Garota de volta a Nova Orleans

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Davina

Não é nada fácil se adaptar a lugares novos, ainda mais quando se é uma bruxa. 1 ano atras eu tive que me acostumar a morar em Nova Iorque.
Os Mikaelson's voltaram para a cidade e minha mãe me obrigou ir com ela para outra cidade, pois ela não queria que eu ficasse no meio da família original.
Acontece, que a algumas semanas atras as bruxas do quartel francês se comunicaram com minha mãe, e queriam ela de volta à cidade. Então, eu me ofereci para vir no lugar dela, até porque ela nunca gostou muito de Nova Orleans, e parecia bem mais feliz em Nova Iorque. Não queria que ela perdesse essa felicidade.
Não sei por qual motivo as bruxas me querem aqui, mas espero que seja algo importante, até porque eu não queria voltar... eu me acostumei a Nova Iorque, e pela primeira vez eu estava tendo uma vida normal, sem vampiros, bruxas, e sem toda a loucura que é Nova Orleans.

Logo podia ver a placa "Bem vindo a Nova Orleans". Confesso que me bateu uma nostalgia muito boa. Eu havia crescido naquela cidade, e eu amava tudo aquilo, o jazz, a arte, as festas... mas acredito que dessa vez não irá ser só diversão.

O táxi para em frente à casa de Marcel. Eu não podia deixar de vê-lo. Quando eu vivi aqui, Marcel era como um pai para mim, ele já nos ajudou bastante.

— Espere aqui, não vou demorar... - Disse e sai do táxi. Entrei na casa de Marcel, tinha que admitir, não tinha mudado quase nada. Assim que o vi, abri um sorriso e não demorou muito para ele me ver.

— Davina? - Ele disse assim que me viu e sorriu. Fui até ele e o abracei, logo o mesmo retribuiu meu abraço.

— Marcel... estava com saudades. - Eu disse ao me afastar.

— Também estava. - Disse sorrindo. — Por mais que eu esteja feliz em te ver... por que voltou? O que aconteceu?

— As bruxas do quartel francês... achei que soubesse... - Que estranho, pensei até que ele tinha algo haver com o fato das bruxas quererem que voltássemos para a cidade. — Elas queriam que minha mãe voltasse, então eu vim em seu lugar.

— Não fiquei sabendo de nada... - Ele parecia preocupado. — Mas estou muito feliz que tenha voltado. Me conte... como foi se mudar?

— Foi uma experiência boa... e estranha no começo... mas eu até que estava gostando.

— Eu disse que gostaria. - Quando minha mãe disse que iríamos nos mudar eu odiei a ideia, mas Marcel disse que eu poderia gostar, até porque eu sempre quis ter uma vida normal.

— Estava certo. — Sorrio. — Adoraria ficar conversando com você... mas eu tenho que ir, vou passar em casa e depois tenho que conversar com algumas bruxas.

— Tenha cuidado, Davina.

— Terei. Até mais, Marcel.

Sai dali e entrei no táxi, ele me deixou na porta da minha antiga casa. Peguei minhas malas e entrei. Fiquei olhando as coisas por um tempo e depois subi as escadas e fui para meu antigo quarto. As coisas não tinham mudado nada, estava tudo arrumado do jeito que eu e minha mãe havíamos deixado.

Desfiz minhas malas e coloquei as roupas no closet. Entrei no banheiro e tomei um banho demorado.
Sai e coloquei uma calça jeans escura e uma regata roxa, peguei uma jaqueta jeans e vesti. Calcei uma bota de salto e cano curto e peguei meu celular.

Desci as escadas e sai de casa. As bruxas queriam me dar as boas vindas. Eu não estava afim de conversar com elas, mas era minha "obrigação", então fui até o cemitério, que era o lugar onde elas se reuniam.
Entrei no cemitério e logo veio uma mulher que aparentava uns 25 anos até mim.

— Davina... - Ela disse ao se aproximar. Parecia que ela me conhecia, mas pra falar a verdade eu não me lembrava dela. — Não está lembrada de mim?

— Na verdade, não...

— Sou Cecília, uma antiga amiga de sua mãe. - Ela disse sorrindo. — Venha, estávamos te esperando. - Ela foi andando e eu a segui. Fomos até umas 10 mulheres que estavam conversando. — Podemos começar. - Cecília disse a uma outra mulher, que ficava no centro fazendo todos olharem pra ela.

— A anos bruxas, vampiros e lobisomens vivem em guerra, disputando poder e controle pela cidade. A alguns dias atrás Elijah Mikaelson veio falar comigo, parece que a família Mikaelson quer uma trégua... assim como os lobisomens. E resolvemos aceitar... - Espera, depois de anos de luta elas resolveram aceitar uma trégua do nada? Isso estava muito estanho. — Espero que todas você cooperem com isso... - Ela olhou para todas as bruxas que estava lá e depois parou seu olhar sobre mim. — Chamamos cada membro de famílias de bruxas poderosas que já viveram em Nova Orleans aqui, porque amanhã haverá uma festa no complexo dos Mikaelson, para encerrarmos as nossas diferenças e vivermos em paz, e precisaremos de vocês lá. Obrigada pela atenção garotas, podem se retirar. - Cecília foi falar com essa mulher a qual eu não sabia o nome. E eu sai do cemitério.
Poderia ser paranoia, mas eu não acreditei em uma palavra do que aquela mulher disse, tenho certeza que ela estava escondendo algo.

Sinto alguém atras de mim, me viro e não vejo ninguém. Me viro e continuo andando. Logo sou puxada por alguém. Já ia quebrar seu pescoço com minha magia até ver quem é...

— Josh? - Sorrio.

— Marcel me contou que havia voltado. - Ele sorriu e me abraçou, logo retribui seu abraço e sorri.

— Sim, e não precisava ficar me seguindo. - Rio.

— Mas eu não te segui...

— Não?... - Se não era o Josh, quem era? — Ah, esquece isso. Estou feliz em te ver.

— Eu também. O que deu em Mary Claire por te deixar voltar a cidade? - Ele disse rindo.

— Assunto com bruxas. Eu também estranhei...

— Achei que não te veria mais...

— Eu também achei... mas olha, eu estou aqui. - Josh era meu melhor amigo quando morei aqui, como um irmão, fiquei muito triste em ter que deixá-lo.

— Eu percebi. Mas então, quer ir no Rousseau's?

— Claro, estou mesmo morrendo de fome. - Rio. — Mas não posso demorar, à noite eu tenho uma festa para ir. - Reviro os olhos. Não estava nem um pouco animada para uma festa.

Girl Back to New Orleans [1]Onde histórias criam vida. Descubra agora