Capítulo 6

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imagem: Silas Moore

domingo eu estava liberada para sair um pouco. will me prendia em casa, porque tinha medo que eu sumisse por dois ou três dia, como eu fazia em Nova York.

fiz uma caminhada até o mercado a três quarteirão de casa. o dia estava fechado e fazia muito frio. eu não sentia frio ou calor, mas tinha que me vestir como se estivesse.

assim que entrei no mercado, fui direto na área de CDs e DVDs, eu precisava escutar música alta no meu quarto. era muito chato ficar escutando as vozes dos outros pela casa quando eu só queria ficar presa em meu mundo.

peguei alguns CDs de algumas bandas que eu gostava e coloquei em uma cestinha. enquanto andava pelo mercado procurando outras coisas que podia me interessar. reparo em uma menina do outro lado do corredor comprando ração para gatos, e eu conhecia a garota.

ELA é da minha sala e parecia invisível para as outras pessoas, ninguém fala com ela, e ela não fala com ninguém. ficaria surpresa se tivesse amiga, porque nunca vi ela com uma.

mas o que me chamou mais atenção, foi um cara olhando para ela disfarçadamente, no mesmo corredor que a menina. ele estava vestido com um moletom preto e sua cabeça estava coberta com a touca, fazendo eu ter dificuldade de identificar seu rosto. parecia um suspeito? talvez, maaaas talvez ele deve ser um admirador secreto, ou só um assaltante mesmo.

liguei meu botão do foda-se e continuei minhas compras. depois de um tempo, a menina da minha sala paga suas compras e vai embora. eu caminho até o caixa normalmente e um garoto de moicano começa a passar minhas compras distraído ouvindo música nos fones.

logo em seguida, o cara de moletom preto sai da loja, sem pegar nada e pega o mesmo caminho que a menina.

hum.

- moça, sua compra deu 35,99 - disse o menino entediado fazendo eu voltar minha atenção para ele.

assim que terminei de pagar as coisas e sair da loja, comecei a pegar o caminho de casa. então, escutei alguém gritar.

paro de andar e olho para trás.

mas que merda foi essa? escutei outro grito assustado pedindo por ajuda. eu já suspeitava de quem seria, e poderia dar as costas e ir embora, mas quando o cheiro de sangue me atingiu, não pude deixar de fazer alguma coisa, e comecei a andar depressa até onde a menina estava.

então paro de andar de novo.

Não posso!

eu não podia chegar perto de sangue fresco. mesmo quando estou alimentada, sinto uma vontade terrível de saborear o sangue fresco de uma pessoa ferida, e isso seria um problema para mim. eu poderia controlar minha vontade, mas só por pouco tempo. mas uma vez escuto os gritos apavorados da menina.

droga. eu precisava fazer alguma coisa.

[...]

depois do mercado tinha uma rua que virava à esquerda que parecia muito deserta. nesse momento a chuva começou a cair e eu comecei a perde o cheiro do sangue. de repente outro grito de ajuda ecoou pela rua, voltei a andar e descobri da onde estava vindo.

tinha um beco do outro lado da rua perto de um prédio de advocacia que ficava poucos metros da onde eu estava. em um piscar de olhos eu estava na entrada do beco e o que eu vi me deixou surpresa e muito irritada também.

o vampiro segurava o cabelo loiro e cacheado da menina com uma mão puxando para trás, enquanto se preparava para cravar suas presas na garganta dela prendendo a menina contra a parede.

Meu namorado é um Humano - lembrançasOnde histórias criam vida. Descubra agora