All of me - Sam&Cait

Cap 8 - Martini

- Os dias tem nome agora? – perguntei confuso

- Podemos dizer que sim – ela disse rindo – Mas nesse dia aí não rolou Martini, apenas whisky. E não teve uma conversa... Pelo menos não teve uma que tivesse a ver com o que estávamos falando. – ela sorriu e suspendeu as sobrancelhas, fiquei confuso com essa expressão, mas é como se estivesse esperando uma resposta minha

- Dia de Martini... – tentei puxar na memória – Ah sim – ri meio descontrolado – Não sei como você lembra desse dia, não sei como eu demorei para lembrar

- Talvez seja um mecanismo de defesa seu – riu e segurou o riso, trazendo assim aquele sorriso que destaca suas maçãs – Foi um dia memorável

- Com certeza foi um mecanismo de defesa da minha mente – ri com os dentes cerrados – Lembro de você agitando a galera, a equipe toda para sair, já que você não tinha mais compromisso...

Flashback on

POV Cait

- Então, estamos combinados? – disse aguardando a resposta em coro, que veio disperso na verdade, cada um confirmando com uma palavra diferente

Dessa vez ampliei nosso grupo de happy hour, já que consegui fazer a Maril e Lotte confirmarem também. Já tínhamos conversado mais cedo, e fiquei um tempo convencendo elas. No último eu era a única mulher, dessa vez queria umas personalidades femininas, apesar de adorar estar com esses caras. Eles são incríveis e nunca tive dificuldade com isso, mas dessa vez... Eu só queria ter um momento para falar mal de homem, nós mulheres precisamos disso de vez em quando, e agora eu precisava muito. Toda vez que eu pensava no John, uma raiva subia por minha garganta, só queria colocar para fora, sem reservas, as palavras que não falei na nossa última conversa pelo celular. Se podemos chamar de conversa, acho que discussão – elegante – seria o nome.

- Pego você que horas? – disse quando me alcançou

- Pode ser em uma hora? – respondi olhando a hora no celular, eram 18h – Assim vamos aproveitar o 2 em 1 que tem lá até às 20h

- Você que manda – piscou e foi em direção ao carro dele

- Olha que eu acredito hein Sam – disse um pouco alto, ele sorriu para mim e continuou, entrei no carro e fui para casa

Sam é sempre pontual, então comi algo rápido e me arrumei. Quando eu estava pegando minha bolsa, ouvi a campainha. Olhei meu celular e ainda faltava quinze minutos. Ok, ele sempre vem um pouco adiantado, mas aí era demais. Coloquei correndo as coisas na bolsa e fui. Quando abri a porta, levei um susto, quase caí dura pra trás. Fiquei um tempo em silêncio, tentando me situar, meu coração pareceu ter congelado ao olhar aquele sorriso diante de mim.

- Caitriona – disse com um leve sorriso

- John? – disse com um tom de dúvida – O que você está fazendo aqui?

- Achei melhor vir, precisamos conversar, não queria que ficasse aquele clima estranho da ligação... – me olhou de cima a baixo – Vai sair?

- Vou, estão vindo me buscar... Acho que chegam em 5 minutos. – disse fechando a porta, tentando não demonstrar nada com minha voz

- Você não pode ficar? – disse se colocando na minha frente, e encostando no meu braço -Seria bom a gente conversar e...

- Não – disse cortando ele – Não posso, desculpa – forcei um falso sorriso – Eu não sabia que você viria, nem cogitava isso – disse em tom debochado, olhando pra ele sem fitar seus olhos – E eu que inventei isso, não posso simplesmente não ir