Lílian Surtada Potter

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-Thiago! Ele quer o nosso filho! - lágrimas mancharam o rosto da ruiva, ela percebeu os olhos marejados de Thiago também. Ele a abraçou, forte e desesperadamente.

-Eu sei! M-mas haja o que houver... n-não vou deixar machucarem ele. Não o meu filho. Nosso filho! -ele soluçou.

___________

Ela corria com Harry nos braços pelo corredor de sua casa, jogando caixas e cadeiras para tentar atrasá-lo. Ela tinha que fugir. Não podia deixar Voldemort machucar seu bebê, seu Harry. Ela chegou ao quarto do menino, trancou a porta e colocou várias coisas na frente desta.

-Harry, oh Harry! Mamãe promete que vai te proteger, papai te ama, mamãe te ama!  Vai ficar tudo bem, Harry! Eu juro! - ela chorava, desesperada, beijou a testa do filho. A porta se escancarou e Voldemort apontou a varinha para ela - O Harry não, por favor o Harry não! Eu faço qualquer coisa.

-Afaste-se, garota!

-Por favor, o Harry não! Me leve no lugar dele!

-Estou lhe avisando, menina!

-O Harry não, por favor, o Harry não!

-Avada Kedavra!

-HARRY!

A ruiva se levantou em um pulo, arfou desesperada, e começou a chorar, agarrando-se aos joelhos.

-Lily! - Thiago saiu do banheiro em direção à esposa, preocupado -Amor, o que houve?

Ela continuou a chorar, ele a abraçou forte, ela sentiu o perfume dele, se acalmou um pouco.

-Estou bem! Foi só um pesadelo, com... Voldemort e Harry.

-Não chore, está bem? Eu estou aqui, Harry está aqui!

"Harry está aqui!", isso lembrou Lílian da suposta fuga do filho.

-Thiago? Chame o Harry aqui por favor? Temos que conversar sobre aquilo. - ele adquiriu uma postura séria e saiu da barraca. Lílian se ocupou em pentear os cabelos, se vestir e fazer sua higiene. Logo estava sentada novamente na cama à espera do filho e do marido, que não tardaram a chegar. Logo Harry estava de frente para ela e Thiago.

-Bom dia, mãe! - ela teve uma leve suspeita de que ele sabia o que ela queria.

-O que eu e sua mãe queremos conversar com você, Harry, é sobre uma ideia sua de abandonar a escola.

-O que te faz pensar que vai fazer algo assim?

Harry não respondeu de imediato, parecia medir as palavras em sua mente.

-Eu não estou pensando em fazer, eu vou. Tenho uns assuntos a tratar.

-Harry! - repreendeu-o Thiago - E que tipo de assuntos seriam esses?

-Não posso, é algo em particular.

-Somos seus pais!

-Isso não muda nada, não posso revelar nada sobre a missão. - ele gelou, falara missão. Agora eles teriam uma ideia do que se tratava.

-Missão? Que missão?

-Hm? Não disse nada sobre missão. - ele fingiu de desentendido.

-Harry, seja lá o que você tem que fazer, você não vai! - disse Lílian seriamente.

-É claro que vou! - retrucou ele. Lily o puxou para sentar entre ela e Thiago.

-Não, você está proibido de ir.

-É menor de idade ainda, então sua guarda ainda está conosco, portanto nos deve obediência. - disse Thiago.

Harry olhou da mãe para o pai, suspirou e fechou os olhos, se levantando.

-Sim, só que amanhã serei maior de idade, então não terei que obedecer mais vocês. - disse afiado.

-Harry! Não fale assim com a gente!

-Desculpa. - ele abaixou a cabeça, Lílian o abraçou, um ato que o surpreendeu.

-Harry, por favor não vá, ele pode te achar, te matar. Eu não posso te perder, por favor fale o que você pretende fazer! Para nós irmos com você! Para te proteger!

Harry ficou quieto por um momento, só sentindo Lílian acariciar seus cabelo e o olhar receoso de seu pai sobre ele. Suspirou pesadamente, tomando uma decisão.

-Me perdoe, mamãe, porém isso não vai ser possível. Eu tenho que fazer uma coisa, sozinho. Não se preocupem, eu sei o que estou fazendo.

-Harry...

-Filho...

-Se não se importam, queria não tocar mais nesse assunto. - ele saiu da barraca deixando os pais desapontados para trás.

-Eles sabem. - disse Harry entrando no quarto de Rony, que estava sentado com Mione na cama - Eles sabem, sabem que temos uma missão.

-Eles quem? - perguntou Rony

-Meus pais.

-Você disse à eles. - exclamou Hermione horrorizada.

-Claro que não, só deixei escapar que tinha uma missão. Eles me pressionaram para contar, mas eu não disse nada.

-Eles usaram chantagem emocional, não é? - perguntou Rony, passando as mãos pelos cabelos.

-É, como você sabe?

-Mamãe - esclareceu ele - faz isso comigo quando quer saber de algo importante, típico truque dos pais preocupados.

-Falando nisso, como você espera sair sem eles saberem, Harry?

-Bem, podemos nos hospedar no Largo Grimmauld, uns dias.

-Mas é só questão de tempo até eles irem nos procurar lá. - lembrou-o Rony.

-Exato, decidimos o que queremos fazer e depois saímos de lá para acampar em algum lugar.

-Podemos sair na manhã depois do casamento, bem cedo. - completou Mione, estalando os dedos - Fantástico! Um bom plano! Estou pesquisando muito ultimamente sobre as...

-Shhhhhhhhh! - exclamou Harry exasperado, ele chegou perto dos amigos, baixando a voz - Meus pais e os pais de Rony estão loucos querendo saber os nossos planos, portanto vamos nos referir à elas como "coisas", entendido? - os amigos assentiram, Harry voltou ao seu lugar - Ótimo, não duvido nada que meu pai vai tentar espionar, o mesmo vale para Sirius


E se eles voltassem 2-  A decisão final Onde histórias criam vida. Descubra agora