Ameaça

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O Caleb já na sua alcatéia, senta em frete a uma fogueira e começa a voltar suas lembranças... Ele lembra dos momentos comigo. As imagens iam aparecendo nas chamas do fogo. O Benjamin chega e senta ao seu lado e os dois conversam.

- Iae cara? você ta bem?
- O que foi que eu fiz Benjamin?!
- Esqueci isso! Eu só quero saber se você ta bem.
- Por que você sempre quer que eu esqueça das coisas?
- Por que não tem sentido você lembrar do passado.
- Mas eu quero lembrar!
- Você quase matou a Gabriela!
- Droga!
- Mas não era você! Você estava enfeitiçado!
- Eu devo ter a magoado muito.
- Ela ficou triste sim, mas ela sabia que não era você. Que você nunca a machucaria.
- Amanhã eu não sei nem com que cara eu vou olhar para ela na escola.
- Ela vai entender Caleb! Ela te ama.

O Caleb se despede do Benjamin e entra em casa e vai dormir.
O Benjamin vai para casa pensando em tudo o que tinha acontecido. A rua estava escura, até mais que o normal, as luzes dos postes piscavam sem parar. Até que a Safira surge das sombras e o Benjamin se assusta!

- Ah... Sai de retro coisa ruim!
- Não é bom um garoto sair por ai sozinho.
- Olha por que você não vai pra...
- Oh, cuidado com o que você fala bruxinho! Você pode se arrepender!
- O que você quer Safira?!
- Nada, só senti saudades de Novahills.
- Então eu vou embora!
- Calma!
- Me solta!
- Como vai o seu amiguinho? O Caleb.
- Vai muito bem obrigado! Agora me deixar ir.
- Manda um recado para ele. Diz que eu voltei para Novahills com um propósito... Me vingar da morte do Alejandro! Isso não vai ficar assim.
- Tabom, eu digo. Agora posso ir?!
- Só mais uma coisinha...

A Safira rasga o braço do Benjamin com suas unhas, e ele grita de dor.

- Agora sim você pode ir! Até mas...

O Benjamin sai correndo para casa estancando o sangue com a mão.
O dia amanhece nublado. Eu abro os meus os olhos e lá estava o Miguel me admirando. Ele diz que sou linda dormindo. E eu agradeço. Ele desce as escadas e me espera na cozinha para tomarmos café da manhã. Eu troco de roupa e desço logo depois.
Nós dois saímos, entramos no carro e ele me levou para o trabalho.
Chegando lá eu desabafo um pouco com a Antônia sobre meu pai, ele estava muito triste por eu ter saido de casa. Mas eu não me importo, pois a culpa disso ter acontecido foi dele.
No fim do dia, o Miguel passa na lanchonete novamente e vamos juntos para a escola. Chegando lá, a Sofia me cumprimenta e Nós duas fomos para a sala de aula.
A professora entra, e começa a dar sua matéria nova, quando o Caleb surge na porta perguntando a professora se podia entrar. Então ele entra e senta ao lado da minha cadeira. Eu ficava olhando para ele mas ele não me olhava de volta, então eu insisti em olhar até que ele virou o rosto para mim e me olhou. Eu fiquei muito feliz e sentir muito bem. Eu esperei aliviada e sorri. Nós dois ficamos as aulas um olhando para o outro, eu sabia que ele estava lembrando de mim, que não estava mais enfeitiçado.
O sinal toca e o Caleb sai da sala e a Sofia vem até mim e diz:

- Eu vi vocês se olhando a aula toda. Você voltaram?!

Eu pensei bem antes de responder, e disse que não sabia ainda, mas que queria conversar com ele. Então ela vai até seu armário guardar os seus livros e o Miguel chega e pergunta se eu tinha visto o Caleb por aí. Aí eu respondo que ele estava na sala mas que depois saiu, e eu digo também que iria atrás dele porque precisaríamos conversar. Mas o Miguel diz que era melhor que eu ficasse que eu não fosse atrás dele pois não suportaria ver nós dois juntos. Ele disse que me amava, então ele me abraça forte e me beija novamente no meio do corredor.
Nesse instante, o Caleb aparece e nos vê nos beijando. Eu empurro o Miguel quando percebo a presença do Caleb. Mas ele já tinha saido muito chateado ao ver aquela cena. Ele estava com uma flor e uma carta na mão, estava tão triste que a amassou a carta e a flor e jogou dentro de uma lata de lixo. Ele subiu na moto e saiu em alta velocidade. Eu tentei gritar mas não adiantou. Já era tarde!
Eu volto para a lata de lixo e pego a flor e a carta amassada e ponho dentro da bolsa. O Miguel aparece e eu pergunto porque ele tinha feito aquilo, e ele simplesmente responde que deu vontade de me beijar, e eu falei que era mentira, que ele sabia que o Caleb estava chegando por isso ele tinha feito aquilo. Então ele me pede desculpas e diz que fez sem pensar... Eu fico furiosa com ele e peço para ele nunca mais repetir aquilo.
Eu fui atrás do Caleb para me explicar e então o Miguel segurou meu braço e diz que me daria uma carona, mas eu peço para que ele me solte, que eu não queria sua carona pois iria de ônibus. Eu vou embora e o Miguel fica na escola, eu subo no ônibus, sento no banco e lembro da carta que o Caleb tinha amassada dentro da minha bolsa, então desamasso e nela estava escrita:

" Me perdoa, eu não queria te fazer machucar meu amor! Eu não sabia o que eu estava fazendo, eu coloquei você nos meus planos e te apresentei ao meu mundo e você quis fazer parte dele sem nem pensar duas vezes.
Quando eu estou triste é você que faz de tudo para me fazer sorrir, você me fez acreditar que para sempre eu vou te amar. Eu quero ficar com você eternamente ao meu lado, você é perfeita para mim com seu jeito todo especial de ser.
Eu sei que eu não sou muito fácil de lidar, mas com você sempre me ajudando eu posso ser bem melhor do que isso. Por isso eu te peço, Não desista de mim assim tão fácil, eu prometo te amar por toda minha vida, eu vou estar aqui para te proteger até quando seu coração parar de bater...

Eu te amo!" 🐾

Eu chorei lendo essa carta. Eu peguei a flor amassada e coloquei dentro do meu caderno.

Continua...

Ódio Mortal - O inícioOnde histórias criam vida. Descubra agora