Declaro URPHK oficialmente fora do hiatus e se der tudo certo, não entra de novo até o último capítulo
ESTIMO 33 capítulos e término até janeiro, sendo dois dias INCERTOS de postagem
xoxo 🌸
- Provavelmente ele a odeia.
Hermione deu de ombros.
- Não me importo.
Aquilo acabava sendo verdade já que Isaac não dava a mínima para o que os outros pensavam a seu respeito. E tampouco ligava se estavam preocupadas com o fato de ele não gostar de nenhuma dessas pessoas.
Isaac não dava a mínima.
Jane piscou.
- Imaginei que vocês estivessem bem - falou.
Hermione quase cuspiu a bebida - uma soda sem graça que estava aberta há quarenta minutos e praticamente sem gás.
- Bem? E tem algum jeito de estar bem com um homem daquele? - indagou ela, surpresa.
A outra suspirou. E bebericou sua água.
- Sir Newton é um homem de gênio difícil.
- Extremamente difícil.
- Porém - Jane pigarreou - ele possui uma grande inteligência.
Hermione evitou olhá-la quando resmungou:
- Como se isso contasse para alguma coisa.
As duas permaneceram em silêncio assim que o assunto Newton acabou. De canto de olho, Hermie conseguia ver Jane abrindo e fechando a boca várias vezes como se quisesse dizer algo, mas parecia opor-se à ideia ao mesmo tempo em que a considerava plausível.
E, então:
- A senhorita gosta do Sir Newton? - Jane pronunciou aquela palavra com tanta ênfase que os ombros de Hermione se encolheram. - Peço que seja sincera, srta. King.
Ora, Hermione sempre fora sincera. O problema era que Sir Newton encontrava-se em algum lugar do pub e conseguiria escutar muito bem a conversa entre elas se quisesse. E ele queria. Her o conhecia o suficiente para saber que ele usaria a fala dela contra ela em um momento onde a vitória dele fosse iminente.
No caso, em uma discussão.
Dentre as outras milhares que eles tinham por dia.
Ela revirou os olhos na direção da soda, percebendo o quão estúpido as brigas pareciam. E acabavam sendo. Só que ele era um competidor nato, beirando a compulsão, onde não havia um diálogo de pessoas normais sem resmungos, questionamentos sem sentido, zombarias e sarcasmo. Claro. Talvez não transparecesse na voz, mas não precisava quando já estava tão em evidência nos olhos, no sorriso e na expressão dele. Hermione explodia de fúria ao fim de cada discussão assim que Isaac começava a rodeá-la dizendo que sempre ganharia e que não havia a mínima chance de perder para um câncer. Normalmente as pessoas desmoronariam ao ouvir os horrores ditos por Isaac sem pensar a respeito e sem se importar. Se estivessem no lugar de Hermione, passariam o dia enroladas em uma bola no centro da cama, sentindo pena delas mesmas.
Hermione se recusava a ser assim.
De certa forma, pensava em morrer com o resquício de dignidade que havia lhe restado. Não parecia tão ruim; logo não fazia sentido chorar por algo que não iria mudar. Cada movimento feito por ela exigia uma base de pensamento: a razão, a ação e a consequência. Se houvesse uma consequência, independente de ser algo bom ou não, ela realizaria o que tinha em mente. Caso contrário, descartaria a ideia. E tudo isso facilitava seu resto de vida.
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UM RÉQUIEM PARA HERMIONE KING
Romance"Pôquer às dez" Início*: 10/2016 Previsão de término: 02/2019 Dias de postagem: domingo e quarta [INCERTO] Uma física e escritora australiana se muda para Edimburgo, a fim de estar em paz em seus últimos dias: Hermione King tem câncer renal metastát...