O lobo e a rosa

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Era uma incrível aventura para Ninfadora Tonks espiar os marotos. Desde que ainda era uma criança gostava de fazer isso. Lembrava-se de quando sua mãe chamava seu primo Sirius para a casa delas. Até que uma vez ele não veio sozinho. Trouxe três amigos. O primeiro, de óculos e cabelos rebeldes, dava risadas com Sirius o tempo todo e era muito educado com seus pais. O outro, um garoto gordinho e loiro, gentil e parecia gostar muito do grupo que fazia parte. O último... Que garoto, pensava ela. Tinha cabelos castanhos bem claros, quase cor de palha. Ele continha cicatrizes pelo rosto e nos braços. Porém o que mais chamou atenção de Ninfadora foram os olhos e os lábios. A boca era constantemente um sorriso e os olhos cor de mel fizeram uma coisa que nunca havia acontecido antes... Eles percorreram toda a sala e pararam na porta do corredor, onde a menina se escondia, mas eles não demostraram irritação. Ele lhe deu um sorriso e uma piscadinha. Seus cabelos antes constantemente azul-claro se tornaram rosa chiclete e ela sentiu o rosto esquentar.

Outra vez que vira o garoto dos olhos gentis foi em um velório. Ele chorava ao lado dos caixões, gritava que não podia ser verdade, muitas pessoas tentavam acalmá-lo, em vão. Ele parecia desesperado, sem consolo. Isso quebrou o coração da garota, que começou a chorar e seus cabelos se tornaram um tom de castanho triste, todos pensavam que era por causa dos falecidos, não que ela não estivesse triste, gostava muito do casal que fora assassinado. Sem avisar ninguém ela se aproximou do homem e o abraçou. Ele não tentou se desvencilhar, apenas a abraçou de volta, depois de um tempo a afastou um pouco para conseguir olhá-la. "Obrigado" ele sussurrou e deu um sorrisinho, com os olhos vermelhos. Ela se sentiu um pouco melhor.

Depois que entrou na Ordem da Fênix passou a ter outras chances de observar seu maroto favorito. Nas reuniões às vezes se distraía olhando alguns fios de cabelo cair- lhe pelo rosto suprindo um desejo enorme de afastá-los de lá. O que Tonks não sabia era que estava se apaixonando pelo lobinho.

Mas logo ela descobriu isso, e se decepcionou quando ele a dispensou. "Você é uma flor delicada e jovem, enquanto eu sou um lobisomem perigoso e velho". Ela tentou lhe dizer que não se importava nem um pouco, mas não adiantou em nada. Todos tentaram, mas o lobo veiaca não ouviu ninguém.

-Eu já te disse que não me importo! Pare de ser tão teimoso! -ela disse depois do velório de Alvo Dumbledore.

-Você que está sendo teimosa! Ninfadora por quê simplesmente não aceita que isso não vai acontecer! - ele disse friamente. Um tapa cortou a face dele.

-NÃO ME CHAME DE NINFADORA! - berrou ela novamente, lágrimas manchando o rosto aflito da bruxa. Ela não esperou uma resposta do lobisomem e saiu correndo.

Desaparatou até uma praça, num vilarejo bruxo que ela gostava muito. Sentou-se nos degraus da igreja, que havia ali perto, começou a chorar com as mãos no rosto. Percebeu que havia um canteiro de flores rosas ali. Começou a tirar as pétalas de uma flor caída, sentindo como se alguém estivesse fazendo isso com ela mesma. Jogou a flor para longe e afundou a cabeça nos joelhos novamente.

Sentiu que alguém se aproximava, mas não levantou-se, não ligava para nada. Ouviu um barulho de joelhos flexionando-se e finalmente ergueu a cabeça. Se surpreendeu quando viu Remo Lupin em sua frente. Contudo ela não demostrou nenhuma emoção, apenas desviou o olhar. Ele acariciou seu rosto e o virou.

-Tonks. - ele chamou, a moça não atendeu ao seu pedido - Eu te amo.

Ela voltou o olhar para ele rapidamente e Lupin a beijou. Tonks não acreditou no que estava acontecendo, seua cabelos foram se tornando rosa chiclete novamente. Ela segurou o rosto dele e retribuiu o carinho.

-Eu te amo, também!

Para aqueles que amam Remadora!

E se eles voltassem 2-  A decisão final Onde histórias criam vida. Descubra agora