capítulo 27

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         T.H
Acordei com meu celular tocando. Era o  Tédy.
       Ligação on
Tédy - iae chefia, tudo bem?
T.H - vai sair do hospital? _ disse com voz de sono.
Tédy - sai. chegando na sua casa.
T.H - nossa cara é 7h , puta que pariu,  eu já vou levantar 
Tédy - a porta aberta? ?
T.H - eu vou abrir.
Tédy - tá bom, indo.
T.H - beleza.
      Ligação off
Me levantei já desci a escada abri a porta e subi pro quarto, tomei um banho rapido e vesti qualquer roupa, quando voltei pra sala o Tédy já estava lá sentado no sofá.
Tédy - bom dia
T.H - bom dia, aconteceu alguma coisa.
Tédy - ham,  você tá brigado com o Dylan? ?
T.H - como você sabe? .  E não foi bem uma briga, foi apenas uma discussão.
Tédy - poise, quando eu cheguei no morro falaram pra mim ter cuidado com o Dylan, ele não gostou nenhum pouco de saber que você vai me deixar cuidando do morro.
T.H - ele não tem que gostar de nada, quem manda nessa bagaça sou eu , eu coloco quem eu quiser aonde eu quiser, ele não tem que dar palpite em nada.
Tédy -  nossa. Calma T.H, ele tem suas razões, cara vocês são melhores amigos, aí você me coloca pra cuidar do morro,  se  fosse eu também ficaria com raiva.
T.H - se eu colocasse ele, ele ia querer saber o que eu vou fazer no "Uruguai" . E se eu menti ele vai saber, das outras vezes ele quase descobriu que eu tava na Argentina.
Tédy - cara você tem que acabar com essa mentira
T.H - eu não sei. Você sabe que quando descobrirem, vai ter uma guerra, nossa eu nem quero imaginar.
Tédy -  isso é, cara não dar pra ficar do jeito que tá. Um dia a Gleiz vai querer ir pro "Uruguai" com você, iae? ?
T.H - eu vou conversar com o pessoal de lá. E vamos ver no que isso vai dar.  Mais cara eu tô com medo.
Tédy - eu também, nossa isso aqui vai virar um inferno.
T.H - promete cuidar da Gleiz e da Fran.
Tédy - com a minha vida cara, eu vou fazer o possível eo impossível eu peço pra Deus
T.H - po cara, valeu.
Tédy - promete ficar vivo?
T.H - eu vou fazer o possível e o impossível eu peço pra Deus, né isso? ?
Tédy - é isso aí chefia.
T.H - já tá tudo pronto, só falta arrumar a mala.
Tédy - vai ir amanhã né?
T.H - vou. Toma cuidado, você sabe que a qualquer momento o pessoal pode querer invadi o morro.
Tédy - pode deixar que eu vou tomar cuidado. Eu já vou pra casa vou descansar um pouco.
T.H - tá bom cara _ levei ele até a porta _ a gente se ver mais tarde.
Tédy - beleza, Tchau _ saiu e eu voltei pra dentro. Assim que sentei no sofá a Gleiz desce a escada.
Gleiz - bom dia maninho, que milagre é esse, acordado uma hora dessas.
T.H - bom dia Gleiz, é que o Tédy tava aqui.
Gleiz - nossa faz um bom tempo que eu não vejo ele.
T.H - é que, ele tava resolvendo uns problemas fora do morro.
Gleiz -ata, vamos tomar café,
T.H - vamos!  E depois você  me ajuda a arrumar a mala.
Gleiz - tá bom . _ fomos para a mesa tomamos o café e assim que terminamos subimos para o quarto, peguei a mala e coloquei em cima da cama.
Gleiz - qual é o assunto no Uruguai? ?
T.H - ham, tráfico. _ disse seco.
Gleiz - porque o Uruguai, porque fora do país? ?_ comecemos a colocar as roupas na mala.
T.H - para expandir o negocio.
Gleiz - só isso? ?
T.H - é  , o que mais seria? ?
Gleiz - não sei! . Você sempre me fala tudo. Mais sobre essa viagem você não fala.
T.H - po Gleiz, eu só não quero te meter no meio do tráfico, eu não gosto que você fique por perto desses assuntos.
Gleiz - é só isso mesmo T.H? ?  Sempre que você vai pro Uruguai, você fica estranho, antes de ir e depois que chega fica mais ainda. Porque? ?
T.H - é. . Porque são assuntos pesados, não estamos falando de traficantes e sim de mafiosos.
Gleiz - não sei T.H. _ eu odeio menti pra Gleiz, mas é preciso.
T.H -  não se preocupe, .
Gleiz - é óbvio que eu vou me preocupar, você é minha única família, eu não quero te perder.
T.H - você nunca vai me perder.
Gleiz - é  o J.C me falava a mesma coisa, e  olha o que aconteceu com ele.  T.H eu não pude entrar o meu irmão, não sobrou nada dele _ ela já começou a chorar.
T.H - eu sei _ á abracei forte _. Eu vou me cuidar, eu vou voltar pra você e por você.
Gleiz - promete?
T.H - eu prometo, eu nunca vou te deixar, nunca _ fiquemos ali abraçados até ela se acalmar, a pior coisa do mundo é ver a pessoa que você ama chorar por você , isso acaba com qualquer um, confesso que até pensei em não ir pra Argentina, mais eu não tenho essa escolha.  Terminamos de arrumar a mala e eu resolvi dar uma volta no morro, desci a ladeira olhando tudo e todos me conprimentavam, eu não sei como mais eles gostam de mim , só de saber que se eles soubesse o que eu fiz eles me odiaria , continue andando e vi que tem muitas pessoas que me admiram, mas também tem muitas que tem medo, vi crianças que chegavam e ficava admiradas com as armas e as tatuagens uma menina disse que quando crescer quer ser ingual eu, há se ela soubesse que a vida no tráfico é  esse tormento todo ela não ia querer ser como eu, um muleque chegou e disse que eu era o herói dele, cara ver se pode, eu o herói de uma criança, é  em horas como essas que eu amo ser o dono do morro, ver que as pessoas me admiram  e que  muitas são dependentes de mim, mais tem o lado ruim, quando você tá passando na rua as mãos correm  e pegam seus filhos e se escondem, ser xingado, humilhado, cara isso doi na alma, eu amo esse lugar, só que  eu não queria ser o T.H o dono do morro, eu queria ser apenas um morador, ter minha família, minha vida normal e um emprego comum era só isso que eu queria, nossa eu queria ver meus filhos correndo no morro soltando pipa, jogando bola, se divertindo como uma criança normal.  Mas eu sei que isso tudo é coisa da minha mente, eu sei que se um dia eu tive filhos  eles vão estudar em uma escola particular e eles nunca vão vim aqui no morro e sei que geral aqui não vai saber da existência deles, eu sei que é  perigoso, eu sei que eu não posso sonhar com isso eu sei que tô me iludindo, e isso machuca, e muito.  Continuei andando pelo morro, quando deu 11:40 resolvi  ir pra casa, fui subindo as ladeiras conversando com o pessoal, cara tem muita gente boa nesse morro, quando tava passando perto da casa da Fran vi ela eo Tédy de mãos dadas, cara eu tive um pequeno ataque cardíaco, mais me controlei pois lembrei do que eu disse pro Tédy, eu disse pra ele investir na Fran, fiquei ali parado feito uma estátua, quando ia sair vi ela puxando ele pra dentro da casa, respirei fundo e fui pra casa, quando cheguei a Gleiz tava na sala.
Gleiz - eu já ia te ligar o almoço já tá pronto.
T.H - eu não tô com fome.
Gleiz - eu não te perguntei nada. Você vai almoçar e pronto.
T.H - po Gleiz.
Gleiz - po  nada, você vai colocar ou quer que eu coloque a comida no prato e te der na boca.
T.H - affss.
Gleiz - sem birra, vem logo.
T.H - tu parece aquelas mães chatas.
Gleiz - já tá comendo? ? _ almoçamos e fomos pra sala assistir filme, eu amo essa menina, é  por ela que  eu não desistir, é  por  ela que  eu ainda tô vivo.
Gleiz - T.H promete que vai voltar. ?!
T.H - eu nunca vou te deixar.
Gleiz - eu não quero te perder.
T.H - você nunca vai me perder.
Gleiz - eu te amo.
T.H - po maninha  tu sabe que eu só loco por você, eu olha pra mim _ coloquei a mão no seu queixo e olhei em seusolhos _ eu te  amo tu  é a minha vida _ á abracei forte.
Gleiz -. Não vai.
T.H - olha, eu vou fazer de tudo pra ser o mais rápido possível, eu vou voltar logo, não se preocupe, eu vou ficar bem.
  Ficamos ali conversando e assistindo filme a tarde toda, eu ea Gleiz ficamos abraçados eu amo essa menina, se não fosse ela eu já teria acabado com a minha vida, ela que me dar força pra continuar vivendo.  Quando deu a noite eu tava no meu quarto mô tenso, fiquei andando de um lado pro outro, eu tava pirando, po tô mô bolado, nossa saber quando tu tá com um mal pressentimento, eu tô sentindo que quando eu voltar eu não vou ser o dono do morro, tô sentindo que meu reinado tá preste a acabar, era isso que eu queria, mais eu não vou suportar . Eu tava stressado pra caralho, não tava conseguindo dormir, já desci fui na cozinha comi andei a sala toda voltei pro quarto, e fiquei lá pensando em tantas possibilidade em tantas coisas, nossa eu já tava ficando loco até conseguir dormir.  Acordei com o despertador tocando, levantei nu susto sai correndo tomei um banho rapido quando sai do banheiro parei eu tava elétrico e tava tremendo muito, vesti uma calça jeans azul claro e uma blusa social preta, peguei minha mala e fui pra sala  meu vôo sai as 6:30  e já era 6:00 respirei fundo, eu não quis acordar a Gleiz eu odeio despedidas, olhei a casa  tomei coragem peguei a mala e sai sem fazer barulho, quando cheguei na calçada o Tédy tinha acabado de chegar também.
Tédy - bom dia chefia.
T.H - bom dia mano _ o Tédy veio de carro porque  vai me levar pro aeroporto.
Tédy - pronto? .
T.H - pronto! -respirei fundo e entrei no carro e o Tédy deu partida.
Tédy - eu tô muito tenso, eu não dormi essa noite.
T.H - e  eu então, demorei mô cota pra dormir, .
Tédy - eu tô pilhando.
T.H - calma.  Eu vi você ea Fran ontem.
Tédy - é  se  acredita que o pessoal vai fechar o projeto? ?
T.H - se tá de sacanagem? ? Como?  Porque? ? _fiquei preocupado porque  eu sei o quanto a Fran ama aquele lugar.
Tédy - poise, o pessoal falou que o projeto tá dando despesas e que  a prefeitura tá sem verba.
T.H - nossa, a Fran deve tá mô triste.
Tédy - tu gosta dela né chefia? ?
T.H - não. Se eu gostasse eu não teria mandando você investir nela. _ menti
Tédy - é. _ conversamos mais um pouco e derrepente chegamos ao aeroporto.  Déssemos e ficamos conversando até dar a chamada do meu vôo.
  Senhores passageiros do vôo 567 com destino a Argentina por favor embarcar o avião vai decolar em alguns minutos.
T.H - po cara, tá na minha hora.
Tédy - se cuida chefia _ me deu um abraço forte sabe aquele abraço longo que diz *fica* então foi esse Abraço.
T.H - fica bem, e cuida da Gleiz 
Tédy - pode deixar, fica bem. _ sai e fui pra fila, quando eu entrei no avião e me sentei aí sim que a ficha caiu, eu tô indo em direção à minha execução, tô indo pro matadouro.

vendida ao dono do morro .1* (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora