imagem: Ellen Cooper
Quando você vira vampira, suas lembranças de quando era humana, simplesmente some. Se eu não tivesse o retrato dos meus pais nesse momento eu teria me esquecido deles.
Mas conforme o tempo vai passando algumas lembranças também voltam, toda vez que me deitava para dormi -Sim, vampiros podem dormi- eu sempre sonhava com minhas lembranças de quando eu era animadora de torcida e tinha muitos amigos e um namorado perfeito. Mas quando eu acordava, não lembrava mais dos rostos deles, era como um borrão para mim.
- Está preparada para a viagem? - A voz de Tyler faz eu voltar para o presente.
- Não. - Respondi sem olhar para ele.
Tyler morava junto comigo e com mais cinco vampiros, ao todo, nós somos sete.
- Está brava comigo?
- Não. - Revirei os olhos.
Eu não estava brava com ele e com ninguém da mansão. Eu só não queria voltar na minha cidade natal, onde eu nasci e fui morta. Voltaríamos para lá para investigar algumas mortes que estava acontecendo. Pessoas mortas estavam parecendo em florestas, nas ruas e até em lugares públicos com marcas de mordidas no corpo.
Fomos informados que poderia ter mais de um vampiro matando, então, teríamos que viajar de Nova York até Thurmont uma cidade em Maryland, em um estado americano.
- Hum... então, acho que você deveria se despedir de Lucky, ele acabou de chegar.
- Peça para ele vir até meu quarto.
Eu sabia que Lucky tinha chegado a parti do momento que ele encostou seu carro na frente da mansão. Escuto os passos de Tyler se afastando e suspiro.
Eu gostava muito de ficar sozinha, e quando alguém estava presente eu me sentia incomodada e desconfortável. Um dos motivos, eu escondia meus verdadeiros sentimento de tristeza e sofrimento.
Sinto alguém se aproximar de mim quando entra em meu quarto.
- Oi - diz Lucky com sua voz baixa e sensual, deixando um beijo em meu pescoço.
Ele passa seu braço envolta da minha cintura, pressionando minhas costas contra seu corpo, e com a outra mão passa por baixo de minha blusa acariciando minha pele.
Não somos namorado. Só ficantes, acho que nem isso. Ele não era o único vampiro que eu transava, mas era o que estava mais presente, isso não significava que tínhamos alguma coisa, ele só vinha até a mim quando queria satisfazer suas vontades, e eu também.
Deixo a fotografia de meus pais encima da prateleira e me viro para encarar Lucky
- Vou ter que viajar.
- Agora?
- Sim.
- Vai voltar?
- Não sei - seguro um suspiro de tristeza. Eu não sabia mesmo se iria voltar e isso me deixava chateada, mas não demonstrava meu sentimento repentino para Lucky.
- Então, terminamos aqui? - Diz ele parecendo indiferente.
Eu não sabia o que ele queria dizer com "terminamos" já que nunca começamos alguma coisa. Mas continuo em silencio encarando aqueles lindos olhos verdes enquanto ele me encarava esperando uma resposta.
Alguns segundos se passam, então ele me solta, deixa um beijo rápido em meus lábios e em seguida dá as costas para mim e vai embora.
Sabe, é muito difícil eu sentir algum tipo de sentimento ao próximo, eu ainda estava em busca da minha humanidade, mas ver Lucky indo embora me fez sentir saudades dele.
Vou até a porta e a fecho. Eu ainda tinha que tomar um banho, minhas malas já estavam feitas e só faltava poucos meninos para sairmos.
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Meu namorado é um Humano - lembranças
VampireEla uma vampira cruel. Ele um simples humano. Ellen é uma vampira que foi transformada com 17 anos. Jurou que iria encontrar e matar o vampiro que a transformou, e que fez sua vida um inferno depois daquele dia. Bryan é um adolescente normal, que jo...