fourteen

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Três semanas se passaram e quem não foi conversar com Killian? Exatamente, eu.

Thomas não parava de falar disso.

Ruby colocava até post it na tela do meu computador. Em todos eles estava escrito; "fala logo com ele sua piranha. Te amo."

Rasguei mais um de seus bilhetes amarelos e os joguei no lixo. Peguei meu Ipad e abri a capinha preta que o cobria a tela, e então me deparei com um post it enorme dizendo; "pare de joga-los no lixo, vadia. VAI FALAR COM ELE"

(...)

- Então quer dizer que ainda não foi falar com, Killian? - soltei o ar pesadamente. - Emma...

- Não dá. Eu não consigo...

- É claro que você consegue! Pare de fugir! - ele segurou minha mão e o encarei. Por mais que eu quisesse negar, eu sabia que Thomas estava certo.

- Ele está noivo, Tom.

- E desde quando é proibido dizer os seus sentimentos pra ele? Você só vai falar o que sente, não é como se fosse lá pra transar com ele.

- Tom!

- É o que eu estou dizendo. Não é errado contar a ele sobre seus sentimentos, você não esta fazendo nada demais.

- Eu sei, é só que...

- Você esta insegura, entendo. Mas você precisa falar com ele.

Assenti e decidi mudar de assunto.

- E como vão as coisas com Aidan? - ele se ajeitou no sofá antes de responder.

- Ah, do mesmo jeito. Complicado.

- Ainda estão com problemas por você ser bi? - me levantei e andei até o balcão da cozinha, pegando um copo da água.

- Ele não quer que fiquemos em um relacionamento aberto. - falou um pouco mais alto para que eu o escutasse. - Eu gosto dele, mesmo. Mas não sei se quero algo sério agora. Eu gosto de mulheres também, e não quero ter que me privar a só um gênero. Esse é o bom de ser bixessual. Não quero abrir mão disso. Não agora.

- Vocês são complicados. Muito, complicados. - disse sincera, voltando a me sentar no sofá.

- Eu sei. - ele deu uma grande pausa antes de continuar. - E é por minha vida amorosa estar uma bagunça que quero que você resolva a sua.

(...)

- Emma?

- Oi... - disse timidamente ao ver a expressão confusa de Killian. Já faziam semanas que eu o tinha evitado e sumido de sua casa sem explicações. - Me desculpe por aquele dia. Podemos conversar? - ele assentiu e abriu espaço para eu passar e assim o fiz.

Hoje era seu dia de folga e Milah só voltaria mais tarde do trabalho. Ótimo, teríamos bastante tempo para conversar.

- Primeiro; eu queria pedir desculpas por aquele dia que eu simplesmente fui embora sem te dar explicações. E então eu vim aqui pra conversar com você sobre... nós. - eu fiz uma pequena careta ao pronunciar a palavra "nós", pois não existia nós. E eu não sabia que palavra utilizar para definir a nossa convivência.

- Tudo bem. Milah depois que você foi embora, se trancou no quarto e ficou chorando lá durante um bom tempo. Ela não gosta de brigar com você. - ele sentou - se ao meu lado e eu sorri. Esperamos um segundos e logo eu comecei a falar.

- Qual o motivo por você me odiar?

- Eu não te odeio...

- Okay... Qual o motivo por você não gostar de mim? - repeti a pergunta e ele suspirou.

Back to the past // HIATUS Onde histórias criam vida. Descubra agora