01 - Good starts

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Aéroport De Paris - Orly, 7:30 Da Noite.

É estranho começar uma nova vida em um lugar totalmente diferente? Bom, talvez seja, e não que eu não goste, mas meu corpo demora dias para se acostumar com algo novo. Eu morava em Nova York, eu cresci em uma cidade que não para e nunca dorme, meu corpo é totalmente acostumado, só que agora eu precisava de paz, e eu sabia que eu encontraria isso aqui.

Tentava proteger a todo custo meu rosto por conta do frio gélido que batia contra minha pele, e fui até a entrada do aeroporto, eu precisava conseguir me locomover e ir para o meu Apartamento, que graças à minha mãe, eu já tenho. Eu não posso dizer que tudo o que eu tenho foi fácil, nada nunca é tão fácil, eu sempre quis ter minhas coisas e ser independente. Mas eu sou filha única, quem eu quero enganar? minha mãe me daria o mundo se eu pedisse, e eu sou grata por isso.

Fitei um carro com uma placa escrito taxi, e eu fui em direção a ele, tudo o que eu mais quero nesse momento é um bom banho e uma boa cama. Entrei no carro e o motorista estava conversando com um homem do lado de fora, e eu com toda paciência fiquei esperando ele.

Eu não posso deixar de notar como Paris é lindo, eu nunca vim aqui, mas sempre foi o meu sonho, desde pequena, mesmo sendo bem gelado, aqui é aconchegante e me lembra a minha casa. Não estava nos meus planos mudar de NY, mas eu precisava, precisava esquecer o que ficou lá, e ficando lá, só me faria lembrar mais.

Meus pais se separam quando eu tinha 10 anos e minha mãe conseguiu superar fácil, pois o meu pai traiu ela e desde então ela namora outro homem – que faz muito bem a ela. – E desde a separação deles eu quase não vi o meu pai, ele aparecia de NY de um em um ano, e eu me contentava com isso, porque eu não preciso dele, se ele não precisa de mim.

Tenho 22 Anos e eu já consigo me manter e manter uma vida razoavelmente boa. Eu nunca precisei de muito, nunca fui careira, sempre gostei do mais simples, do que minha mãe conseguia me dar, e ela, hoje em dia, consegue me dar tudo, mesmo eu não querendo e não precisando, lógico que eu nunca fui de reclamar por algo que ela me deu ou deixou de dar, eu sempre fui muito compreensiva, principalmente com ela.

Escutei uma tosse falsa vindo do banco da frente e levei um leve susto por ver o motorista me olhando com uma das sobrancelhas arqueadas e com um sorriso de lado no rosto.

– Eu preciso saber para onde a senhorita vai. – Colocou o cinto e me olhou pelo retrovisor.

Mexi em alguns papéis, em um deles estava escrito o nome do meu Apartamento e onde fica.

– Na avenida La Motte Picquet. – Relaxei meus ombros quando vi que o senhor tinha entendido o que eu disse.

Abri um pouco a janela do carro para poder ver melhor Paris. Era tudo perfeitamente lindo, eu não tinha achado nenhum defeito até agora, mesmo que eu tenha chegado a uns 40 minutos? Eu conseguia sentir meu coração acelerado e eu sorri, eu gosto dessa sensação do novo e do desconhecido, experiências novas sempre são boas.

O motorista que chama Black, me disse que meu apartamento fica bem perto dos pontos turísticos mais belos e visitados de toda Paris, e eu fico feliz por não precisar andar muito, e por não ter problemas futuros em questão de meio de transporte. Eu nunca tinha visto Paris de manhã, mas de noite conseguiu superar tudo o que eu já vi, ela é bem iluminada e é bem calma, eu poderia ficar horas sentada só vendo as pessoas conversando, rindo ou namorando.

Meu trabalho é fotografia, e eu sempre fui muito observadora, gosto sempre de prestar atenção nos mínimos detalhes das pessoas e capturar tudo o que lhes faz bem. Quando eu vejo algo que existe amor ou já foi amado algum dia, eu faço questão de registrar. Sempre fui muito ligada à amores e coisas mais românticas, uma das minhas maiores características é ser tão carinhosa e amorosa em qualquer circunstância.

Avistei um Prédio do tom branco bem pintado e de vidro a parte da entrada, minha mãe consegue exagerar quando quer.

– Você terá uma das vistas mais bonitas de toda Paris. – Ele pegou minhas malas e me deu.

Dei dinheiro a ele e esperei ele ir embora, a primeira pessoa que eu converso em Paris e foi extremamente educada comigo.

O meu quarto era o último e uma das camareiras me ajudaram a levar minha mala até o último andar que é o 8º, Elas me disseram que na varanda do meu quarto eu consigo ver a Torre Eiffel e para a Cúpula dos Invalides. Dei um breve aceno a elas e entrei. De princípio começamos com a sala, que já é maior que a minha antiga casa em Nova York, tem dois sofás encostados na parede e duas poltronas encostado no vidro da varanda de baixo.

Andei até a varanda e nela tinha pequenas flores e um regador, minha mãe mantendo os meus gostos. Eu conseguia ver a parte do meio da Torre e eu já me sentia realizada. Coloquei minhas mãos em meu rosto e entrei rapidamente para dentro de casa, fechei o vidro da varanda e fui em passos lentos até a cozinha, ela era toda branca, vermelha e preto. As paredes em tons brancos e meus armários pretos com uns objetos vermelhos, tudo para dar uma cor a casa.

Subi rapidamente e vi que tinha 4 quartos e todos eles tinham banheiro, menos um, já que o banheiro ficava lá em baixo caso venha visitas aqui. Entrei no meu quarto que era o maior dali e eu quase chorei, tinha uma varanda enorme do lado de fora toda de madeira clara com um espelho que cobria toda a porta do lado de fora, e tinha umas duas mesas e umas cadeiras antigas perto das plantas que tinham aqui em cima também. Encarei o ponto principal da Torre Eiffel e deixei uma lágrima escapar, eu consigo sentir toda a emoção e felicidade passeando pelo meu corpo cansado mas feliz pela mudança.

Ela era iluminada de noite e conseguia iluminar Paris toda, eu tinha uma sorriso enorme em meu rosto e sabia que os meus olhos estavam brilhando. Desde muito novinha sempre sonhei com esse dia, eu mal conseguia acreditar que chegou.

Deixei toda emoção bem guardada e entrei pra dentro pronta para tomar um banho e descansar, amanhã iria visitar alguns pontos principais de Paris. Separei minha roupa e entrei no banheiro e só agora fui perceber, tem uma jacuzzi que dá para ver a Torre, Deus do céu isso é verdade? Deixei ela enchendo e fui fazer minhas higienes.

Acho que nem nos meus maiores sonhos eu me imaginei aqui, em Paris, tendo tudo isso, eu preciso me acostumar com tudo isso, sei das boas intenções da minha mãe, e sei como ela não gosta de tudo simples, eu esperava algo assim.

Fiquei vendo Paris pela minha janela e descansando meu corpo, amanhã será um dia bom, eu espero.

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Espero que vocês gostem.

Photographic {Hiatus}Onde histórias criam vida. Descubra agora