10 - QUE HORAS SÃO?

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     Depois de fazer as mulheres olharem para mim, por dezenas e dezenas de vezes (em vários dias de viagens em metrô e ônibus), eu queria mais, queria avançar para algo um pouco mais difícil.

     Só havia um amigo com quem eu compartilhava alguns dos meus prodígios mágicos, e consequentemente estes realizados com a mente também, ele me dizia que muita gente consegue fazer algo parecido, de olhar para a pessoa e elas olharem de volta e etc... mesmo sabendo que, o que eu fazia era totalmente diferente, me senti tentando a fazer outro tipo de experiência. Tive a ideia de fazer as pessoas olharem em seus relógios.

     Eu imaginava a energia saindo de minha mente e se conectando da mesma forma através da nuca da pessoa, eu soprava a preocupação com as horas dentro da mente dela e uma vontade incontrolável de saber que horas são. Soprava palavras como estas;

     ─ Nossa! Esse metrô anda muito devagar, eu vou chegar muito tarde! (se sentindo muito atrasado para algo importantíssimo, implantando esta emoção dentro da pessoa)

     ─ Preciso ver as horas! Deixa eu ver no relógio! (eu imaginava a pessoa olhando o seu relógio no braço, e tentava implantar estas imagens dentro da mente dela, enquanto soprava as palavras)

     Era muito engraçado, ver as pessoas olhando as horas. Mas confesso que sentia mais dificuldade de fazer isso do que fazê-las olhar para mim! Talvez porque o sentimento envolvido em mim mesmo fosse mais forte, quando era para fazer as belas mulheres me olharem. As mulheres me incentivavam e muito na execução da experiência, olhar as horas não, era como ter que se forçar mesmo a sentir o sentimento, e controlar isso aumentando-o gradativamente, não é fácil, nada fácil mesmo. Exigia muito mais concentração e demorava mais tempo também. Mas posso dizer que de 100, 80% das pessoas olhavam os relógios, conforme eu queria.

     Essas que não olhavam, eu acredito que suas mentes estivessem ocupadas com outras coisas, amor, uma conta atrasada, algum problema grave pessoal, como uma doença e etc... já que eu sei pela pratica que tudo que eu fazia era como se fosse um sopro no ouvido, somado as sensações que também implantava nelas, mas para ficar fácil compreender era como se eu fosse um diabinho pequeno no ombro da pessoa soprando coisas em seu ouvido, sem que ela soubesse. Eu soprava as coisas e emoções, mas a pessoa podia lutar para não fazer, ou dependendo de sua mente já estar ocupada, ela simplesmente conseguia ignorar mais facilmente.

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