Confusão - Markson

Briga

Depois do tal banho do Jack, que se resumiu a ele fazer bagunça no meu banheiro, estamos deitados na minha cama comigo agarrado ao peito desnudo dele.

– Sua omma já chegou? – ele pergunta baixinho pegando minha mão e fazendo carinho na mesma.

– Acho que sim

– Ela vai se importar se eu dormir aqui?

– Duvido que ela saiba que você está aqui.

– Mark, meu amor, eu pedi uma pizza, vocês vão querer?

– O-omma a senhora disse vocês?

Mas é claro que eu estava aflito!

– Deu pra ouvir a farra no banheiro lá de baixo – ela ri – Tá tudo bem filho. Eu só quero saber quem está aí com você. Eu posso entrar?

– Claro omma – o Jackson pega a camisa dele e veste rapidamente. Minha omma entra e vejo sua face tomar uma expressão de espanto.

– Jackson Wang?

– Sim, senhora Tuan – dava pra notar o nervosismo na voz dele e eu estava segurando o riso, por mais que a situação pudesse parecer desesperadora eu estava achando tudo muito cômico.

– Senhora não, Jackson. O que faz aqui?

– Ahm e-eu e o Mark... Ahm nós...

– Estão juntos é isso? Olha, eu não tenho nada contra você. Bom, menos o incidente do outro dia.. Mas se o Mark perdoou você, o que eu posso fazer. Err... Se forem querer a pizza – ela se vira pra sair, mas volta – Jackson, por onde você entrou?

O Jackson olha pra janela e pra minha omma que ri.

– Entendi... Da próxima vez bata na porta. Vou esperar vocês lá embaixo – ela sai e fecha a porta

– Eu falei – digo convencido e ele ri.

– Eu não precisei bater na porta pra descobrir. Vamos?

– Uhum

Levanto da cama e puxo ele junto. Descemos e fomos até a cozinha comer pizza.

~ × ~

– Omma, terminamos de lavar a louça, vamos dormir – digo subindo as escadas junto com o Jack

Eu sempre tive o costume de dormir seminu e com o Jack ali eu não faria isso, mesmo que não faça muito sentido, eu ainda tenho bastante vergonha do meu corpo.

– Mark? Alô? – diz o Jack estalando os dedos na frente do meu rosto – O que houve?

– Ahn? Nada. Tem problema se eu dormir com o casaco?

– Claro que não. Essa é sua casa – ele ri – Eu costumo dormir sem camisa, se importa?

– Não, claro que não.

Tiro a calça ficando apenas com o casaco que ia na metade das minhas coxas e ele tira a camisa se deitando na minha cama, logo me deito ao seu lado.

– Mark

– O quê?

– Eu acho que estou apaixonado por você, mas não sei muito bem porque nunca senti o que eu tô sentindo.

– E o que você tá sentindo? – digo deitando a cabeça em seu peito e acariciando sua mão distraidamente.

– É como se fosse necessário ficar perto de você, como se eu não pudesse passar um dia sem te beijar, te abraçar, ouvir sua voz, ou até mesmo receber suas mensagens. Eu sinto que devo te proteger, cuidar de você e te fazer feliz. Isso é normal?