~Capítulo 20~

1.1K 66 49
                                    

Ele trancou a porta atrás de si. Cai em um baque seco no chão. Olhei assustada para ele. Jogou a arma no chão, e segurou meus braços.

- Você tinha que ser só minha! - ele me deu um tapa. Soltei um gemido de dor. - Somente minha! - ele se levantou, e deu um riso sarcástico. Por quê? Fiquei com dúvidas. - Você acha que foi ele que te envenenou? Fui eu! - várias lágrimas escorreram pelo meu rosto.

- M-mas, por que?

- Porque eu vi como ele trocava olhares com você! E... - ele fez uma pausa, segurando meu queixo. - Eu vi as cartas. - Não, não, não!, pensei. - Você está me traindo, America.

- Não! Socorro! - berrei, dando socos, sem sucesso, nele.

- Silêncio. Quanto menos você gritar, mais rápido isso vai ser. - colocou um dedo na minha boca.

- Eu não amo você! Nem sei porquê ainda namoro com você!

Ele me soltou, fazendo eu cair novamente no chão. Olhou para baixo, e vi um leve sorriso se formar em seus lábios.

- Oh... mas, querida... eu quero ao menos algo a mais com você. - um sorriso malicioso se formou. Ele rasgou a frente da minha camisola.

- Não! Não! Não! - gritei desesperadamente por socorro. Ele começou a abrir sua calça.

Um guarda arrombou a porta, apontando a arma para ele.

- Vossa Alteza está presa por tentativa de abuso e assassinato! - o guarda falava com firmeza.

- Eu sou a própria lei! Eu mando nesse país! - ele berrava, enquanto era levado. Outros guardas apareceram, examinando o local.

- A senhorita está bem? - o guarda que prendeu Thomas falou.

- Sim. - respondi, ainda em choque.

- Eu vou levar a senhorita para a ala hospitalar. - ele me levou, me carregando. Ele me deitou em uma maca, e chamou uma enfermeira.

- Não precisava disso. Muito agradecida. E, qual é o seu nome? - perguntei, tentando ver alguma tarjeta de identificação. Seu rosto estava coberto por um capacete.

- Soldado Shannon, a seu dispor. - disse tirando o capacete. Ele tinha cabelo pretos, e olhos cor de mel. Não posso negar, ele era bonito.

- Seu primeiro nome?

- Você é persistente. - levantou uma sobrancelha. - Meu nome é Apsel Shannon, a suas ordens.

- Oh, prazer em conhecê-lo Apsel. Pode me chamar de America.

- Prefiro a formalidade. Isso pode causar problemas.

Ficamos em silêncio, até que a enfermeira voltou, e me levou até a clínica.

- Senhorita America Singer, certo? - uma mulher entrou de jaleco, com vários papéis na mão.

- Certo.

- Precisa fazer alguns exames, para ver se a senhora está bem.

- O.k.

.

Voltei para a Itália, para pegar algumas coisas, antes de partir para Illéa. Entrei no castelo, que ainda continuava o mesmo de sempre.

- America! - Nicoletta me abraçou por trás, daqueles abraços apertados.

- Nicoletta! - retribui.

- Você... está bem? - ela disse com receio, e desfez o abraço.

- Estou, na medida do possível. - dei um sorriso sem humor. - Vim pegar algumas coisas que ficaram aqui. Quero ir embora para Illéa.

- Illéa?

- Sim.

- E... ele? - ela se referiu a Maxon, com certeza.

- Ah, estamos trocando cartas. E tem possibilidade de eu estar gostando dele.

Nicoletta fez uma expressão de surpresa, com um misto de descrença.

- Sério? - ela começou a dar pulinhos. Ah, ela é muito exagerada.

- Sério.

Ela ficou com a boca aberta.

- Por aqui. - ela me apontou o caminho, com se eu não soubesse.

- O.k.

Segui ela até o meu antigo quarto, que, por incrível que pareça, ainda estava intacto. Lembro-me de como fiquei impressionada quando o vi pela primeira vez.

- Nicoletta, poderia me deixar a sós?

- Como quiser. - ela se retirou.

Peguei a mala vazia que tinha trago, e fui atrás das coisas que importavam. Peguei o retrato de May, Gerad e eu, que estava em cima da cômoda.

Abri a gaveta, e vi que a pulseira que Maxon me dera da Nova Ásia. E tinha o bilhete com o número de Celeste. Ri quando lembrei dos momentos bons que passei na Seleção.

Ajuntei as coisas restantes que faltavam, guardei na mala e fui embora. No portão do palácio, Nicoletta se despede.

- Quem sabe até outro dia. - ela me deu um abraço apertado.

- Até.

Entrei no carro para ser levada ao aeroporto. Tinha papel e caneta, no compartimento do automóvel. Escrevi um bilhete para Maxon, avisando ele que iria para Illéa.

Chegamos no aeroporto internacional da Itália. Várias pessoas indo para vários destinos, uns a viagem de negócios, outros a passeio. Foi tirada dos meus devaneios, avisada que entraríamos no avião. Embarcamos, e acabei dormindo.

Pov Maxon

Recebi um bilhete escrito por America.

Maxon,

Queria te avisar que estou indo para Illéa.

Abri um sorriso.

E que também me separei de Thomas. Ele me agrediu e tentou... de mim.

Deixei escapar um palavrão.

Vou pousar no aeroporto de Illéa, amanhã, às 13:30hs.

Tenho que ir.

America.

########################################################

Primeiramente, devo me desculpar. Sem querer acabei publicando o cap incompleto, e o retirei para o terminar. Mas agora ele está aqui, completo.

Agora sobre o cap.

Gente, comassim? Thomas fica muito agressivo, e agride nossa querida Meri! Ah seu...

Esse provalmente (não estou dizendo que sim) pode ser o penúltimo capítulo de "E se". Não sei como terminar corretamente esse livro! ;-;

Mas vou tentar. :)

Votem e comentem!

Milk and Cookies - continuação de Tag, you're it.
(Agora quem está rindo?)

                                              ♥♥♥



E se...Onde histórias criam vida. Descubra agora