XXXIII

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Narrador Point Of View

Ali naquela casa de praia, Lauren e Camila se amaram a noite inteira, as declarações de amor que foram feitas ao decorrer da noite aquecia o coração de ambas, era amor e por um momento elas amaram a sensação de amar. Por um momento.

Por um momento tudo estava perfeito, elas tinham uma a outra e isso era o que importava, mas importava por quanto tempo?

Por quanto tempo tudo permaneceria às mil maravilhas?

A resposta não é muito boa.

Os dias se passaram rápido demais, Camila estava indo para o hospital para ver o que os médicos diriam sobre seu braço, se já estava na hora de tirar o gesso. E céus! Ela queria tanto que o braço ainda estivesse machucado, apenas para prolongar sua estadia em Miami, ou melhor, no coração de sua Lauren.

Se alguém em algum momento disser que nem tudo na vida são flores, acredite, acredite mesmo.

Nem tudo eram flores e o braço de Camila estava curado, mas até aí tudo ainda estava bem.

Mas Alejandro acabou sabendo que sua filha estava namorando com Lauren e ele nunca aceitou que ela fosse lésbica, não verdadeiramente.

Pai e filha discutiram, Camila estava nervosa e gritava, ele não podia fazer aquilo, iria estragar tudo, de novo.

Sinu estava em um canto daquele quarto de hotel, ela adorava o fato de sua filha encontrar alguém que lhe fizesse bem de verdade, mas não queria entrar naquela discussão porque sabia que iria apoiar a filha e acabar irritando Alejandro.

Os gritos roucos foram substituídos por um choro baixo, a latina se encolheu nos braços da mãe.

Alejandro havia mandado a filha do México no intuito de salva-la, agora ele estava levando embora e destruindo tudo de bom que ela estava conquistando.

O prazo de uma semana havia sido estipulado para Camila fazer todas as suas malas e se despedir, uma semana! Mas ela não queria se despedir porque despedidas sempre doíam demais e Camila não aguentava mais sofrer, ela queria ser feliz, mas como ela seria feliz sem seu sol? Sem sua salvação? Sem sua Lauren? Como?

Naquele momento a latina percebeu que odiava o destino, odiava por ele ser um filho da puta  e a ter feito amar alguém de outro país. Por Lauren não podia apenas ser mexicana ou ela americana?

Camila não queria despedidas, Alejandro menos ainda.

Seria difícil se despedir dos amigos que ela fizera em Miami, mas seria doloroso se despedir do amor da sua vida.

Mas ela tinha que fazer isso, certo?

Talvez...

-

Era uma segunda-feira quente, o sol não dava trégua um minuto sequer, algumas pessoas descansavam em sombras de árvores, essa era uma parte realmente boa em Miami, o local era repleto de árvores e praças.

Lauren e Camila estavam deitadas no chão gramado do campo que Vero levara Lauren outro dia.

As garotas discutiam para decidir como seria o nome do primeiro filho que elas teriam. Camila queria Cameron ou Louise, Lauren, Louis ou Dylan.

- Mas eu que vou carregar o bebê por nove meses, eu decido! - Camila falou convicta.

- Nada disso, Cabello! Eu que vou ter que aturar seu mau humor. - Exclamou Lauren.

A latina virou o corpo ficando de lado e aproximando do pescoço da outra e enchendo de beijos.

A medida que a lentidão entre um beijo e outro acontecia Lauren mordia o lábio, ela definitivamente adorava ter a boca da garota contra sua pele.

The Daughter Of The Reverend - G!P 1ª TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora