Estava quase tudo pronto, só faltava terminar de arrumar minha última mala, finalmente estava indo pra faculdade e eu estou tão feliz, claro que estou nervosa por mudar de estado assim, ir pra Minas gerais morar em Belo Horizonte um lugar no qual não tenho família, mas pelo menos conheço Max, que também vai pra mesma faculdade e vou morar com ele.
— Pegou tudo? — Minha mãe aparece na porta do meu quarto, ela é a que mais está sofrendo com a minha mudança, afinal sempre foi só eu e ela, e de repente eu digo que vou morar com um amigo em outro estado.
— Sim, mas não vou levar muita coisa — fecho minha mala e a colocou no chão — vou ficar lá por 5 anos né.
— É... Não esquece de me ligar todos os dias Maia.
— Eu sei mãe — a abraço e dou um beijo na sua bochecha.
— O táxi já chegou! — meu primo grita do andar de baixo.
— Já estou indo! — Grito de volta e pego minhas coisas.
Saio da casa e me despeço da minha mãe e primo, que vai passar um tempo com a minha mãe, entro no táxi e pego meu celular, já mandando um áudio para o Max:
— Max Carvalho dos Santos, acabei de entrar no táxi e estou indo pro aeroporto, se você não for me buscar vou te matar!
Solto o áudio e espero ele responder, o que não demorou muito, adoro quando ele me respondia rápido.
— Já sei, vou estar lá Maia Silva! Acha que vou perder a oportunidade de ouvir sua voz pessoalmente? Nunca!
Rio sozinha e mando um emoji, encosto minha cabeça no vidro do carro, Max sempre disse que achava meu sotaque de paulista bonito, pra falar a verdade qualquer palavra que eu fale com "R" ele acha bonito, mas não sei onde ele vê esse sotaque.
Chego no aeroporto e espero meu vôo, o que demorou um tempo até chamaram, fiz amizade até com uma velhinha super simpática que estava do meu lado. Depois de um tempo me chamaram meu voo, entro no avião e fico olhando pela janela, quando ele levantou orei para que ele não caísse, depois de um alguns segundo relaxei e fiquei olhando pela janela:
— Bonita a vista né? — um cara que estava sentado do meu lado puxa assunto.
— É, é muita a vista — Digo olhando pra ele e sorrindo.
— Sou Davi — Ele estende a mão mostrando o folheto da faculdade, igual ao que eu segurava — Estou vendo que vai fazer a mesma faculdade que eu.
— Maia, e é o que parece — rio monstrando o folheto
— Vai fazer qual curso?
— Arqueologia, e você?
— Psicologia, mas estou no segundo ano.
— Então você é de Belo Horizonte?
— Sim, passei uns dias em São Paulo na casa de amigo, ao que parece você não é de lá — Ele da um sorriso simpático — Espero que goste da minha cidade.
— Tenho certeza que vou.
Continuo conversando com Davi, até o avião pousar e perder ele de vista no aeroporto, pego minhas malas e tento ligar pro Max que não atendia, bateu um desespero por ele não ter chegado ainda, tento ligar pra ele e cai na caixa de mensagem.
—Eu vou te matar seu desgraçado…
— Vai matar quem? — me viro e dou de cara com Max que estava com seu irmão Elias — Olá Maia.
— Max! — pulo no seu colo quase o derrubando — Seu viado achei que tinha esquecido.
— Que ele vai morar com alguém tão gata como você? Vai nessa Maia — Elias diz então saio do colo do Max e o comprimento com um beijo na bochecha.
— Cala boca Elias, e Maia só trouxe só duas malas? Você sabe que vai ficar 5 anos aqui.
— Eu sei, mas obviamente meu comprar roupas durante esse tempo Max.
— Você é muito burro cara — Elías diz rindo e eu o acompanho
— A cala a boca e me ajuda seu inútil.
— Nossa como vocês se amam — Digo rindo.
Os dois pegam minhas coisas e vamos pro carro do Max, fiquei com medo quando ele disse que iria dirigir, mas eu tinha que ir pra casa de um jeito então coloquei o cinto e me encolhi no banco de trás. Ao chegar em casa Elias nem subiu pro apartamento, deixou as malas e foi pra casa dele.
— Certo vamos as regras da casa — Max diz colocando minha mala no meio da sala.
— Temos regras aqui? — Rio olhando para a casa, ela tinha um sofá de três lugares preto, duas poltronas vermelhas, uma estante e uma televisão, a cozinha era americana e ao que percebi era bem equipada, tinha um pequeno corredor onde provavelmente levava para os quartos.
— Engraçadinha, vamos montar as regras agora — Ela senta no sofá pega um caderno que já estava lá — você tem alguma?
— Sem festas, ou garotas aqui — digo e ele ri escrevendo tudo que eu disse.
— Certo, ainda bem que não gosto de trazer nenhuma garota pra cá, bem um cozinha e outro limpa, o resto dividimos na hora.
— Por mim tudo bem.
— O banheiro fica dividido da seguinte forma, o primeiro que chegar usa e nada de ficar batendo na porta.
— Ao menos que você esteja atrasado e a pessoa esteja a mais de 30 minutos dentro do banheiro.
— Eu vou andar de Samba canção pela casa e não quero reclamação.
— Então espero que não se importa se eu andar de Baby Doll pela casa.
— Não vejo problema — Ele sorri travesso.
— Safado!
— Não disse nada, enfim quero privacidade no meu quarto ou seja não entre no meu quarto.
— Tá.
— O resto vamos resolver de acordo com a convivência, agora vou te mostrar seu quarto.
— Certo, estou louca pra deitar.
— Bom não tem muita coisa no quarto.
— Não importa, quando arrumar um emprego compro as coisas que precisa.
Max da de ombros e abre a porta do quarto, ele era todo branco, tinha uma cama de casal de ferro, um criado mudo e um guarda roupa antigo e uma sapateira, em cima da cama tem uma janela de vidro, o piso era preto e branco, era simples porém perfeito.
— Esse é seu quarto, o guarda roupa era da minha avó, relaxa não tem nenhuma barata ou algo do tipo, se eu fosse você colocava uma cortina ali o quanto antes, já que o sol vai bater nela assim que nascer.
— Bom é perfeito! Só tem um probleminha...
— O que?
— me arruma um lençol e um travesseiro? Pode ser uma almofada também... Vou comprar essas coisas amanhã sabe.
— Tá, vou pegar.
Max sai do quarto, coloco minhas malas no canto perto da cama, me sento na mesma e fico balançando os pés olhando para os mesmos enquanto cantava baixo a música Pai e filhos do Legião Urbana
— Sua voz fica mais linda ainda cantando — Max estava na porta encostado na parede.
— Que susto Max.
— Se acostume, eu sempre vou surgir do nada, agora toma aí! — ele joga um lençol e um travesseiro em mim — Boa noite Maia!
— Desgraçado! Não esquece vai comigo amanhã comprar as coisas! — Digo indo até a porta do meu quarto, mas Max já tinha entrado no seu quarto e fecha a porta.
— Tá, agora boa noite!
Sorrio e fecho a porta, tiro meus sapatos e só me jogo na cama, me cobrindo e abraçando o travesseiro.
— Preciso comprar uma pelúcia... Ou um travesseiro extra.
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Amizade colorida
DiversosMaia é uma menina de 18 anos, vai cursar Arqueologia, porém ganhou uma bolsa em uma faculdade em minas gerais, o que ela vai fazer? Sempre morou em São Paulo e nunca saiu daqui, a única pessoa que ela conhece em minas é seu amigo Max, eles se conhec...