Prólogo

38 5 0
                                    




   A minha história não é como as outras, infelizmente ela tem um começo triste. Então se você está pensando que vai ler uma linda história de amor com um final feliz pode ir embora, pois eu te garanto que não tem nada de felizes para sempre nela.

Se você está lendo isso significa que você continuou por conta própria e vou ter que me apresentar, meu nome é Mary Duncan e tenho 17 anos. Eu moro em uma ilha pequena no conjunto de Etalley e essas ilhas por estarem distantes do resto da sociedade não desenvolveram. Essa sociedade, composta por sete ilhas tendo em cada uma delas uma escola, eu estudo em Monthequeti, onde é só mulheres podem frequentar. Seu objetivo principal é ajuda-las a serem independentes e fortes.

Moro aqui desde de que me entendo por gente, pois a minha mãe não tinha muito dinheiro para poder me dar uma boa vida e o Monthequeti era o único lugar em que eu poderia ter três refeições descentes. Enfim, como o Monthequeti e uma sociedade fechada e focada no seu objetivo principal, nós meninas premiadas por estarmos lá, teríamos que morar aqui até completarmos 21 anos, pois nessa idade teríamos terminado nossa missão e estaríamos prontas para o mundo. À e só podíamos ver nossas famílias nos domingos que eram chamados de domingo da família.

Não reclamava de morar no Monthequeti, apesar de não gostar muito, pois sabia que minha mãe tinha me colocado lá para o eu bem e também sabia que um dia isso ia ser bom para mim.

Minha mãe vinha, sem exceção, todos os domingos me visitar. Ela era a primeira a chegar e a última a ir embora e sempre que ela vinha, me trazia um presente diferente. Ela trabalhava no banco da cidade, no caixa, e morava com um amigo dela Duke. Acho que o único motivo para eu aguentar ficar no Monthequeti era ela, pois toda vez que eu a via eu me recarregava como um computador que está quase sem bateria, então quando ela morreu, a dois anos, tudo na minha vida ficou mais complicado.

Eu me lembro como se fosse ontem, quando me trouxeram a notícia de que ela havia morrido. Lá estava eu, esperando os portões serem abertos e eu me deparar com ela e seu lindo sorriso, mas ao invés disso eu não a vi. Logo eu imaginei que ela tinha se atrasado um pouco e que devia estar um pouco mais atrás, então sai procurando. Depois de uns 5 minutos procurando, sinto alguém segurando meu braço, logo começo a sorrir imaginando que seria minha mãe e me viro para abraça-la, mas rapidamente meu sorriso desaparece pois percebo que não é ela e sim um homem todo encapuzado. Meu sorriso desaparece e ele pergunta:

_ Você e a filha da Jasmine?

_ Quem e você?

_ Menina por favor, me responda, você e a filha da Jasmine?

_ Sim sou eu! Respondi em um tom irritada.

Minha cabeça estava cheia de perguntas: " quem é esse cara? " "Como ele sabe quem eu sou? " " Como ele conhece a minha mãe? " " E por falar nisso onde ela está? ".

Ele olhou para baixou, deu um longo suspiro e disse:

_ Eu sinto muito, eu não queria te dar essa notícia, mas foi uma coisa última coisa que sua mãe me pediu para fazer.

Ele esticou a mão e me deu uma carta. Não estava entendendo mais nada mas tinha certeza de que algo havia acontecido. Olhei para carta e vi que era a letra da minha mãe com o meu nome escrito, olhei para cima de novo para perguntar para o homem se ele sabia onde ela estava e do que se tratava a carta, mas ele já havia ido embora.

Entrei correndo para o meu quarto para ler a carta. Abri o envelope com cuidado para não estragar e com as mãos tremendo comecei a ler a carta:

" Minha querida, se você está lendo isso, infelizmente algo aconteceu comigo e eu não vou mais poder te ver, eu juro que eu não queria que as coisas terminassem assim, mas nós escolhemos nosso destino, apesar de muitas vezes eu não acreditar nessas coisas.

Minha filha, eu tinha tantas coisas para te contar, tantas coisas para passarmos juntas, sei que no início não vai ser fácil aceitar, mas eu te conheço e sei que apesar do tempo que levar você vai conseguir superar e seguir em frente e ser uma mulher incrível que vai fazer ótimas coisa para as pessoas e o mundo.

Quando você sair do Monthequeti procure meu amigo Duke Louster, eu confio a minha vida a ele. Ele e uma ótima pessoa, vocês vão se dar bem, ele também trabalha no banco, o procure lá quando sair daí.

Mil desculpas partir assim, sem dizer nada, e sem poder se despedir do meu anjo, sei que você vai conseguir superar isso tudo. Mais uma vez mil desculpas.

Com amor mamãe. "

Ao acabar de ler a carta, eu já estava em prantos no quarto, berrando e solando toda a minha dor que eu estava sentido no momento. Eu não consegui acreditar que ela tinha morrido, não acreditava que estava sozinha, sozinha nesse mundo enorme.

Bem caro leitor, como eu lhe avisei lá em cima, essa história não tinha um início feliz, mas esse começo foi um incentivo para eu dar um rumo para a minha vida e tomar as minhas decisões. E minha decisão principal era: fugir do Monthequeti.

UMA HISTÓRIA EXTRAORDINÁRIAOnde histórias criam vida. Descubra agora