Capítulo 2 - "continuação"

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Alice Manford

*DESCULPE ME ERROS*

Eu estava desolada.

Não sabia o que pensar.

O dia por inteiro fora estranho e tentava colocar na cabeça que é uma loucura o que eu estava a imaginar fazia horas.

Não podia crer em uma traição, não queria que a confiança obtida nele descesse pelo ralo como a água que caia do chuveiro e deslizava sobre meu corpo até tocar o chão.

Era difícil! Eu estava tão atônita que não sentia a raiva.

Só uma mensagem... ...

Era nisso que eu pensava..

Não sei quantos minutos, horas, se passaram. Eu estava muito absorta na briga da minha consciência inocente e a desconfiada, na sentença da situação, eu era a juíza e os gêmeos distintos como anjo e diabo eram os advogados de defesa e acusação respectivamente.

Ora ou outra eu voltava a realidade e ficava pensando como eu conseguia me teletransportar tão rápido para os lugares... Do quarto para o banheiro, depois para sala no andar de baixo, depois  de volta ao quarto  no andar de cima, depois na cozinha voltando ao andar abaixo. Esses que eu lembrava, não sei se nessa ordem, imagens de outros cômodos vinha a mente, porém não sabia se eu andara pelo apartamento durante aquela noite, mas eu tinha parado na sala novamente, a televisão estava à minha frente, e imagens de Richard com a moça de cabelos longos e negros dormindo nus numa cama era visível. Queria saber como consigui achar aquilo. Aquela cena... Era a menos torturante, ja troquei de canal várias vezes e a televisão me toturava com outras cenas, umas deles fazendo sexo enquanto faziam promessas de amor, outras mostrando refeições do dia-a-dia também com promessas e declarações. Era triste ver ele com outra, mas eu estava recompensada por sua cara feliz. Me confortava.

Escutei o barulho da porta que vinha do hall de entrada, me obriguei a olhar para o canto esquerdo da TV vendo-o no seu terno parado olhando pra mim, expressão triste e... cansada, de quem não teve tempo de dormir ainda. Olhei para a grande janela de vidro que vinha do chão ao teto também do lado esquerdo, e ainda era noite. Ele foi correndo até mim e me abraçou, parecia que não me via a anos, e os gêmeos ainda julgavam suas atitudes na minha cabeça.

Ele suspirou, parecendo aliviado, no meu pescoço fazendo meu corpo se arrepiar, me fazendo suspirar junto por ele estar ali comigo. Eu nem acreditava, queria saber o que ele estava fazendo.

Uma lágrima escorreu... Era dele. Molhava a blusa que nem sabia que estava vestida.

-Jamais! Jamais faça isso novamente! - falou em um tom ríspido e preocupado.

Formou-se um finco na minha testa, quem ele achava que era? Ele quem não me deu explicações! E a televisão provava agora a pouco que ele estava com ela.

Mordi a lingua e fiquei calada. Apesar da curiosidade queria saber a que ponto ele iria.

-Onde estava? -continuou.- Caralho! Te proucurei o dia inteiro, em todo país, a empregada veio aqui zilhões de vezes, e não te achou em lugar algum. O que houve? -gritava exaspedo- O dono do café me ligou preocupado por não ter ido trabalhar. -seu tom variava de irritado a preocupação, minha cabeça rodopiava a mais dúvidas.

-Ainda não é noite?- pensei olhando para a grande janela, enquanto ele me olhava duvidoso.

-Você não havia me mandado uma mensagem dizendo que não voltaria hoje? -sondei finalmente depois de um pequeno tempo silencioso.

O "AMANTE" da "AMANTE"Onde histórias criam vida. Descubra agora