Royals [Twice ¤ SaiDa]

CHAPTER 1

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Vossa alteza, princesa Sana, estava linda naquele vestido roxo, com seus loiros e longos cabelos soltos. Me pergunto: como alguém conseguiria ser tão bonita?

Por também fazer parte de uma família real, sinto que por enquanto não poderia revelar minha orientação sexual tão cedo. Porém, estava certa de mim mesma do que realmente gostava e queria.

Andava pelo Jardim que havia em frente ao Castelo - que logo seria meu, por tradição hierárquica - ignorando os diversos guardas - ou soldados - que ficavam nos portões.

Se meus pais não cedessem o trono para mim, não me importaria, pois não ligo para essas coisas.

Juro que preferia que cedessem o trono à minha irmã mais velha; Momo.

Eu realmente não ligava.

Talvez eu fosse a pessoa mais humilde de minha família?

Não me importaria se não fosse parte de uma família real. Tendo dinheiro para me sustentar seria o suficiente.

Às vezes, quando meus pais estão ocupados preparando alguma grande festa para juntar outras famílias reais, eu saía escondida para ir a uma cidade próxima -que lá já havia feito algumas amizades- dali para levar comida e alguns bolos de dinheiro para camponeses moradores daquela cidade, com um capuz preto para que obviamente não fosse reconhecida na rua. Aproveitando que meus pais não iriam reparar se eu estava ali ou não.

Meus pais, por serem "ricos" se sentiam na necessidade de comprar coisas caras, que na maioria das vezes eram desnecessárias. Muito desnecessárias.

Eu, como filha mais nova dos dois, talvez tenha sido deixada um pouco de lado para que pudessem dar mais atenção a minha irmã mais velha antes de pensarem em herdar o trono à mim.

Então, era mais próxima e cresci ao lado de minha avó, que me ensinou que dinheiro e poder não era tudo.

Minha avó, que me ajudara a não me tornar alguém egoísta, veio a falecer esses últimos anos, o que pesou muito para mim.

Eu havia mudado para o quarto da mesma, pois me sentia bem. Era como se minha própria avó estivesse ali, me escutando reclamar e agradecer as coisas da vida.

Ela se sentiria orgulhosa de mim agora.

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Talvez uma dessas grandes festas que meus pais se preocupavam e se importavam mais do que com suas próprias filhas, tenha sido útil para alguma coisa.

Me peguei pensando em Sana novamente.

Nesse momento, me encontrava andando perto de algumas árvores que haviam no Jardim, catando uma das flores que a linda natureza nos oferecia.

Uma pequena flor roxa que tinha um gostoso aroma e deixava qualquer um encantado com sua divina beleza.

Ao lembrar de que havia uma roseira logo do lado, com Rosas enormes e fortes com também uma beleza inexplicável.

Lindas, porém, as que me chamavam a atenção mesmo era a pequena orquídea que eu tinha em minhas mãos.

Talvez, essas flores representavam Sana e eu.

Posso ser pequena e frágil, assim como uma orquídea. E Sana era forte e bela com uma rosa.

Talvez a mesma não seja tão nobre pela convivência e família a que crescera. O que representava seus espinhos, mas era linda como uma rosa.