06 - Merry Christmas

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Paris França, 02 AM.

Brooke Âmbar POVs.

Um dia para a Véspera de Natal.

Era madrugada quando minha campainha começou a tocar como se não houvesse amanhã, coloquei meus óculos de descanso e meu roupão preto fino e desci as escadas cautelosamente.

Meu porteiro não seria louco de deixar entrar um estranho no prédio, bom, pelo menos eu acho. Acendi a luz do pequeno corredor que dava até minha porta e olhei pelo olho mágico, o Justin com a camiseta toda aberta e com os olhos vermelhos.

Abri a porta rapidamente fazendo ele tombar pra frente e eu fazendo um esforço para segurar ele, acredite, ele é mais pesado do que aparenta ser. Segurei em seu rosto e olhei em seus olhos, nunca vi mais vermelho.

– O que aconteceu Justin? – Fechei a porta e sentei ele no meu sofá.

Ele apenas cambaleou para o banheiro da parte de baixo e vomitou, conseguia sentir o cheiro da bebida mais forte do que o normal também. Mexi em seu casaco preto encontrando seu celular e desbloqueando o mesmo.

Vantagens de ser muito amiga é conseguir a senha do celular. Isso é útil em situações assim.

Tinha uma mensagem de um número com dois corações um vermelho e o outro azul, e vi que a última mensagem era.

" Você sabe que acabou, eu só não aguento mais."

Joguei o celular dele no meu sofá e corri para o banheiro, vi ele deitado de cabeça pra cima, encostado no armário do banheiro, levantei ele com dificuldade e subi cuidadosamente a escada com ele.

Deus me dê forças.

Levei ele até meu banheiro e comecei a tirar sua roupa, eu nunca pensei em fazer isso, não desse jeito pelo menos. Joguei tudo no chão e coloquei ele embaixo da água fria ouvindo ele resmungar o meu nome e de outra menina.

– Me conta, o que aconteceu? – Parei na sua frente de braços cruzados e ele apenas fechou os olhos. – Você precisa conversar comigo, você veio na minha casa porque era a mais perto, mas eu continuo sendo sua amiga. – Peguei uma toalha e abri a primeira gaveta pegando um remédio.

Ele foi quieto até minha cama e deitou nela sem se secar, ele tá começando a tirar toda a paciência que Deus me deu. Respirei fundo umas três vezes e levantei ele sem dó e comecei a secar ele.

– Não quer falar tudo bem, mas pelo menos fique que nem gente. – Joguei uma boxe para ele e fui até o outro lado da cama pegando uma garrafa d'Água.

Dei em sua mão e fui até meu banheiro secando tudo que ele tinha molhado quando saiu todo sem jeito. Encarei seu reflexo parado na porta com os olhos pesados e suspirei continuando secando o chão.

Senti suas mãos em minha cintura me levantando e me abraçando em seguida.

– Eu não sabia como um coração quebrado doía. – Ele fungou uma vez, e eu senti o meu coração se partir. – Ela terminou comigo porque eu não consegui ir na casa dela hoje.

Ele soltou do abraço e andou até a cama me olhando com os olhos molhados pelas lágrimas e eu neguei me sentando em sua frente o puxando para um abraço mais uma vez.

– Eu fiquei até agora na empresa, estava preparando uma supresa para ela. – Ele passou a mão no nariz e me olhou vazio, sem vida. – Mas ela não quis saber e terminou comigo, sem mais nem menos. – Por fim, ele deitou e cobriu seu corpo todo.

Abri um pouco a cortina do meu quarto deixando uma fresta de luz entrar e deitei do seu lado ficando cara a cara com ele.

Photographic {Hiatus}Onde histórias criam vida. Descubra agora