TRÊS

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Dias, horas, minutos, segundos. O tempo parecia se arrastar quando não estávamos juntos. Eu ocupava meus dias com a faculdade e o Heitor com seu trabalho. Para matar essa saudade urgente, vivíamos nos falando. Heitor me mandava mensagem a cada cinco minutos, querendo saber como eu estava, se já havia comido, como foi a aula...

Eu nunca havia sido tão amada assim. Sabe o que é ter alguém que se preocupa com você acima de qualquer coisa? Esse era o tipo de amor que Heitor nutria por mim.

— Amélia, Amélia... — reconheci a dona daquela voz. Professora Socorro, eu havia esquecido completamente da sua aula, conversando com o Heitor por mensagem.

— Sim, professora. — Respondi envergonhada.

— Creio que você já domina o conteúdo suficientemente, que tal vim até aqui explicar aos seus colegas sobre a análise SWOT? — a professora me encarava furiosamente. Ela detestava ser interrompida durante a aula com conversas paralelas, mas odiava ainda mais quando os alunos se perdiam em seus celulares a ponto de esquecer da aula.

— Desculpa professora, isso não irá mais acontecer — Desliguei o celular e joguei na bolsa, ruborizada.

— Assim espero — respondeu ríspida — alguém mais quer interromper? — indagou antes de voltar às explicações.

Constrangida, passei o resto do tempo que durou a aula olhando para frente. Agora, eu tentaria me policiar quanto ao celular na sala de aula

***

Já era início da noite quando minha última aula foi finalizada. As pessoas caminhavam apressadamente dentro do campus, pareciam querer sair o quanto antes das dependências da universidade. Entre esbarroes e passos apressados, eu seguia junto a alguns colegas de classe. Combinávamos um trabalho em grupo que deveria ser feito no próximo fim de semana.

— Amélia, pode ser na sua casa, dessa vez? — perguntou Geane.

— Eu preciso falar com a minha tia, você sabe que moro com ela...

— Pode ser na minha casa, que tal? Meus pais estarão em casa no sábado, mas é tranquilo — disse Ana.

— Meu apê 'tá livre, aceitem. Já que é o que tenho a oferecer ao grupo — sorriu, Fábio. Ele havia sido transferido esse semestre e Ana insistiu que ele entrasse no nosso grupo.

— Se rolar piscina no fim, fechou — respondeu Adriano.

— Então fechou! — Fábio respondeu sorrindo.

— Nossa! Quem é aquele deus grego ali?! — Ana apontou para a frente. Olhei para onde ela apontava e vi Heitor, o meu deus grego. Ele me notou e se moveu apressado em minha direção.

— Estava morrendo de saudades — disse, me levantando do chão com um abraço apertado.

— Eu tamb... — Não consegui concluir, pois sua língua invadiu minha boca em um beijo desesperado e urgente.

É para o meu próprio bem - DEGUSTAÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora