Até quando?

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Assim que colocaram os pés na loja, repararam os olhares de todas as vendedoras e inclusive os de Daiana que ficou surpresa em vê los chegarem juntos.
--Bom dia meninas,Daiana preciso falar com você.
--Bom dia Gaby, já estou subindo.
Julio por sua vez deu um bom dia meio tímido para elas e não saiu do lado de Gaby.
Eles subiram e foram direto para o escritório dela. Mal se sentaram Daiana bateu na porta e entrou.
--Aconteceu algo Gaby?
--Não. Meu pai já ligou hoje?
Júlio a observava com uma curiosidade, por que ela apesar de sua total independência tinha que dar satisfações de sua vida particular para ele.
--Ligou assim que cheguei, e me disse que você não estava atendendo o telefone de casa. Parecia muito preocupado, mas disse que a verdade que não sabia de nada.
--Obrigada. Vou ligar pra ele agora, pede as meninas pra fazer as contagens das peças que tenho que fazer novos pedidos.
--Está bem, se precisar de algo me chame vou ficar um pouco ocupada com elas agora.
Depois que Daiana saiu do escritório Júlio continuava a observar perplexo.
--O que foi sr Júlio?
--Não estou entendendo essa preocupação toda de seu pai em você não dormi em casa,e do que você me chamou mesmo sr Gael?
--Não começa, sou filha única meu pai faz questão de saber onde e com quem estou. E você não pode me dar palmadas aqui.
Júlio agarrou pela nuca e a puxou contra si, deixando evidente que ele faria se fosse necessário.
--Quem disse que não pode?
--Aqui é o nosso trabalho. Não quero que saibam de nada por enquanto, me dê esse tempo.
Ele a soltou frustrado, e foi para seu escritório sem dizer uma palavra. Ela era muito complicada nunca sabia o que realmente queria.
Gabrielle foi atrás dele indignada, saiu entrando em seu escritório e sentando de frente pra ele. Júlio por sua vez não a olhava nos olhos, ficou olhando os projetos em cima da mesa.
--O que você está fazendo Júlio, por que está agindo assim?
--Gabrielle vamos trabalhar, no almoço conversamos. Tenho que mostrar ao seu pai que não sou apenas um sócio e sim alguém que trabalha também.
--Tudo bem, você está certo vou ligar pro meu pai lá da minha sala. Posso te fazer uma pergunta?
--Claro, não vou deixar de falar com você por que estamos no trabalho, por enquanto só não vai ter sexo o resto vamos fazer de tudo e pode se preparar.
--As vezes você é grosseiro, e não vou te fazer a pergunta por que já sei a resposta. Tchau !!!
E ela se virou pra sair quando, ele com uma das mãos fechou a porta a pressionando contra a parede.
--Me solta, aqui não as pessoas vão ouvir e contar pro meu pai.
--Não brinque comigo, você cada hora fala uma coisa. Vai ligar pro seu pai e não me provoque ou vai se arrepender mocinha.
Gaby escapou se seus braços e saiu correndo pra sua sala, no fundo esses comportamentos dele a excitava e dava medo ao mesmo tempo.
--Bom dia pai, desculpe não ter avisado aconteceu um imprevisto e tive que dormir fora, mais estou muito bem.
--Gabrielle o nosso combinado era você avisar quando você não seguir seu roteiro.
--Eu sei pai, não vai mais acontecer estou no trabalho e tudo vai indo muito bem.
--Júlio já chegou?
--Sim pai, quase junto comigo, ele é muito responsável com o horário e os projetos.
--Ótimo, amanhã vou passar o dia com vocês, manda um abraço pra ele, agora vou trabalhar também Beijos minha filha.
--Mocinha vamos almoçar, estou cheio de fome e sei que a maioria das meninas já voltaram podemos ir tranquilos.
Gabrielle parecia distante, e nem se deu conta do que ele dizia, tudo o que estava acontecendo em sua vida era novidade, ela estava feliz mais ainda tinha medo do seu passado assustador. Júlio bateu de leve na mesa pra tirar ela de seus pensamentos, e ela deu um grito tão alto que foi ouvido em toda loja.
--Você está louco, como pode fazer isso? Me assustou.
--Vamos almoçar, preciso conversar com você. Se não quiser me contar tudo bem mais precioso saber de algumas coisas.
--Vamos, mas não vamos sair de mãos dadas, somos profissionais aqui ok. (...) ela tinha receio da notícia se espalhar e ter problemas com seu pai e Rick.
Chegando no restaurante, eles pediram a comida e Júlio não a deixava de a observar e analisar o que passava na cabeça da mulher que ela já amava.
--Gaby por que você não me conta sobre o pesadelo, e essa preocupação excessiva de seu pai por sua vida?
Ela engoliu em seco, o que poderia dizer a ele não tinha essa coragem ainda. Apesar de seus sentimentos não se sentia segura, o medo sempre a dominava.
--Te pedir pra ter paciência, e estou vendo que isso não está acontecendo. Se não quiser esperar eu está preparada tudo bem, infelizmente não vamos continuar com isso, acaba aqui. Não quero me senti pressionada só isso.
Ele a segurou pelas mãos com tristeza no olhar e viu que o olhar dela também era triste.
--Gabrielle vou esperar você está preparada só não sei até quando.
--Júlio eu só quero que saiba que meus sentimentos por você também é sincero, e não quero te perder mais preciso de um homem que me entenda só isso e prometo, quando estiver preparada vou te contar tudo.
Ele a segurou pelo rosto e prometeu ter mais paciência, e ela sorriu com um sorriso nunca visto antes. Com ele ela era outra pessoa, mais feliz. Nesse momento a comida chega eles almoçam e batem altos papos sobre de tudo um pouco.
Voltando pra loja Júlio resolve ficar na parte de baixo com as vendedoras pra saber a forma com que cada uma trabalha, e Gaby vai direto pra sua sala pra fazer algumas ligações de negócios.
Mais tarde eles fecharam a loja Júlio não queria que ela fosse a academia sozinha, ela não deu muito bola e foi. Júlio foi pra casa, e pediu pra quando chegasse ligasse pra ele, por que apesar de ser a rotina dela ele ficava muito preocupado com ela sozinha na rua a noite.
--Minha menina antes de dormir manda um boa noite, vou ficar esperando.
--Tudo bem, vou fazer uma hora de exercícios assim que chegar te aviso, não se preocupe. Vou ficar bem.
Naquele momento os dois dão um beijo apaixonado cada um entra no seu carro e vão para os seus destinos.
Júlio chega em seu apartamento muito pouco confortável em saber que ela estaria na rua sozinha, e ela não quis que ele fosse com ela.
Já ela entrou na academia fez suas séries de exercícios tomou uma ducha e saiu. Chegando no estacionamento viu um cara sentado no capô de seu carro.
Ela foi se aproximando, com um certo medo por que ela sabia que não era Júlio, mais o estacionamento tinha algumas pessoas ainda então ela foi sem muito medo.
Quando ela foi pedir licença pra sair com o carro, seu corpo congelou, seu coração quase parou e sentiu que ia desmaiar.
--Ricardo o que está fazendo aqui?

As Marcas De Um PassadoOnde histórias criam vida. Descubra agora