá! Sejam bem vindos! – minha mãe disse dando boas vindas a eles.
- Obrigada pela recepção! – a mãe do Finn disse agradecida.
- Vamos entrar! – minha mãe disse mostrando a sala de estar.
(...)
- Hora de nos apresentar! Sou Henrique, essa é minha esposa Júlia e essas são nossos filhos Finn e Amanda – o pai do Finn disse gentil.
- Bem vindos! Prazer Antônio, minha esposa Fernanda e nossos filhos Millie e João – meu pai disse apresentando nossa família.
Nossos irmãos tinham a mesma idade e foram brincar na sala, enquanto nossos pais conversavam na cozinha. Chamei o Finn para conversar em um lugar mais sossegado. Ele estava com o cabelo meio bagunçado uma camisa xadrez e uma calça jeans preta. Subimos para conversar no meu quarto.
- Pode entrar – eu disse abrindo a porta.
- Seu quarto é bem legal – ele disse sentando no puff perto da minha cama.
- Obrigada – eu disse tímida.
- Seus pais parecem bem legais – ele disse observando meu quarto.
- Os seus também parecem legais, acho que eles irão ficar amigos em um instante – eu disse sorridente.
- Você era bem fofinha mais nova – ele disse pegando um porta retrato antigo perto do meu computador.
- Assim você me deixa envergonhada –eu disse toda sem jeito.
- Não precisa ficar vermelha, Millie – ele disse colocando uma mecha do meu cabelo atrás da minha orelha.
- Você não está contribuindo muito para isso – eu disse tímida.
- Não quis te constranger – ele disse se afastando de mim.
- Já está tudo bem, não foi nada – eu disse tentando desfazer o clima estranho que ficou entre nós dois.
- Então... o que você gosta de fazer nas horas vagas? – ele disse mudando de assunto.
- Nada demais, assistir filmes e séries, ouvir músicas, cantar – eu disse olhando para ele.
- Canta para mim – ele disse me pegando de surpresa.
Cantei uma música da Amy Winehouse, You know I’m no good.
- Uau! Você canta muito bem – ele disse surpreso.
- Imagina – eu disse sem graça com o elogio dele.
- Você deveria postar na internet – ele disse entusiasmado.
- Quem sabe um dia – eu disse sorrindo.
- Eu toco guitarra, a gente poderia fazer alguma coisa junto qualquer dia desses – ele disse me olhando nos olhos.
- Isso seria ótimo, Finn – eu disse pegando na mão dele.
Rolou um clima e ele estava prestes a me beijar, quando minha mãe bateu na porta e a gente se afastou rapidamente.
- O jantar está servido – ela disse chamando nossa atenção.
- Já estamos descendo, mãe – eu disse disfarçando o clima.
- Ela chegou bem na hora – o Finn desapontado.
- Não vão faltar oportunidades – eu disse segurando a mão dele.
(...)
Tudo correu muito bem no jantar, nossos pais já eram bons amigos. Foi uma noite bem agradável para todos nós. Eu e o Finn sentamos um do lado do outro e nos divertimos muito.
(...)
- O que você vai fazer amanhã? – ele perguntou mexendo no cabelo.
- Não tenho nenhum plano – respondi assertiva.
- Pensei que você poderia me mostrar a cidade, se não for nenhum incômodo – ele disse ficando vermelho.
- Claro! Amanhã eu passo na sua casa para a gente passear – eu disse sorrindo para ele.
- Vou te esperar – ele disse sorrindo.
Nossos pais se despediram e cada um foi para o seu lado.
- Eles são simpáticos – minha mãe disse alegre.
- Gostei deles, vamos marcar para sair qualquer dia desses – meu pai disse pensativo.
- Você ficou amiga do filho deles? – minha mãe perguntou insinuante.
- A gente conversou um pouco – eu disse tentando mudar de assunto.
- Só isso? – minha mãe perguntou sarcástica.
- Só isso, mãe. Boa noite para vocês – eu disse subindo para o meu quarto.
(...)
Deitei na cama e fiquei pensando onde levar o Finn para passear. Tudo tem que ser perfeito.

O Vizinho |FillieOnde histórias criam vida. Descubra agora