A Descoberta Do Amor

❇• Miguel •❇

Olho mais uma vez as fotos da minha galeria e suspiro. Luiza é uma pessoa linda, pena que ela mal vê o quando gosto dela. Sim, eu gosto da Luíza muito mais do que amiga. Ela é encantadora, uma pessoa que esta sempre tentando fazer o que pode para ver todos felizes e juntos. Uma garota que sempre te faz rir com piadas sem graça, uma garota da qual meu coração pulsa descompassado quando vê. Mas o problema da Luiza é que ela está longe de mais do meu alcance. Ela namora o babaca do Eduardo à quase 1 ano e mesmo vendo ela às vezes sozinha sem ele ao seu lado, eu tenho a incrível vontade de socar a cara daquele imbecil por horas.

Na verdade eu deveria era socar a minha própria cara, por ser tão covarde a ponto de não ter me declarado antes dele aparecer, porque talvez se eu estivesse me declarado, hoje estaria com ela e ficando sempre ao seu lado todos os dias.

Mas eu fiz o contrário. Eu deixei ele surgir na vida dela e agarrar seu coração. Eu deixei ele dizer palavras bonitas para ela e fazê-la ficar acordada horas imaginando ele em seus pensamentos. Eu deixei ele tocar seus lábios nos dela e fazer ela sentir milhões de sentimentos novos. Eu deixei, e agora não posso culpar outros a não ser eu.

Coloco o celular no criado mudo e apago a luz, dormindo e sonhando com algo que eu deveria ter feito mas não fiz.

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Assim que acordei, tomei um banho e vesti as roupas da qual todos já estavam acostumado em me vê. Em seguida, tomei meu café e fui para a casa da Luíza, como combinado hoje de madrugada. Sua mãe quem abriu a porta para mim.

- Bom dia Vivian. - Disse, assim que sua mãe abriu a porta.

- Bom dia Miguel. - Ela sorriu, dando passagem para mim entrar.

- A Luíza está? - Pergunto.

- Sim. Ela esta lá no quarto. - Apontou para o lado onde ficava os quartos da casa. Eu já conhecia cada milímetro dali como conhecia a palma da minha mão. Segui para o corredor da casa dela e bati na última porta dele, ouvindo a voz da qual tanto amava pedir para mim entrar.

- Bom dia nanica. - Digo, assim que ela me vê.

- Seria um bom dia se você parasse de me chamar assim. - Ela joga um travesseiro de emoji de raiva em mim.

- Desculpe senhorita, mas o seu pedido foi negado. E ai, como você esta? - Falei, dando um beijo em sua bochecha, como sempre faço.

- Sinceramente, eu não sei. Mas acho que estou menos confusa do que hoje de madrugada. - Afirmou.

- Você conversou com sua mãe?

- Não, estou esperando meu pai chegar do trabalho hoje para ter uma conversa com eles dois!

- Você já sabe o que dizer? - Perguntei.

- Sei, mas vou deixar apenas para falar na hora sabe? Por enquanto, só quero esquecer todos os meus problemas.

- Entendo. Quer dar uma volta? - Sugeri.

- Pode ser. - Ela deu um sorrisinho de lado.

Ela pegou seu celular e saímos, dando um beijo e um " Estamos de volta antes do almoço " para sua mãe.
Ficamos vagando pelas ruas e conversando assuntos aleatórios. Luiza estava linda e eu não podia deixar de reparar. Ela usava um macacão de renda branco e um sapatênis bege. Seus cabelos castanhos estavam soltos e a cada passo que ela dava, um sopro de vento tocava neles, fazendo os mesmos voar. Seus olhos verdes estavam claros pela claridade do dia e seu sorriso estava tímido, mas em alguns momentos ele surgia, fazendo meu coração errar uma batida. Também reparei que ela usava um brinco de bolinhas de pérolas nas orelhas e uma pulseira bem delicada em seu pulso.