#Desculpem-Me os erros#
Richard
-NÃO ACREDITO QUE VOCÊ VAI ATRÁS DAQUELA VA.GA.BUN.DA OUTRA VEZ RICHARD!
Suspiro cansado por causa das gritarias de Alice novamente. As quais vou revidar calado, ou um tom bem brando.
No momento prefiro ficar calado, arrumando minha mala, para que eu possa ir ao Canadá.
-Não acredito que está me ignorando, mas claro, é a única coisa que pode fazer já que me trai, tem até dias especiais para ela no Canadá. - Diz ironicamente.
Suspiro mais uma vez antes de ir até ela, puxar seu braço, a segurar nos ombros, e proferir as seguintes palavras olhando nos olhos da minha amada esposa.
-Alice, eu não tenho nenhuma amante no Canadá, quero entender toda essa gritaria, não faz sentido, o que eu tenho que fazer para acreditar em mim? - digo cansado.
Ela se livra das minhas mãos, anda ameaçadoramente até a cama, que está atrás de mim, a sigo com os olhos e me viro para ficar a sua frente, assistindo-a sentar na cama cruzando pernas e braços, com uma expressão passiva e debochada.
Ela vai vim com uma condição muito descabida, ou vai me pedir algo, eu a conheço bem.
Ela me olha com uma cara óbvia e já sei o que quer.
-Não, não, não, não, não, não, e não. -Falo mais rápido que posso, ja que o meu português ainda não é não tão bom. - Não mesmo!
Deus sabe que eu não aguentaria tal situação outra vez.
-Está vendo! -Aponta o dedo na minha cara, como se acabasse de descobrir algo incrível.- Eu sabia, sabia, sabia. -Diz fazendo birra. O que me faz adimira-la, o quão linda esse caralho de mulher consegue ser a cada dia.- Eu sempre soube que você tinha uma amante, está vendo, ai que ooodio. -diz exasperada, enquanto assisto tudo parado no mesmo lugar, só que agora com as mãos nos bolsos. Ela para um pouco o próprio surto, vem em minha direção e entrelaça os braços na minha cintura.- Por que não posso ir contigo amor? -Diz manhosa com o queixo no meu peito, olhando para cima, buscando contato visual por causa da diferença de altura.
Tento não cair em tal jogo, sei o quão frágil Alice é, mas também sei o quão ardilosa pode ser, mas Alice mexe com "certezas", ela pode falar o que for, mas ela só faz se tiver 100% certa, nada de 99,99. É por causa desse seu jeito que somos casados e que sou apaixonado por ela, mas odeio esse ciúme ridiculamente grande que a possuí, que para quem não a conhece faz tudo o que disse não ser levado a sério, mas nem o ciúme exagerado faz com que seja impulsiva. Como disse ela é ardilosa, pode até demorar, mas ela fará algo, mesmo que tendo certeza, e por mais que ela seja uma boa paisagista, com ela tenho que argumentar como advogado, pois cada palavra pode ser milimetricamente o estopim para minha morte, mesmo sendo inocente, a certeza que dou a ela ou que ela mesma tem é mais forte que tudo.
Olho para baixo conectando nossos olhares, a abraço admirando a carinha doce que está fazendo mas que não me engana em nada, desfaço o sorriso bobo que não percebi que estava em meus lábios, tento deixar minha expressão neutra para que possa conversar com ela sem toda a gritaria novamente.
-Tem certeza que quer saber? -Pergunto, e ela ascena positivo. Ainda abraçado a ela, começo a falar.- Primero, toda vez que vamos ao Canadá você quer ficar comigo para todo lado, eu não me importo com isso gosto de estar com você, mas sabe que vou para lá, apenas para trabalhar, e daí fica reclamando que não posso ficar contigo e começamos outra briga de traição, sendo que você fica comigo o dia inteiro, Segundo, você odeia ir aos jantares dos meus amigos no Canadá, e sempre que vou pra lá, saio para jantar com eles, e ai mais uma briga, "antes eles do que eu" como você mesma diz, amor você sabe que vou para lá para tomar conta da empresa, ja fazem 4 anos de casado e 6 que moramos juntos, vamos parar com isso. Sabe que la é a sede da empresa, eu não posso abandonar o legado do meu pai na mão de qualquer um.
-Então porque não traz a sede para o Brasil? - pergunta inconformada.
-Por quê só vim morar aqui por sua causa, eu não quero desfazer de nada lá, é onde está toda a minha vida. Olha querida, -Desfaço o abraço, vou até as malas fechando-as.- Se quizer, ir, vá, sabe que fico na minha casa. Tchau amor. -Me despeço após um beijo molhado em sua testa.
Saio do quarto sem esperar resposta, pois sei que vamos discutir novamente, e não quero um casamento atolado em brigas, sei que o que fiz é errado, deixa-la sozinha assim do nada, mas sei que ela precisa pensar, sempre faço de tudo por ela, ela quase nunca vê meus esforços.
Larguei tudo no Canadá por ela, minha família, os meus amigos, que foram minha família em momentos difíceis, aqui no Brasil só tenho ela, e mais ninguém, a família é dela, os amigos são dela, a carreira também dela, esses quatro anos que estou aqui foram uns dos mais difíceis, os quais só faço trabalhar, viajar e me adaptar, quero que ela me entenda. Me dói o coração ser tão duro com Alice, mas se eu não for assim, ela não entende. E eu prefiro mil vezes tomar poucas atitudes como essas, do que brigar todos os dias.
Só espero que resolva ela parar e pensar um pouco, vou conversar muito sério com ela quando voltarmos, sobre tudo isso.
Chegando ao aeroporto, faço o check-in, e espero alguns minutos para embarque, o meu celular toca e o toque diferenciado me faz entristecer só de saber que não é a Alice.
*Mensagem on*
Não se preocupe se quando chegar eu não estiver por lá, talvez irei me atrasar. E por favor, vá para o meu apartamento hoje, por favor. :-*
*Mensagem off*
Suspiro mais uma vez cansado, odeio aquele lugar que mais parece um andar mal assombrado. Vou ter que me sacrificar mais uma vez à minha vontade.
Embarco no avião e algumas horas depois piso em solo canadense, vou direto para a minha casa, a mansão da família Manford, chego, inspiro o cheiro de madeira da casa recém-reformada, vou direto para meu quarto no segundo andar deixo minha mala, tomo banho e troco de roupas, volto correndo para sala de jantar, e vejo que já estão todos na mesa as 13 horas em ponto para o almoço, confiro a hora no relógio e sorrio a pequena bronca que minha mãe me da por chegar poucos minutos atrasado, ainda sorrindo a comprimento com bom dia dou uma beijo em seu rosto e no meu pai, sento a mesa, almoço junto com eles, escuto broncas e mimos da minha mãe e puxões de orelha e alguns assuntos sobre a empresa vem do meu pai. Após a sobremesa ainda ficamos conversando um pouco mais e rindo de algumas histórias, o nome de Alice sai repetidas vezes da boca da minha mãe que tanto a adora.
No exato momento sinto alívio, o inglês escorrendo por minhas cordas vocais, o cheiro de madeira da minha casa e a minha família que sentia tanta falta.
Sentado a frente da minha mãe, reparo na gargantilha em seu pescoço, com uma coroa, "minha princesa" assim meu pai a chama, o que me faz lembrar que preciso de um cochilo pois mais tarde terei compromisso.
Peço licença me levanto vou para meu quarto e faço o prometido. Depois de dormir algumas horas, acordo, faço minha higiene pessoal, desço as escadas, pego minhas chaves, logo estou na garagem dando partida no carro, saio em direção ao tão macabro apartamento, sorrio com o pensamento...
No meio do caminho, paro para comprar um caputino, um milk shake de leite condensado e o jornal do dia. No local de sempre. Sigo o caminho ja que consegui achar tudo o que queria comprar, sigo para o prédio espelhado que está a poucos metros, entro no mesmo e não espero muito para pegar o elevador e ir até o ultimo andar. Assim que chego, vou até a porta do apartamento que toma todo andar e mais um, destranco-o, entro, coloco as bebidas sobre a mesinha de centro da sala, me sento no sofá e abro o jornal do dia.
Olho no relógio, uma hora e meia de atraso, assim que volto meu olhar para o jornal ouço a porta abrir, olho para minha direita em direção da mesma.
No seu habitual terninho preto, alterna seu olhar entre mim e as bebidas na mesinha, bufa constrangida e resalta: - Isso parece armado!
Dou de ombros e me volto ao jornal, ela vem até mim tirando o terno e revelando a roupa fresca que não abre mão de deixar debaixo do terno, deita no meu colo e apenas susurra: -Estava com saudades, não quero que vá embora! Sabes disso. - Suspira - Mas você se foi faz muito tempo!
Me limito em alisar seus lindos fios negros e grandes e falar: Eu sei princesa, me deculpa...!
28/10/2017
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O "AMANTE" da "AMANTE"
Любовные романыUm romance narrado por Alice, Richard e Thomas. Contando a vida sobre a misteriosa amante. Alice é casada com Richard, em meio desconfianças e brigas, vê que seu casamento está por um fio, tentando reconquistar o marido, ela vai atrás da amante para...