Capítulo 1

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A espera podia ser bem demorada as vezes, e esperar mais, só fazia doer ainda mais. Por que tinha de ser tudo tão demorado? Não podia simplesmente ser mais rápido?

Como reagir, ao ver a pessoa que você ama deitada na cama de um hospital, desacordada a um ano? Sem saber se ela voltará.

Apesar de ainda doer, decidi seguir a vida, não me esquecendo dela. Era difícil lidar com uma vida dessa forma, onde a pessoa que você mais quer ao seu lado, não pode estar com você.

Entrei no hospital onde visitava Soo a um ano. As flores nas minhas mãos pareciam sentir o que eu sentia em meu peito, e isso só tornava tudo mais triste.

Entrei no elevador e apertei o botão indicado do andar em que ficava o quarto onde Soo estava internada. Assim que o elevador parou no andar, sai do mesmo devagar e segui na mesma velocidade até o quarto. Abri a porta com o mesmo ritual que sempre fazia a um ano.

Suspirei e pedi por tudo que Soo estivesse acordada, com um sorriso estampado no rosto, como se nada tivesse acontecido. 
Mas ao abrir a porta, meu coração só se apertou, da mesma forma como acontecia sempre que eu abria essa porta, a exatos um ano, e eu anda sentia a mesma coisa ao ver Soo de olhos fechados, naquela cama.

Entrei devagar e caminhei até a poltrona ao lado da cama. Os aparelhos ligados ao corpo de Soo, indicavam seu pulso fraco, mas seu coração ainda batendo, mesmo que fraco.

Coloquei os lírios em cima do único criado-mudo ao lado da cama e segurei a mão fria de Soo com as minhas. Seu rosto estava pálido, e sereno. Vestia a típica roupa de hospital, esta que era de uma cor rosa bebê, a máscara de oxigênio, impedia de ver o rosto de Soo com mais clareza, e era tão ruim.

Suspirei antes de começar a falar.

-Soo, faz um ano desde que vi seu sorriso, um ano desde que vi seus lindos olhos, um ano desde que senti suas mãos quentes, mesmo em dias frios, faz tanto tempo. -suspirei cansado.-Por quê está demorando tanto para acordar? Será que você escuta quando eu falo? Será que sente o toque de minhas mãos nas suas?-baixei a cabeça. -Soo, por favor, abra os olhos.

Antes que eu pudesse continuar com o meu diálogo, a porta do quarto foi aberta, revelando o médico que parecia ser novo demais para trabalhar ali. Ele sorriu mínimo e se aproximou.

-Precisamos conversar sobre a paciente.-ele se pronunciou, checando os aparelhos e se virando para mim em seguida.

-Ela está bem, Dr.Lee? -perguntei preocupado.

-Ela continua sem mostrar sinais, além das vezes que teve paradas cardíacas. -suspirou.-Mas, Sr.Kim, nós acreditamos que Soo não tornará. -ele disse calmo e eu apenas quis gritar com ele, e dizer que sim, Soo tornaria.

-O que o senhor está querendo dizer? -questionei baixo.

-Nós precisamos ceder o lugar para outra pessoa, Sr.Kim.-ele disse e aquilo foi como uma faca atravessando o meu peito.-Eu preciso de sua autorização, e a do Sr.Min Yoongi para desligar os aparelhos.

-NÃO! -falei alto me levantando.-Escute bem, Dr. Lee, eu juro por tudo, que se você ousar desligar esses aparelhos, eu te processo.

-Sr.Kim, sejamos sensatos. -ele suspirou; parecendo cansado.-Ela não dá sinais.

-Mas ainda respira, seu coração ainda bate, o que significa que ela está viva.-o olhei sério, mas meu peito doía só com a idéia de não te-la mais comigo, mesmo que não visse mais seu sorriso, e seus olhos, eu sabia que em algum momento ela voltaria.

-Sr.Kim..

-Eu não vou assinar droga nenhuma.-o encarei.-E não vou voltar com minha palavra. Se desligar esses aparelhos, eu te meto um processo. Entendeu?

........

Uhhhhhhh

Treta logo assim de primeira?

Me amem!

Bom, até a próxima. ..

Save You♡Namjoon♡》Book 2Onde histórias criam vida. Descubra agora