Capítulo 1

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MATT

Imagine minha surpresa quando constatei que a estranha saíra do apartamento antes de amanhecer e ainda por cima saiu de fininho sem deixar nada que me pudesse ajudar caso quisesse encontra-la novamente

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Imagine minha surpresa quando constatei que a estranha saíra do apartamento antes de amanhecer e ainda por cima saiu de fininho sem deixar nada que me pudesse ajudar caso quisesse encontra-la novamente. E o pior que nem posso julgá-la, se ela não fizesse, eu mesmo faria. Pode ser meio babaca da minha parte, mas uma das regras do sexo casual é simplesmente não criar laços depois do sexo. Foi bom, foi prazeroso para ambos, mas no outro dia cada um irá para o seu lado e se um dia nos reencontrarmos podemos repetir a dose. Sem sentimentos, sem cobrança. Como William diz; ambos os lados ganham.

Depois que vasculhei o apartamento todo, resolvi tomar um banho para então começar meu dia. Devidamente vestido com um moletom saio do quarto no mesmo instante que a porta da frente se abre e um William descabelado e com cara de sono passa por ela. Paro no meio do caminho e lhe encaro com diversão, quando ele levanta os olhos e me vê parado ali rola os olhos e parece resmungar algo.

— Estou com uma puta ressaca, e a primeira visão do meu dia é você sem camisa — dou risada, ele fecha a porta, joga a jaqueta em cima do sofá e se joga nela em seguida.

— Talvez se tivesse chegado mais cedo, conseguisse encontrar uma fujona por aí — resmungo jogando-me ao seu lado, ele para de encarar o nada e me fita, um segundo de silêncio então vejo uma sombra de um sorriso irônico aparecer no canto da boca.

— Então ela saiu sem se despedir? Eu achava que era você quem fazia isso — rolo os olhos.

— Por que eu sairia escondido da minha própria casa? — pergunto como se o que ele tivesse dito fosse ridículo de se ouvir, mas no fim acabo rindo — Eu não saio sem me despedir, tá?

Me levanto, olho de esguelha e constato que William me encara esperando minha confissão, dou de ombros.

— Okay, talvez eu saia, mas pelo menos eu deixo algo para elas lembrarem que pelo menos a noite foi real. — William arqueia as sobrancelhas ironicamente.

— Sério? Como o que? — abro a boca, mas não sai nada, tento puxar na mente algo que eu já tenha feito, e para o divertimento dele, não encontro nada.

— Uma vez eu deixei um bilhete, deve valer algo. — William gargalha, desanimado demais para mandá-lo se danar, vou para a cozinha deixando-o rindo sozinho na sala.

— Você, meu amigo. Acabou de provar do seu próprio veneno, nem conheço essa mulher e já gosto dela. — ouço ele gritar, mas decido que o melhor é ignora-lo.

Eu não bebi nada na noite passada, então particularmente dormi ótimo e acordei melhor ainda, era sábado então estava decidido a fazer uma visita a minha mãe. Dona Mary sempre diz que seus filhos ingratos não lhe dão a devida atenção, mas agora que eu estou disposto a voltar a ativa, fazê-la se cansar de mim é uma das minhas prioridades. A verdade é que ultimamente ando distraído, toda aquela história com a Emma realmente mexeu comigo por mais que eu dissesse que não. Aceitei? Com certeza, sou maduro o suficiente para perceber que perdi, mas não quer dizer que já superei, acredito que isso demorará um bom tempo. Minha mãe esse tempo todo esteve ao meu lado, em segredo ela torcia para que eu ficasse com a garota no final, o que faz parte do papel dela, apoiar o filho mesmo sabendo que não tem a menor chance.

No limite da Atração - Série Mitchell | Livro 03[HIATUS]Onde histórias criam vida. Descubra agora