nineteen

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O despertador ecoou pelo quarto pouco iluminado, Killian se mexeu um pouco e puxou-me para mais perto. Estiquei minha mão para alcançar o celular, desliguei o despertador e me aconcheguei nos braços de Killian, voltando a dormir depois de alguns segundos.

— Acorda, baby. – Killian sussurrava contra minha pele, enquanto deixava delicados beijos em meu pescoço.

Abri meus olhos lentamente enquanto me espreguiçava. Killian saiu de cima de mim e foi colocar sua jaqueta, reparei que já estava vestido, o encarei através do espelho com a sombrancelha arqueada, enquanto sentava-me na cama.

— Bom dia, já está pronto? – ele virou-se e estremeci ao ver suas íris azuladas.

— Tenho que ir trabalhar, estou atrasado. – ele se aproximou dando-me um beijo longo. — Só estava esperando você acordar.

— Bom trabalho, senhor policial. – disse com uma voz maliciosa.

Ele arqueou uma sombrancelha, lançando-me um olhar malicioso. Sorri pra ele e recebi um selinho rápido antes de ver Killian correndo porta afora.

— Te amo! – escutei Killian berrar antes de bater a porta de entrada.

Não importava quantas vezes ele falasse aquilo, eu sempre ficaria arrepiada e com um sorriso bobo no rosto.

[…]

— O que você queria me contar? – perguntei à Milah após sentar-me na cadeira.

— Então, pela sua cara com certeza você já sabe. – disse com um sorriso divertido em seu rosto. — Mas contarei mesmo assim, eu e Killian terminamos.

Eu juro que tentei fazer uma cara de surpresa ou até de tristeza, mas não consegui nem um pouco.
Primeiro; eu já sabia de tudo
Segundo; eu não estava nem um pouco triste. No começo talvez. Mas agora, eu estava extremamente feliz por te-lo em minha vida. 

— Eu diria que você sabe muito bem disso. – eu ri sem graça e ela sorriu. — Eu também poderia dizer que não me abalo em saber que quase três dias depois de termos terminado ele já esta trepando com minha melhor amiga, mas se dissesse que não ligo, estaria mentindo.

— Milah…

— Não, tudo bem… Eu terminei com ele, certo?

— Por que fez aquilo? – ela deu de ombros e bebeu seu refrigerante antes de falar.

— Talvez porque eu seja idiota. Mas se ele não me ama eu não iria querer me casar com ele. Ainda encontrarei um homem que me ame, e talvez que seja mais bonito que ele, quem sabe… – eu concordei dando uma gargalhada.

— Não vou mentir que estou chateada, mas estou feliz por você. – continuou e eu sorri.

— Amigas? – perguntei estendendo a mão.

— Amigas! – concordou pegando minha mão

[…]

A casa estava com as luzes apagadas, olhei o relógio da cozinha e já passavam das oito da noite, deduzi que talvez Killian tivesse ido para casa do irmão ou algo do tipo, já que essa hora, seu turno já tinha acabado. Acabei mudando de ideia ao subir as escadas e ver a luz de meu quarto acesa.

— Oi, Killy… – ao ver Killian no chão e meus poemas antigos ao seu redor, eu simplesmente congelei. — O que vo-voce está fazendo?

— Esses poemas eram inspirados em mim? – ele virou-se para mim com um sorriso brincalhão no rosto com um de meus poemas em sua mão.
Corri até ele e agarrei o papel que ele segurava, ajoelhando-me e guardando os outros dentro da caixa.

— Você não deveria ter mexido nas minhas coisas. – disse com o tom de voz firme e elevado.

— Ei, me desculpe. – ele colocou suas mãos em meu rosto e olhou em meus olhos. — Eu fui pegar o meu casaco que deixei aqui no armário, mas quando puxei o casaco essa caixa estava presa entre as roupas e então caiu, eu vi os papéis e fiquei curioso. Pensei em não ler, mas vi meu nome em uma delas e não resisti. – ele disse com um sorrisinho, deixando um beijo delicado na ponta de meu nariz.

— Eu só não queria que você lesse esses poemas. – murmurei sem o encarar.

— Por que? Não queria que eu soubesse que você me desejava desde aquela época? – provocou. Continuei séria e ele revirou os olhos, me puxando para seu colo. — Para de birra. – repreendeu e eu tentei conter um sorriso

— Não é como se eu fosse te zoar ou te criticar por isso. – eu olhei pra baixo e ele segurou em meu queixo, fazendo-me o encarar. — Eu iria ficar feliz em saber que sou sua inspiração. Eu jamais iria te zoar por isso, bicho preguiça. – Sorri ao escutar o apelido que ele me deu quando éramos amigos. Fazia tantos anos que ele não me chamava assim.

— Lembra de quando eu te chamava assim? – ele perguntou sorrindo e assenti concordando.

— Era por eu sempre estar dormindo, certo cacatua? – ele riu ao me escutar pronunciar o apelido que eu tinha dado a ele.

Killian sempre andava com seu cabelo bagunçado, as vezes ficava igual uma cacatua.

— Agora eu penteio o cabelo. – brincou e eu concordei passando a mão por seus fios escuros.

— E você ainda dorme muito. – comentou cheirando meus fios loiros. Deixei um beijo em seu queixo e ele se separou de mim para poder olhar em meus olhos. 

— Você ainda esta chateada? – sussurrou com seus lábios perto dos meus.

— Não. – respondi do mesmo jeito.

Ele logo me puxou pela nuca, juntando nossos lábios em um beijo lento e molhado, do jeito que eu gostava.


O mar do teu olhar;
Me trás a calmaria.
A delicadeza do teu beijo;
Me trás a felicidade.
O teu sorriso;
Me trás as lembranças,
mais doce de nós dois.

•••

Olá mores! Como vocês estão?

O que acharam do capítulo de hoje? Espero que tenham gostado.

Quarta feira foi meu aniversário, então eu tinha pensando em postar capítulo extra para vocês, mas a minha pessoa acabou esquecendo :3

Realmente espero que estejam gostando da fanfic.

Se tiverem alguma crítica boa ou ruim para me dizerem, só vai.

Beijas na Bundinha e até!

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