02 - New days

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Paris França, 2:00 PM.

Brooke Âmbar POVs

Ficar vendo a Torre Eiffel durante uma boa parte da noite e da madrugada estava em minha lista, que agora, felizmente já foi feita. Eu consegui descansar o suficiente para poder aproveitar o dia de hoje, eu quero conhecer cada lugar de Paris, eu só preciso me organizar antes.

Peguei meu celular ligando pra minha Mãe e deixando no viva voz e fui ir me arrumar no banheiro, eu iria sair simples, uma roupa preta básica apenas para conhecer um pouco daqui. Ouvi uma voz doce soar pelo meu celular e eu sorri morrendo de saudades.

– Filha? – Senti meus olhos lacrimejarem e me recompus.

– Eu mesma. – Ri baixo. – Eu só liguei para agradecer pelo apartamento, eu esperava menos, admito. – Abaixei para por a bota de salto médio e deixei meu cabelo curto solto.

– Você esperava menos? Logo de mim? – Eu conseguia ver ela com um sorriso de deboche no rosto.

– Você me entendeu, Mãe, você me deu um apartamento que a vista do banheiro dele é para Torre Eiffel. – Indaguei e sai do banheiro pegando minha câmera profissional e colocando um cachecol por cima do meu sobretudo preto.

– Eu ainda acho pouco, vou ir te visitar logo eu prometo, Ah eu soube que a Leah está aí com o namorado, é verdade?

– Eu não consegui falar com ela até agora, mas irei verificar isso, mamãe eu vou ter que desligar, vou ir conhecer as coisas por aqui. – Senti meu coração apertar e sorri triste.

– Eu amo você e eu faço isso tudo pelo seu bem.

– Eu amo você mais e eu sou grata por isso, de verdade mesmo. – Demorei uns segundos e quem acabou desligando o celular foi ela.

Ter minha mãe longe nunca foi uma tarefa fácil, eu sempre fui apegada a ela, ela quem me ajudou quando sofri bullying na escola, ou com o meu primeiro namorado. Ela é meu suporte e eu só tenho que agradecer por ter ela.

Ela sempre fala que eu sou um presente na vida dela, ela não podia ter filhos e o meu pai queria muito ter uma filha, só que ela sempre ficou triste porque não conseguia dar isso a ele, e ele nunca soube. Passou uns meses e ela começou a sentir sintomas de gravidez, mas para ela, ela estava ficando doente, por isso que ela fala que eu sou um presente e sempre me dá tudo do bom e do melhor.

Passei minhas mãos em meu rosto e desci as escadas pensando em que lugar eu iria primeiro, me contaram que tem parques e museus perto da minha casa, peguei uma maçã e eu sabia que tinha que ir no mercado pra terminar de comprar as coisas. Fiquei segurando minha bolsa em uma mão e a maçã em outra enquanto eu trancava o meu apartamento.

Tentei equilibrar tudo e acabei tropeçando no meu pé e senti meu corpo trombar com o corpo de alguém. Levantei um pouco minha cabeça e vi um garoto com um sorriso no lábio e uma sobrancelha arqueada, tratei de me levar rápido e estiquei minha mão pra ajudar ele a levantar.

– Eu sinto muito. – Ri envergonhada e ele negou.

– Não se preocupe, está tudo bem. – Ele abaixou pegando minha câmera e eu arregalei os olhos.

Minha câmera não pode quebrar meu senhor.

– Jesus Cristo. – Peguei a câmera da sua mão e olhei envolta dela.

Photographic {Hiatus}Onde histórias criam vida. Descubra agora