Até quando?

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Após uma noite mal dormida, Gaby se levanta cansada, seu domingo não terminou do jeito que tinha planejado, e durante a madrugada seu passado veio a tona.
Ainda de camisola desceu até a cozinha fez seu café com leite foi lê um pouco pra tentar se concentrar no trabalho,e tinha prometido almoçar com Júlio e lhe contar a verdade.
Nesse momento seu celular toca e ela pula da cadeira da cozinha de susto.
--Bom dia Júlio, o que houve?
--Bom dia minha menina, dormiu bem?
--Dormir muito bem, obrigada. Vou tomar um banho e em um hora estarei na loja.
--Vou passar pra te buscar o que acha? só assim conversamos sobre o que vamos fazer hoje.
--Sinceramente não precisa gosto de ir com meu carro, e podemos conversar no escritório,temos o dia inteiro pra por tudo em ordem.
Nossa como ele é insistente, não desiste nem com os foras que dou, não queria mágoa lo só não quero criar falsas esperança pra nenhum dos dois.
--Te encontro lá então, se chegar antes de você vou te esperar na loja com as vendedoras, assim já vejo como tudo funciona.
--Tudo bem,Daiana é meu braço direito, qualquer coisa fale com ela, é uma ótima gerente.
--Até mais e vem com cuidado.
--Pode deixar sou uma excelente motorista, chegarei primeiro do que você garanto.
Ele conseguiu de Gaby coisa que nem o pai dela conseguira em tantos anos, fazer ela tenha uma esperança de algo bom, apesar dela achar uns defeitos nele, também viu que tem muitas qualidades.
--Bom dia meninas, como anda tudo por aqui?
--Ótimo Gaby, o sócio chegou e está no escritório dele, até agora não pediu nada.
--Tudo bem, vou até lá vê se ele estar precisando de algo, leva um café pra nós dois por favor.
Subindo as escadas quase correndo foi direto ao escritório de Júlio.
--Você disse que em uma hora estaria aqui, e já se passaram quase duas mocinha.
--Verdade, meu carro deu um problema tive que levar para um amigo dar uma olhada, e agora está tudo resolvido,essas coisas acontecem.
--Seu pai ligou desesperado quando não te achou em casa e nem aqui, você não atendeu o celular.
--Vou ligar pra ele agora, obrigada.--pai já cheguei ouve um problema no meu carro que já foi resolvido, sei que devia ter avisado mais estou bem não precisa gritar ok? Vou trabalhar em casa te ligo até mais.
--Por que você não gosta de ser ajudada Gaby, seu pai só estava preocupado. Coisas de pessoas que amam.
--Sei me virar sozinha faz tempo, desde que ele resolveu construir uma família que não podia fazer parte e fui excluida, desde então aprendi a viver só.
Meses depois que sua mãe faleceu seu pai encontrou consolo nos braços de uma amiga da família e isso Gaby não aceitava, era amiga de sua mãe.
E seu pai por ser o pai achava que podia controlar ela, mais Gaby tinha acabado de completar 18 anos e foi assim que resolveu sair de casa e viver sozinha.
--Vamos trabalhar, afinal é pra isso que estamos aqui senhor Júlio.
Nesse momento ele a pega firme pelo braço, ele a fita muito sério, e ela abaixa a cabeça.
--Do que você me chamou Gabrielle Gael, o que tinha já tinha pedido a você?
--Júlio me solte, estamos no trabalho e não quero que pensem besteira, por favor.
Nesse momento ele a empurra contra a parede e começa a acariciar seus seios,cintura e chegando até a às coxas, retire o que disse ou vou continuar.
--Ok, tudo bem eu retiro é só Júlio, agora me solte ou vai se arrepender de ter colocado as mãos em mim.
--Calma, só estava brincando, você está linda nesse vestido preto, e os saltos sempre deixam as mulheres incríveis.
Saindo do escritório dele foi direto para o seu sem dar mais nenhum palavra, e quando chegou em sua cadeira abaixou a cabeça e chorou dolorosamente.
Não entendia por que ele as vezes agia assim, uma hora preocupado e outra pervertido.
O homem que ela gostava não era aquele no escritório naquele momento, e sim aquele que ligou pra ela mais cedo.
Júlio bate a sua porta e entra, ela o olha com desprezo e ele sente.
--Gaby nosso almoço já está confirmado no restaurante que eu escolhi e não tem ninguém conhecido.
--Você é louco não é mesmo?--você me agarra daquele jeito e fala como nada tivesse acontecido e ainda quer almoçar comigo.
--Eu não estou perguntando, ontem nós combinamos e você querendo ou não vai comigo, nem que eu tenha que por você no meu ombro e carregar.
O coração dela quase parou nesse momento, ele não podia fazer isso e o desespero começou a tomar conta dela e começou a tremer e as lágrimas rolarem no seu rosto.
--Minha menina o que aconteceu? por que está chorando desse jeito?
--Não gosto dessas brincadeiras Júlio, mais vou almoçar com você só não quero que pense que sou uma idiota.
--Eu jamais pensaria assim, te acho uma mulher incrível, inteligente, sexy, linda e teimosa.
--Nunca pedi isso pra ninguém, mas tenha paciência comigo sei que sou complicada mais tenho meus motivos e um dia quem sabe você saiba a verdade.
--Um dia não Gaby quero saber hoje, você prometeu e temos que ser fiéis no que prometemos.
--Acho que não estou preparada, mais posso te contar um pouco da minha vida sim.
--Ótimo, então vamos já está na hora do almoço e reservei um restaurante muito bom.
Julio pegou em suas mãos e saíram pra almoçar as meninas da loja ficaram de boca aberta, nunca tinha visto Gaby tão íntima com alguém.
--Por que você pegou na minha mão na frente das meninas, eu te pedi pra não confundir as coisas Júlio. --Gabrielle desde quando pegar na mão diz alguma coisa, é só um ato de afeto e respeito.
--Você sabe que agora vai rolar comentários sobre nós dois e não temos nada.
O medo da notícia se espalhar deixava ela com receio, e ele não a entendia até descobrir toda a verdade.

As Marcas De Um PassadoOnde histórias criam vida. Descubra agora