Capítulo 3

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Enquanto me despedia de meu quarto os auto falantes anunciaram que o embarque estava próximo. Então fui diretamente a central de controle da nave, como previsto lá estava ele, me olhando como se nada tivesse acontecido.

-Adam, gostei do visual novo, roxo lhe caiu bem.

-vai se fuder! Eu sei que mereci, mas você não precisava ter batido com toda aquela força.

-Você me amarrou na porra de uma cadeira e foi fazer exatamente o que disse para NÃO fazer. O que você esperava que eu fizesse? Te agradecesse?

-Olha John, me desculpe cara, você é meu irmão, não fiz por mal, eu só não podia deixar aquilo acontecer, e no final deu tudo certo.

-Graças a Deus deu tudo certo, você é meu irmão mais novo e eu gosto de você, mas não pise na bola de novo.

-Pode deixar!

-A gente embarca em três horas, vá chamar sua filha e se prepare. Você irá comigo na nave pequena.

-Tudo bem, mas e a Sophie?

-Ela irá na nave principal, junto com todas as outras crianças.

Rapidamente vou a antiga biblioteca, onde minha filha costumava passar horas e horas lendo alguns dos velhos livros que conseguimos salvar antes que a terra se destruísse.

-Sophie, ai está você, graças à deus.

-o que aconteceu com você papai? Você está bem?

-estou filha, foi só um machucadinho. Temos que nos preparar! Em algumas horas iremos voltar para a terra!

-Não acredito que vamos pra lá! Eu sempre quis saber como é, li um livro que fala que é possível sentir o calor do sol na pele e que o ar tem um cheiro doce. Vamos papai! Temos que nos apressar. – ela segura minha mão e começa a me puxar em direção a porta.

Durante todo o percursos até a sala de naves Sophie estava sorrindo de uma maneira tão pura que só uma criança poderia. Ela estava feliz, finalmente irá conhecer seu verdadeiro lar.

Chegando lá eu dou um forte abraço nela, olho para seu lindo rostinho por alguns segundos e digo:

-Filha, você terá que ir com essa moça, ela vai te levar pra nave, você vai ir junto com todas as crianças

-Não papai, não me deixe sozinha! – Disse ela com lagrimas começando saindo de seus olhos azuis.

-Não precisa chorar, a gente se verá em poucas horas, e dessa vez em casa!

-Mas papai, deixa eu ir com você, eu estou com muito medo, por favor!

-Desculpe Sophie, mas são as regras. Nunca se esqueça que meu amor por você é infinito vezes infinito!

Finalmente, em casaWhere stories live. Discover now