Lost (h.s)

Capitulo 4

O Louis da um salto e retira a sua atenção do livro. Levanta-se e vai até há porta. Eu mantenho-me quieta enquanto observo os seus movimentos.

- "Vou só ver o que se passa" Ele diz e eu apenas abano a cabeça.

Ele sai e encosta a porta. Uns minutos passam e eu oiço gritos. Parecem ser de duas pessoas a discutir. Não vou ficar aqui parada a ser consumida pela curiosidade. E para além disso o Louis pode precisar de ajuda. Vou até há porta e abro-a lentamente. Espreito e vejo que o Louis está a gritar com alguém. Saiu mais um pouco e percebo que é uma rapariga. Oh meu deus é a minha ex colega de quarto, a rapariga que apanhei lá em cima com o rapaz das tatuagens. Mas porque razão estarão eles a discutir?

- "Está tudo bem Louis?" Interrompo

Ambos olham para mim e sinto-me incomodada. O ar já está demasiado tenso e agora parece que piorou.

- "Está Mel não te preocupes. É só que esta rapariga passa a vida importunar-me"

Olho para ela e o seu sorriso está feito na sua face. Aos seus pés está uma garrafa partida. Cheira a álcool. Oh melhor tresanda a vodka. Eu não bebo, nem costumo lidar com álcool, mas sei perfeitamente do que se trata.

- "Olha quem é ela! Então Louis é a tua coleguinha agora?" Ela está bêbeda

Oh meu deus são 4 pm e ela já está nesta lástima? Será que por aqui são todos assim?

- "Não tens nada haver com isso. Agora desaparece daqui!"

Ela ignora-o e vem na minha direcção. O seu corpo alto e esguio ganha a olhos de ver ao meu corpo pequeno e indefeso que se mantém estático. A luz que entra pela pequena janela do corredor é tapada por ela e eu começo a sentir-me intimidada.

- "Por tua causa eu não fodi com o Harry. Eu devia arrancar todos os teus cabelos neste preciso momento"

O Louis parece engolir em seco com o seu comentário e eu também. Eu não fiz de propósito para interromper o seu momento com o Harry. Harry. Então é assim que ele se chama. Então é assim que o rapaz que tem andado na minha cabeça se chama. Não sei porque mas sinto-me aliviada com o seu comentário. Mas que estupidez Mel, não te interessa para nada o que ele faz ou deixa de fazer.

- "Eu não fiz de proposi..."

- "Deixa Mel, não tens de lhe dar justificações, ela não passa de uma bêbada" O Louis interrompe-me e puxa-me pelo braço calmamente de volta para o quarto.

- "E os ciúmes atacam com força não é Louis?"

Ela grita e eu fico confusa. Ciúmes que ciúmes? O Louis suspira com o seu comentário e fecha a porta, deixando-a lá fora. Ele parece abalado. Os seus olhos azuis estão raiados de sangue e eu não sei se é raiva ou se as lágrimas o atacam fortemente. Eu quero ajudá-lo, mas tenho medo de me intrometer. Ele senta-se na cama e eu sigo-o.

- "Estás bem?" Pergunto

Ele demora a responder. Parece procurar forças e retomar o fôlego.

- "Eu não sei"

- "Precisas de falar ou assim? Eu sei que só nos conhecemos agora e isso, mas eu quero que saibas que estás há vontade para falares e ..."

- "Eu sei Mel. Eu não compreendo o porque, mas eu sei que posso confiar em ti"

Ele diz e eu sorriu. É claro que ele pode. Eu nunca trai qualquer amigo meu e eu sei que não somos amigos ainda, mas eu espero que sejamos.

- "Quem é esta rapariga Louis? Porque te afeta tanto?" Digo calmamente