Capítulo 6

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Hello ;)

Camila POV

Acordar cedo era umas das minhas maiores dificuldades, e finais de semana era a morte.

A campainha tocava sem parar e eu já estava quase mandando ir a merda quem quer que fosse aquele horário.


- Já ouvi, estou indo – gritei mais alto que devia.


Ao abrir a porta me deparei com um rapaz com rosto escondido segurando um grande buquê de flores.

- Aqui que mora... olhou num pedaço de papel que tinha em mãos todo desengonçado – Camila? Acenei brevemente pegando as flores assinando o onde pediu.


Fechei a porta carregando o buquê procurando se tinha algum cartão, não havia nada.
Sai em direção a cozinha, procurando algum vaso que coubesse, tratei de arrumar ela deixando na mesa de centro na sala.

O celular no sofá acendeu visor com uma mensagem, peguei o mesmo desbloqueando enquanto seguia para o quarto me jogando na cama.

desconhecido: espero que tenha gostado delas, não sabia seu gosto pra flores, então arrisquei.

Fiquei olhando a mensagem imaginando quais as possíveis pessoas fariam aquela brincadeira tão cedo. Só podia ser sacanagem com minha cara.
Tinha muitos casos de fãs que conseguiam meu número, as vezes admiradores secretos. Meu número era trocado constantemente, um saco, eu sei.

desconhecido:  aliás, sei que está curiosa para saber quem sou.. tenho uma sugestão. Me encontre no Cviche na 3rd as 8, procure por morgado. Até mais.

Não iria responder, tampouco iria encontrar esse desconhecido.
Era muita falta de noção achar que eu ia aceitar tal loucura, nem morta.

(...)

O relógio marcava 7 da noite e a cada minuto lembrava da proposta do tal desconhecido.

Aquela merda tinha me deixado curiosa, não podia negar. Mas seria muito arriscado sair num encontro às cegas. Precisava de alguém que me acompanhasse, não iria sozinha nem fodendo.

Liguei pra Normani enquanto trocava de roupa, usando minhas habilidades na arte do drama consegui convencê-la com facilidade.

Era um tanto complicado chegar nesse tal restaurante, se tratava de um dos mais caros da cidade.Muito bem localizado num bairro nobre.

Normani passou o caminho inteiro me perturbando pra que ligasse para um dos seguranças, achava que fosse um maníaco ou algo assim.

- Calma, até parece que você quem vai entrar lá - Falei fazendo a morena levantar a mão em redenção.


- Mila, se você não lembra do que aconteceu, eu lembro muito bem. – respirou fundo me encarando.


Normani era uma das pessoas quem mais confiava, minha melhor amiga e advogada pessoal.
Nossa relação era como se fôssemos irmãs, ela havia cuidado de mim em uma das piores fases de minha vida. Uma época que tratei de tirar da memória, ou pelo menos tentar.

- Maniiii, supliquei fazendo manha -eu vou sozinha. Estou com celular, qualquer coisa te ligo, alias é um restaurante, tem pessoas, nada acontecerá, confia em mim – bufei revirando os olhos

Wish me - IntersexualOnde histórias criam vida. Descubra agora