GaLeb

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Já era tarde, estava quase tocando o sinal. Eu me despeço da Sofia e vou guardar meus livros no armário, e lá estava ele, o Caleb, ele vem até mim e pergunta:

- Na minha casa ou na sua?!

Eu estava tão impressionada que nem prestei atenção na pergunta que ele tinha me feito, aí ele repete...

- Na minha casa ou na sua?!
- Como assim?
- O trabalho, onde vamos fazer? Na minha casa ou na sua?
- Ah ta... É... Pode ser na sua?
- Pode ser, eu passo na sua casa para te buscar amanhã as nove.
- Perai, mais como você sabe onde eu moro?!

Ele simplesmente sai andando e não responde a minha pergunta, eu acho que a Sofia tinha razão ele realmente era muito estranho.
Já era um novo dia, o relógio marcava 8:30h eu só estava à espera dele. O meu pai ainda dormia e eu estava ansiosa, comecei a andar de um lado para o outro do quarto. Olhei para o relógio já passava das 9:30h e nada dele. Eu já estava quase desistindo, quando escuto uma buzina de moto. Olhp pela janela e vejo ele me esperando. eu desço as escadas e deixo um bilhete para o meu pai em cima da mesa. mas se o Caleb achava que eu iria ficar calada pela demora dele, ele estava muito enganado.

- Você tá atrasado, sabia?!
- Eu tô aqui, não tô?!
- Nós combinamos as 09:00h.
- Eu tive que passar em outro lugar antes!
- Você poderia ter avisado Pelo menos!
- Você vai para de falar e subir logo na moto ou não?!
- Na moto??!
- Sim, porque? Você acha que a gente vai voando?
- O problema é que eu tenho um pouco de medo.
- Você está fazendo a gente perder tempo.
- Você que chegou atrasado!
- Para de ser chata e sobe logo vai...
- Chata? não é chatice, é medo!
- Então eu vou e você fica!
- Não, eu vou com você!
- Então sobe logo e me segura.
- Segurar? o quê? Porque?
- Digamos que é porque a moto não tem freio, hehehe

Eu subo na moto e ele me dá o unico capacete que ele tinha. Eu oh abraço bem forte e sinto um cheiro estranho, foi quando me veio a imagem do motoqueiro que me ajudou na mente, eu achei aquilo um pouco estranho mas não dei bola. O Caleb sai com a moto e ele começa a acelerar muito e eu comecei a me assustar e gritar pedindo para ele parar, mas ele só ria de mim e mandava eu aproveitar o passeio, logo nós chegamos na casa dele, nós passamos por lugares lindos e ficava bem perto de uma praia deserta. Chegando lá, eu fui recebida pela família dele e ele já apresentou a todos.

- Gabriela... essa é a minha família. Minha mãe Carmem, meu pai Ulisses e meus irmãos, Alexia e Enzo. E também tem os meus primos que eu acho que não estão aqui agora!
- É um prazer conhecê-los!
- O prazer é nosso! (Ulisses)
- O Caleb não costuma trazer colegas da escola em casa, por isso não deu tempo para preparar algo. (Carmem)
- Tudo bem, eu só vim fazer o trabalho com Caleb.

Eu fui muito bem recebida pela família dele, todos era muito simpáticos, menos o Enzo, o irmão dele, eu senti que ele não foi muito com a minha cara.
O Caleb e eu fomos para o seu quarto, já de cara pegamos os livros e Começamos o trabalho. A mãe dele foi levar um lanche no quarto e ver como estava o andamento do trabalho. O Caleb se levanta e pega o suco que a mãe dele tinha feito, Eu estava sentada em frente ao computador fazendo a pesquisa. Quando ele vem e se aproxima de mim pelas minhas costas para ver o que eu estava pesquisando. A temperatura do corpo dele era muito quente e me afastei um pouco esbarrando nele fazendo com que ele deixasse o suco cair sobre ele.
Foi aí que a coisa mais linda aconteceu, ele tirou a camisa na minha frente, não pude deixar de olhar para ele e perceber que ele tinha uma tatuagem na linha da coluna. Apesar do corpo definido, pele morena, olhos castanhos... o que mais chamou a minha atenção, foi a tatuagem. A curiosidade foi tanta que eu não resisti e perguntei:

- Você tem uma tatuagem?!

Ele parecia assustado quando eu fiz essa pergunta, era como se não acreditasse que eu tinha visto.

- Você consegue ver minha marca?!
- Marca?!
- É... minha tatuagem!
- Consigo, mas porque você tá me perguntando?
- Por nada, deixa para lá. Você não quer dar uma parada nesse trabalho?!
- Mas a gente tem que terminar porque...
- Depois a gente termina, eu quero te levar para ver um lugar!
- Me levar a onde?!
- Você só vai saber se for!
- Tá bom, vamos!

Então eu fui com ele, eu não fazia a menor ideia para onde ele estava me levando.
Não demorou muito e nós chegamos em um dos lugares mais lindos que eu já vi. Uma praia deserta muito linda, a areia era bem branquinha como a neve, a água cristalina, algumas pedras nos dois cantos, o vento refrescante e aquele leve barulho de onda quebrando. Ficamos apenas nos dois sentados na areia e começamos a conversar.

- Eu vivo aqui desde criança e eu nunca soube que existia essa praia.
- Por ela ser distante da cidade e um pouco escondida, poucas pessoas sabem dela, por isso que ela é sempre assim, deserta.
- Você mora aqui há muito tempo?!
- Faz dois anos que eu vim do Canadá, a maioria da minha família é toda de lá.
- Eu nunca sai de Novahills, eu sempre quis conhecer outros lugares.
- Quem sabe algum dia você tem a oportunidade.
- É... quem sabe. Eu posso te fazer uma pergunta?!
- Tenta a sorte.
- O que foi que eu te fiz para você não gostar de mim?!
- E quem disse que eu não gosto de você?!
- Não é o que parece, ontem você não parecia ser o mesmo que me ajudou a se livrar da Alana.
- Por falar nisso, eu quero me desculpar com você por ela!
- Eu acho que ela não gostou muito de mim.
- O problema não é você. Ela sempre foi daquele jeito com todo mundo.
- Ela gosta muito de você, né?
- Nós já namoramos há um tempo atrás, mas não deu certo Eu odiava o jeito que ela tratava as pessoas, sem falar que ela é muito possessiva.
- Acho que ela ainda não superou.
- Ela nunca aceitou que eu tenha terminado com ela, ela sempre fez questão de me usar para fazer inveja as garotas na escola!
- É, eu percebi que as garotas da escola são loucas por você.
- E ela sabe disso, mas chega de falar dela, ainda temos um trabalho para terminar. Vamos voltar?!
- Verdade, já tinha me esquecido.

Voltamos para casa dele e terminamos o trabalho, ele me dá uma carona até a minha casa porque já estava um pouco tarde.

- Você não quer uma carona até a escola?!
- Não precisa, eu vou de bicicleta.
- Você ainda tá com medo?
- Não, é que eu não quero te dar trabalho, eu só quero evitar aborrecimentos.
- Por favor, aceita!
- Tá bom, então vou buscar minha bolsa!

Meu pai estava sentado no sofá da sala e eu entro e dou de cara com ele.

- Oi pai, é... o senhor leu o bilhete?!
- Li sim!
- O senhor está precisando de alguma coisa?!
- para de me chamar de senhor, você sabe que eu não gosto, me sinto mais velho.
- Tá bom Pai, estou indo para a escola, te amo!
- Toma cuidado Gabriela!
- Pode deixar, eu vou ter cuidado.

O Caleb e Chegamos juntos na escola e todos ficaram nos olhando. Todo mundo estava comentando, foi quando eu percebi que o Caleb realmente era muito popular e quem ficasse perto dele acabava se tornando Popular também, fomos para a sala de aula juntos e as pessoas continuavam comentando sobre isso.

Ódio Mortal - O inícioOnde histórias criam vida. Descubra agora