Capítulo 3

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   Ao sair do beco, respirei fundo e segui meu caminho, mas ao mesmo tempo queria guardar cada detalhe e parar em cada uma das barraquinhas do mercado. Ainda não conseguia acreditar que finalmente eu tinha conseguido, eu estava na cidade.

Como era a minha primeira vez, não sabia muito bem o caminho ao certo para o banco, mas eu estava aproveitando a caminhada pois estava conhecendo um pouco mais a cidade que eu sempre via da janela.

Tudo estava ocorrendo bem, até que fui pegar minha correntinha e percebi que ela não estava no meu pescoço. Entrei em desespero, aquela correntinha era muito especial para mim, minha mãe havia me dado quando completei 10 anos, desde então eu nunca tirava ela. Olhava para o chão com esperança de encontrar ela, mas não há via em lugar nenhum. Tentei até voltar no beco para ver se ela tinha caído lá, mas não consegui refazer o caminho.

Pensei comigo mesma: "parabéns Mary! Você acabou de perder o seu bem mais valioso. " Apesar de estar bastante chateada, eu tinha que chegar ao banco. Após alguns minutos andando e pedindo algumas informações, finalmente consegui chegar. O lugar era enorme, nunca tinha visto um lugar tão bonito. As paredes eram de mármore com vários traçados de dourados e todos lá dentro estavam bem vestidos. Os homens com ternos impecáveis e as mulheres com vários tipos de calças e saias estilosas.

Eu estava parada na porta do banco que nem uma criança ficaria na porta de uma loja de doces, admirando a maravilha do banco, até que um segurança veio e me cutucou falando:

_Posso te ajudar senhorita?

_Há sim! Eu estou procurando o senhor Duke Louster.

_Olha eu não sei que é ele. Mas você pode ir no balcão de informações que eu te garanto que eles vão te ajudar.

_Muito obrigada. – Disse sorridente e entrando no banco.

Chegando ao balcão, uma moça toda radiante, até de mais, me atendeu:

_Boa tarde, minha querida. - Disse ela com sorriso enorme na cara.

_Boa tarde. – Respondi meio sem graça. – Eu estou procurando Duke Louster, você pode me dizer se ele trabalha aqui?

_ Claro que sim. – Ela digitou algumas coisas no computar e rapidamente voltou a falar comigo – Ele trabalha no quarto andar, caixa 17, o elevador fica à direita.

_Muito obrigada.

_De nada, fico feliz em ajudar.

Fui em direção ao elevador, apertei o botão, esperei alguns minutinhos e ele chegou. Na hora que eu entrei percebi que minhas mãos estavam suando. Corri para segurar a minha correntinha, mas quando a minha mão chegou ao pescoço eu me lembrei que havia acabado de perde-la. Estava nervosa, se esse tal de Duke não fosse um cara tão legal assim, e se ele resolvesse não me ajudar, ou pior, e se ele me entregar. Meus pensamentos foram interrompidos quando o elevador parou e a voz do elevador anunciou a chegada ao quarto andar. Aporta se abriu e eu sai.

Ao sair do elevador, de cara eu já me deparei com vários caixas e todos com pessoas atrás, com uma plaquinha na frente escrito: "pronto para poder te ajudar na sua vida financeira" e logo em baixo, o número do caixa. Sai em busca do caixa 17, eles estavam organizados em duas fileiras: uma com os números pares e a outra com os números ímpares. Então rapidinho consegui achar o caixa 17.

Lá estava ele, Duke, sentado em sua cadeira olhando alguma coisa no computador. Ele tinha um cabelo curto com alguns cachinhos e era ruivo, pelo que deu para ver ele parecia ser magro. Depois de um longo tempo encarando ele, o próprio percebeu. Ele levantou a cabeça e seu olha pareceu um pouco assustado ao me ver. Então eu disse:

UMA HISTÓRIA EXTRAORDINÁRIAOnde histórias criam vida. Descubra agora