Depois das aulas fui pra biblioteca, o lugar não estava tão cheio, por ser o último prédio do campus e geralmente os alunos vão para as outras. Estava sentada na minha mesa lendo um livro de um arqueólogo brasileiro que gostava muito André Prous - Arqueologia Brasileira, tinha ganhado esse livro da minha mãe, e gosto muito dele então já li ele umas 5 vezes:
— Olá, vim devolver um livro — Olho pra cima de vejo Davi, ele da um largo sorriso então sorrio de volta — Como está Maia?
— Olá Davi, estou ótima e você? — pego o livro da sua mão — Já leu? Você pegou ele tem... 7 dias!
— Estou ótimo, e bom já fiz o trabalho então não tinha porque ficar 15 dias com o livro, talvez alguém queira ele — Ele diz olhando pro meu livro que estava fechado sobre e mesa — Arqueologia Brasileira... Gosta desse escritor?
— André Prous? Uhum — arrumo meus óculos e começo a digitar no computador — Prontinho Davi, já dei baixa e você não tem nenhum livro em atraso, parabéns!
— Obrigado, mas vou pegar alguns livros esses aqui — ele da um lista que continha o nome de 5 livros, puxo pelo computador e vou até às prateleiras dos livros — Vai fazer o que hoje? Depois que sair da biblioteca?
— Eu? Bom, pretendo tomar um banho quente e dormir — digo pegando o primeiro livro — Por que?
— Você já conheceu a cidade? — ele pergunta e pego mais dois livros.
— Não tive tempo, conheço o Shopping BH uma academia... — Coro um pouco, ando até a próxima prateleira e pego os últimos livros — e uma lanchonete no qual não lembro o nome.
— Tá afim de dar uma volta pela cidade? — Olho pra ele e arqueio a sobrancelha, ele levanta as duas mão na altura do peito fazendo um sinal de "Calma" e fica vermelho — Como amigos eu juro! Posso levar minha amiga também, caso se sinta desconfortável.
— Não sei — volto pra minha mesa — Tenho que estudar...
— Amanhã é sábado, em uma praça vai ter um show gratuito podemos ir, domingo você pode estudar — Ele diz e me entrega seu cartão da biblioteca — O que me diz senhorita Maia?
— Certo, que horas? — digo e ele sorri de lado — As 19:00 passo na sua casa... Onde você mora mesmo?
— Calma ai — anoto meu endereço em um papel e entrego pra ele junto com os livros — 30 dias para a devolução dos livros senhor Davi e não aceitamos atrasos.
— Não vou atrasar senhorita Maia, agora com a sua licença.
Ele pisca o que me fez rir, ele sai da biblioteca e volto a ler o livro, as 21:00 fechei a biblioteca, estava saindo do prédio quando Max aperta minha cintura, tomei um surto e dei um grito, assim que vejo que é ele respiro fundo e dou 3 tapas no seu ombro:
— Quer me matar do coração?! — digo colocando a mão no peito.
— Desculpa, não sabia que ia se assustar tanto assim — ele diz rindo e passa o braço envolta do meu pescoço — Vamos pra casa?
— estava me esperando? Ou tava pegando alguma garota por aí? — sorrio de lado e ele balança a cabeça negativamente.
— Não estava pegando ninguém, estava assistindo umas palestra do meu professor, isso ajuda bastante na aula dele apesar de eu odiar isso — ele da de ombros e começamos a caminhar em direção ao estacionamento — como foi o trabalho hoje?
— Calmo, poucas pessoas frequenta esse prédio, então fico de boa — digo encostando a cabeça no seu ombro.
— Espera até chegar a época das provas ou dos trabalhos, dizem que as bibliotecas lota — Max aperta o botão do alarme do carro e entramos — Tá afim de assistir um filme hoje?
— Não, tô louca pra deitar de dormir — digo colocando o cinto e ele liga o carro — Como está seu curso?
— Cansativo, e olha que não chegou a parte pesada.
— Credo Max, força, foco e fé — digo e ele ri.
— Amanhã vai ter um show em uma praça, tá afim de ir comigo?
— Eu adoraria, mas outra pessoa me chamou Max... Desculpa.
— Sem problemas, mas você vai com quem?
— Davi, o filho da diretora — Max olha pra mim e sorri de lado — Vamos como amigos Max! Só isso.
— Sabemos muito bem que não é só isso, mas vamos ver no que dá.
— Em nada, porque não vou ficar com ninguém Max.
— Tá traumatizada? Por ter sido traída
— Cala a boca Max.
Chegamos no prédio e o porteiro disse que tem uma entrega pra mim, era um buquê grande de rosas vermelhas tinha um cartão, mas decidi ler em casa. Agradeço o porteiro e subo com o Max, que estava meio perdido nos seus pensamentos então não quis atrapalhar, entro no apartamento e coloco o buquê em um vaso com água, então leio o cartão.
"Lembrei que você sempre gostou de flores, quando vi essas hoje lembrei de você na hora, quero conversar com você...
Para sempre seu David"— Então é do Davi? Parece que ele não perdeu tempo — Max diz rindo e morde uma maçã — Que foi? Que cara é essa?
— Não é do Davi... — Digo sentando no sofá.
— Caramba Maia, você anda destruido corações...
— Max é sério! Isso é do Davi, ele tá aqui em BH... E ele sabe onde estou morando!
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Amizade colorida
CasualeMaia é uma menina de 18 anos, vai cursar Arqueologia, porém ganhou uma bolsa em uma faculdade em minas gerais, o que ela vai fazer? Sempre morou em São Paulo e nunca saiu daqui, a única pessoa que ela conhece em minas é seu amigo Max, eles se conhec...