Dedico aos:

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Finados, mortos
aos que bateram
as botas
aos que foram
para um lugar
melhor,
aos que se juntaram
ao Pai,
aos falecidos
pelo dor da saudade,
que sentem
(ou não)
vontade de viver
de novo.

Aos vivos que
inspiram os
mortos,
inspiram a vida,
inspiram o ver.

Aos que mesmo
embaixo da tenra
terra lavrada de
lágrimas, fazem
brotar flores,
murchando e
-Trazendo
mais
-Vida!

Dedico-me
essa prosa
prosaica,
arcada em
tristeza pela
melancolia
das mentes
que um dia
pertenceram
a quem morre.

Mas principalmente
a você.
Que desfruta
dessa precoce oração
areada pela chama
ardente da vela
homenageada ao
-Finado mãe dos acudas!
E lembra-te-nos dele,
deles, delas, dela.

Mas não se esqueça
de um dia esquecer
mesmo que por um breve
(e precário segundo)
que mesmo quem morre,
ainda vive,
dentro de tu,
de nós,
de mim,
e dela.

Obrigado oh
queridos
-Se foi!

O Farfalhar das CortinasOnde histórias criam vida. Descubra agora